O Milionário

Isis
Acordei agora e são exatamente 17h30, depois daquela situação ao qual vi aquele homem misterioso, eu simplesmente adormeci no chão, entre meus pensamentos, aquela interrogação, quem é aquele homem e porque estava tão triste e perdido? Porque alguém que é tão rico e tão bem resolvido estaria naquela situação? Estava ainda um pouco atordoada, quando alguém bate na porta, por um momento me arrepiei, será ele? Então escuto aquela voz fina e jovial, respiro aliviada, é a Amanda!
- Isis você está bem? Temos que descer para o jantar. - Ela estava preocupada.
Abro a porta e ela entra no quarto...
Você ainda não se vestiu? E não me diga que vai vestindo isso? - Amanda me olhou assustada.
Assumo que realmente estou relaxada com minha aparência, há tempos não faço compras e realmente uma calça jeans e uma camiseta não seria a melhor roupa para uma apresentação a uma família tão formal.
- Desculpa Amanda, mas não tenho nada especial para vestir.
- Tudo bem, venha comigo em meu quarto. - Ela saiu puxando pelo meu braço.
Seguimos juntas, lá ela me fez uma produção básica, porém, quase fez um milagre, não lembrava mais que existia essa mulher aqui dentro. Descemos para o jantar. Eu estava vestindo um vestido em um azul claro, um pouco cavado nos seios, acima dos joelhos, com um corte impecável que deixava minha silhueta marcada, com meus cabelos longos soltos e uma maquiagem leve.
Chegamos naquela esplendorosa sala de jantar, com móveis impecáveis e uma prataria belíssima de um requinte e muito bom gosto. Do lado esquerdo daquela mesa enorme estava a rabugenta governanta com um vestido preto e mórbido que nos fuzilava com um olhar, a direita um pequeno menino, de cabelos loiros e olhar baixo para seu próprio prato, aquela cadeira de rodas partia meu coração, quando olho bem a minha frente, na cadeira principal está ele... o homem misterioso, tão impecável, estava com uma calça de linho fino, mas agora com uma camisa mais jovial e simples... mas aquele olhar de superioridade e tristeza ainda o dominava. Fez sinal com a mão para que Amanda e eu sentássemos, seu olhar estava vago e não transmitia nada. Sentamos ambas ao lado do garotinho. Um silêncio e de repente Marte olhou para o prato que ainda estava intacto voltando o olhar para mim e com aquela voz marcante que me fez arrepiar.
- Como se chama? - Ele perguntou olhando dentro dos meus olhos.
- Isis, senhor.
Senhor? Ele deve ter o que, uns 28 anos?
- Me chame apenas de Marte, saiba que todas as questões sobre seu trabalho aqui serão tratados com a senhora Genoveva, as demais explicações a senhorita Amanda te passará!
- Marte, como o planeta? - Baixei a cabeça e mordia o lábio inferior para não rir.
- Não! Como Marte dono dessa casa e seu patrão. - Nesse momento seu olhar está em chamas olhando profundamente dentro do meu.
Surgiu o silêncio. O Marte se levantou sem ao menos tocar em sua refeição. Olho para a senhora Genoveva, está me olhando com ódio e insatisfação, o Joel nem parece estar nesse mundo, muito menos naquela mesa dando garfadas em seu macarrão que nunca vai para a boca, Amanda segurava o riso olhando para mim e levando as mãos a boca. E eu? Eu só queria que aquela noite terminasse logo!
Eram 22h00, todos já estavam em seus aposentos, Amanda tinha ido colocar Joel para dormir como despedida de seu último dia, os demais eu não os vi, e eu estava naquele quarto, pensando se eu sobreviveria a isso se eu realmente estava aonde deveria, não tinha sono, pensei então em ligar para Amanda os quartos eram muito longe.
- Amanda está com sono? - Perguntei curiosa.
- Estou, e você? Está tudo bem Isis? - Ela respondeu preocupada.
- Não! Vou até seu quarto.
Antes que ela respondesse eu desliguei e pulei da cama.
O quarto da Amanda estava agora no fim do corredor, já que era eu a nova babá, que quarto longe! Passando por uma escada alguém enrolou rápido ficando de frente comigo, era ele, o Marte, nossa estava com uma calça pijama de algodão muito alinhada ao seu corpo, sem camisa, seus músculos e aqueles braços, tudo nele era perfeito! Sua barriga era bem dividida, queria toca-la. Ele me olhava inquieto, seus olhos pareciam ter paixão, sentia sua respiração ofegante próximo a mim sem nenhum contato, gemi baixinho. Estávamos muito próximos e envolvidos por uma química, eu estava vestindo uma camisola branca que ganhará da Amanda com um robe, porém este estava aberto, fazendo minhas curvas se desenharem sobre aquela camisola quase transparente, senti que estava com a calcinha molhada e ao olhar para aquele homem vi sua ereção sobre a calça, eu o queria e senti que ele também, foi tudo tão rápido mas para mim foi uma doce eternidade.
Ele apressou os passos e sumiu no corredor, eu fiquei paralisada naquele chão, quem era esse homem? Por que me sentia tão atraída por ele? As vezes sinto que ele tem receios sobre mim, mas quais?

Marte
Depois do jantar, o qual não toquei na refeição, fui para meu quarto, sozinho me vi rindo daquela moça, a Isis, que insolente! Marte, o planeta, fecho os olhos e a imagem dela me vem à cabeça, me lembro como faz tempo que não toco em uma mulher, como a Isis é incrivelmente linda e traz uma luz, calma Marte, deixa de pensamentos bobos, vou na cozinha beber água mas volto rapidamente, antes de dormir tenho contratos para olhar, subo as escadas rápido, quando quase esbarro naquela mulher, está lá assustada e tão sexy, com aquela camisola branca, consigo ver o bico dos seus seios e a marca da sua calcinha, vejo que ela olha para meu corpo e depois dentro dos meu olhos, minha ereção vai crescendo e minha respiração fica ofegante, eu quero comer ela ali mesmo e agora, gozar com ela várias vezes e possuí-la.
Minha razão me chama a realidade, ela é a babá do seu filho, e você não pode amar ninguém, você já amou e agora ela está morta. Apresso meus passos, quero sair dali o mais rápido possível, antes que eu volte atrás, ainda olho ligeiramente para trás, ela ainda está lá, parada... como se recuperasse para poder seguir, que mulher intrigante, porque a quero tanto?