Cap:1; Do início

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Desde o primórdio está predestinado acontecimentos e por consequência esses fatos nunca mudam e, quem faz estas cordas que regem nossas vidas; esse sim é um verdadeiro mistério.

Mas existe um homem, esse homem nunca chega precedido de boas novas, pelo contrário às vezes faz parecer que a morte o persegue, entretanto ele é o único capaz de mudar o presente o passado e o futuro.

-Então se formos pensar bem esses serem não devem estar muito felizes com ele. Não é mesmo crianças?

PAPAPA! Sons de passos se aproximam.

-Crianças venham, fiquem perto de mim, falou a contadora de histórias com medo, olhando para todas  as direções a procura de onde aqueles sons vinham, mas não sabia ao certo pois pareciam estar vindo logo de baixo dos pés dela.

Naquele momento elas viram uma porta se abrir, vinha uma luz de lá de dentro, as crianças e a jovem garota, somente viram a silhueta de uma senhora que falou a eles:

-Andem venham aqui, às crianças amedrontadas correram para dentro da casa dela, a jovem moça retirou o seu capuz da sua cabeça, ela sorriu para a doce senhora, que o tempo tinha se encarregado de acabar desgastando-a, a senhora portava um longo vestido azul e uma blusa verde.

-Vamos crianças podem se aconchegar e podem me chamar de Relita, neste momento ela reparou nas feições do rosto da garota: -Este rosto eu me lembro deste rosto, mas não pode ser, esse nariz tão fininho, os seus olhos tão claros, esse rostinho, você mocinha qual seu nome? Perguntou a senhora.

-Eu?... Meu nome é Selene, mas o que são esses sons de passos eu nunca os escutei antes. PAPAPAPA!!! Os passos cessam, um silêncio profundo, paira sobre o ar, onde antes barulhos tomaram conta agora só se podia escutar a corrente de ar passando pelos telhados das casas.

-Esses são os soldados se preparando para algo minha cara, respondeu Relita, mas o que pode ser? Indagou-se a velha.

-Preparando? Perguntou Selene, enquanto ia a cortina para ver o lado de fora.

-Belmonte não se chama Belmonte atoa minha querida, Belmonte significa Monte batalha vamos são somente soldados se estiverem ai os levaram as suas casas, Relita abriu a porta de sua casa e inclinou-se um pouco, avistando um guarda gritou: -HEY! Seus animais, três deles retornaram, me façam o favor levem essas crianças as suas casas.

-Claro, gritou um guarda.

-Não precisa gritar, ordenou a senhora, Ah você mocinha venha aqui, amanhã quero te apresentar um amigo.

-Sim, com um largo sorriso Selene se virou, e seguiu os guardas.

No dia seguinte Selene retornou a casa de Relita, ela entrou tímida, Olá disse ela.

-Ah você veio, bem desculpe pela bagunça muita coisa aconteceu desde ontem à noite.

-Mas como assim?

-Ah minha querida você ainda tem muito o que aprender, venha vamos comigo eu tenho uma biblioteca, lá no último andar.

-Uma biblioteca, perguntou Selene, mas a velhinha não escutou ela já estava lá em cima.

Chegando ao andar acima Selene se maravilhou, pois ela nunca tinha visto tantos livros de variados tamanhos e espessuras, ela olhou em volta e viu a senhorinha com uma caixa metálica verde e enferrujada, ela se aproximou de Relita, e com grande alegria Relita retirava as correntes da caixa, e lá de dentro retirou um telefone de Alexander Graham Bell, Selene perguntou.

- O que é isso? Com um expressivo olhar de curiosidade Selene inclinava-se para observar mais atentamente os detalhes.

-Você não vai compreender, como era mesmo que ele me falou disque... Disque... Ah sim! Disque 22821. Um agudo som penetrava nos ouvidos eles puseram amão em seus ouvidos com a esperança de cessar a entrada daquele barulho em suas cabeças, aquele barulho foi seguido de um clarão de tom verde oliva que encobriu toda a biblioteca, um vulto agachado no fundo da biblioteca se erguia e se aproximava gemendo.

-Ai ai ai nunca mais!... Ooui já estou velho demais pra fazer esses pousos malucos. Aaar ai ô quem foi que deu meu número a vocês!?

A velhinha, sorridente, mostrou o telefone a ele, o homem recém-chegado abriu bem os olhos com um sinal de espanto.

-Mas isto não é daqui, de qual das duas é isso?

-Bem esse tel... teule... Falou Relita, mas interrompida pelo estranho homem.

-Telefone, cochichou o estranho.

-Sim, telefone! Ainda não me acostumei com a pronúncia, pois bem ele é meu, bem na realidade você me deu.

-Eu te dei?

-Sim, mas não posso te falar mais nada sobre ele, só aceite-o.

-Hmmmm... acho que começo a compreender, continue, onde e quando estou, e não precisa me falar o óbvio eu sei que aqui é a Terra.

-Você esta em Belmonte, Portugal, e quando estamos é 28 de Fevereiro de 1500.

Então o homem ajeitando alguns livros que tinha derrubado parou e pensou Portugal, então ele pegou um livro aleatório de lendas portuguesas e abriu e leu um texto que falava sobre o Medo.

-"Em todo Algarve se crê na aparição de Medos ao meio-dia, à meia-noite ou ainda depois do toque das ave-marias.
E sobre tudo no verão que os Medos aparecem nas belas noites de luar e ao pino do meio-dia, pela força do calor, quando tudo dorme ou descansa.
Por isso diz-se que. É que em tal sítio aparece um Medo".

-Bem nada de importante aqui nesse texto, por qual razão fui convocado aqui?

Relita, com lágrimas nós olhos fala 50 anos se passaram e você dois não mudou nada... Tales.

-O que tá acontecendo aqui? Pergunta Selene com um olhar de constrangimento.

TATATATATARA!!! Os passos voltaram, Tales então olha da janela, mas não há nada lá fora, mas os passos continuam; TATATARARARA!!! E dessa vez mais altos.

-Para onde estão indo, botando o dedo indicador na boca e o retirando sentiu o vento, hm estão indo a sudeste a partir dessa casa, me responda pessoa cujo não sei o nome e sinto que não devo saber, ao menos não ainda, o que tem a sudeste dessa casa?

Relita responde:

-Sim! Sim! Claro você não sabia o meu nome, quando eu te conheci então não devo falar, bem a sudeste daqui fica o Castelo de Belmonte.

-O nome do castelo é bem sugestivo, disse Tales, bem estou indo.

-Não! Exclamou Relita, estou nós meus últimos dias, por favor, fique mesmo que você não me conheça fique.

Ele se aproxima de Relita e a encara:

-Tá... mas você vai me explicar o que acontece para mim e a ela, apontando para Selene, a velha e ele intrigam-se e perguntam um para o outro onde estaria ela. Ele se dirige para traz do balcão e vê Selene desmaiada, ele a põe no balcão, e começa a sentir seu pulso: - ótimo ela está bem, só foi uma quedinha, entretanto eu quero um copo de chá por favor.

Sem Tempo; As histórias dos viajantes.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora