A despedida para o ataque.

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Se passaram dois dias que estava me preparando para lutar, ou morrer sem ter ao menos chance de chegar perto dos soldados. Desde o tempo que estamos em Vinervia a Nação Vermelha tem suas tecnologias de segurança, à começar por armas que explodem o corpo humano com apenas um tiro. Eu estava com medo por Isa, tenho medo que algo de ruim aconteça. Ela estava tomando café quando cheguei perto e disse:

- Você vai se arriscar mesmo?

- É o nosso amigo, Renato! Faria qualquer coisa para tê-lo de volta.

- Eu também, mas sabemos que é perigoso para você.

- Eu não sou mais uma criança, se eu morrer que seja fazendo algo útil.

- Você sabe que eu amo você. Não sabe?

- Eu sei, somos como irmãos.

- Não me perdoaria se algo de ruim acontecer.

- Você fala isso, mas também não sabe se algo pode acontecer com você. Você é um babaca mesmo, só porque não tenho poderes acha que sou mais frágil?

- Não foi isso que eu quis dizer, você distorceu tudo.

- Esquece! Não quero mais conversar.

Que raiva! Como a Isa pode ser tão cabeça dura? Parece que ela não ver que tudo pode dar errado, que tudo pode sucintamente não terminar do jeito que queremos. Para falar a verdade eu estou apavorado. Ao me ver olhando a janela o senhor Vander se aproxima dizendo:

- Hoje vocês partem e começam a grande aventura.

- Vou me aventurar morrendo. - Ironizo.

- Confiança rapaz, você já sabe usar seus poderes. Do que você tem medo?

- Eu tenho medo de tudo, me amedronta o fato da Isa lutar sendo que ela nem tem poderes.

- A Isa é inteligente! A força não é o suficiente, ela precisa da inteligência para ser usada com sabedoria.

- Você deveria escrever um livro senhor Vander, seus conselhos são ótimos. - Digo sorrindo.

- Um dia eu escrevo meu amigo. Acho que já deu o horário. - Senhor Vander fala cabisbaixo.

- Agora! - Suspiro avisando Isa.

Chegou o grande momento de buscarmos nosso amigo, Théo Duval, um jovem preso e que possivelmente nesse exato momento esteja sendo usado como um rato de laboratório pelo seu próprio pai. Uma ironia, dizem que o verdadeiro amor é de um pai por um filho, talvez, Breno Duval até ame seu filho, mas o seu interesse pelo poder é muito maior que isso. E é isso que vai me motivar matá-lo.

The Color: A Perseguição Onde as histórias ganham vida. Descobre agora