CAPITULO 12 - O Juramento

1.3K 230 108
                                    

𝑉𝑜𝑐𝑒̂ 𝑝𝑜𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙𝑣𝑎𝑟 𝑎 𝑚𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑎𝑙𝑚𝑎 𝑠𝑢𝑗𝑎 𝑒 𝑝𝑒𝑠𝑎𝑑𝑎?

(𝑻𝑾𝑬𝑵𝑻𝒀 𝑶𝑵𝑬 𝑷𝑰𝑳𝑶𝑻𝑺 - 𝑯𝒆𝒂𝒗𝒚𝒅𝒊𝒓𝒕𝒚𝒔𝒐𝒖𝒍)

(𝑻𝑾𝑬𝑵𝑻𝒀 𝑶𝑵𝑬 𝑷𝑰𝑳𝑶𝑻𝑺 -  𝑯𝒆𝒂𝒗𝒚𝒅𝒊𝒓𝒕𝒚𝒔𝒐𝒖𝒍)

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

No quinto dia do Yule, eu despertei antes do amanhecer. A respiração baixa de Thorn invadia meus ouvidos comprovando que ainda permanecia ao meu lado, mas como se ainda temesse ter suas mãos queimadas, ele se manteve longe de mim.

Tão hábil quanto uma felina, sai da cama e a passos leves parti para fora do quarto.

Pensei em fazer um chá quente, porém meu estômago ainda não estava preparado para ingerir qualquer alimento àquela hora do dia. Além do mais, minha mente estava envolta a um mar de dúvidas e esperanças e estas não me deixam em paz.

Passei um bom tempo refletindo sobre a possibilidade de eu retornar a beira do rio congelado e Cernunnos novamente vir a minha procura. Não mais capaz de controlar minhas inquietações, enfiei-me no pesado casaco de pele e adentrei rumo gélida manhã das terras nórdicas.

O frio que tocava minha pele de forma agressiva, parecia não me incomodar. A esperança que mantinha dentro de mim, amenizava qualquer tortura que aquela maldita terra pudesse me desferir.

Cheguei ao rio no momento em que os primeiros raios de sol ousaram a aparecer em meio às densas nuvens cinzentas. Meu coração batia acelerado em meu peito. Ainda carregava a esperança de ser resgatada. Ainda mantinha esperança de ser ouvida por Cernunnos.

— Eu estou aqui! — sussurrei olhando para o horizonte.

Aguardei, aguardei e continuei aguando por longos minutos por qualquer indicação da voz do deus, mas ela não veio.

— Eu sempre estive aqui. — sussurrei agora com a esperança se esvaindo.

Nada. Nenhum mísero sinal de alguém estar ouvindo-me. Nem mesmo o farfalhar das folhas embaladas pelo vento.

Então desabei no chão coberto por neve. Abracei meus joelhos e permaneci em silêncio enquanto o frio congelante açoitava minha pele e ameaçava consumir-me por completo.

Não sei por quanto tempo fiquei ali, exposta ao gelado e impiedoso inverno nórdico. Devo ter ficado tempo demais, pois minhas articulações começaram a se atrofiar e eu mal podia mexer meus dedos.

— Erieanna! O que está fazendo nesse frio? Está querendo morrer? — Thorn exclamou exasperado e logo cobriu-me com seu casaco.

— Hã?... Desculpe, o que perguntou? — indaguei confusa após sair do meu transe.

— Perguntei se está querendo morrer. Olhe para seus dedos. — Ainda meio avoada, fiz o que me pediu. — Estão azulados. — Começou a esfregar suas mãos nas minhas para aquecê-las.

𝐒𝐀𝐂𝐑𝐈𝐅Í𝐂𝐈𝐎Onde as histórias ganham vida. Descobre agora