Algo deve ter dado errado em meu cérebro, tenho todas as suas químicas em minhas veias e estou entindo toda a alegria, sentindo toda a dor...
Assim como nicotina, heroína, morfina de repente, sou uma viciada e você é tudo o que preciso. E eu sou uma...
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Uh, diga-me que você confia em mim
e me beije e me abrace, sim
Bem, eu faria qualquer coisa por você
Você só precisa me amar
Nervous - The Neighbourhood
Scarlett Yevandrovisck
04, Junho — 2018
Ajeitei sua gravata borboleta, lembrando de como meu pai havia me ensinado a fazer aquele laço simples, ele se moveu impaciente e eu segurei o riso.
— Para de rir de mim. — movi os ombros.
— Não estou fazendo nada. — me afastei tombando a cabeça um pouco para o lado afim de ver o resultado de um outro ângulo. — Terminei.
— Eu estou vendo esse sorriso aqui. — ele apertou minhas bochechas com os olhos semicerrados, eu ri ainda mais enquanto me esquivava dele. O loiro se virou para ajeitar a manga de seu smoking, ele estava sempre de camisas sociais com vários botões abertos e os cabelos rebeldes. Hoje em especial ele estava com os cabelos penteados e de smoking, quando foi a última fez que o vi assim?
— Você está engraçado. — acusei e ele me olhou de rabo de olho — Mas, de um jeito sexy. — assumi me aproximando, ele ergueu o queixo e eu fiquei na ponta dos pés para beijar seus lábios, mas não alcancei. — Niko... — ele segurou com ambas as mãos minha cabeça e colou nossos lábios, mordiscando e sugando meus lábios o que me fez rir.
— Não pareço engraçado agora, pareço? — eu neguei com a cabeça sorrindo e deixando ambos meus pés encostarem no chão, passei a mão pela borda do tecido escuro e senti o cheiro de menta se misturando com o perfume. Lembrei de Andrei e de como seu cheiro se resumia em nicotina, eu detestava com todas as minhas forças.
— Tem notícias do Andrei? — mordi o canto do lábio, ele negou com a cabeça.
— Até agora nada, mas você terá que se apresentar na sexta.
— Hm, sim. — suspirei — Eu estou com medo. — fui sincera e ele se manteve me olhando de cima, suas sobrancelhas se curvavam de uma maneira que demonstrava indecisão. — O que foi?
— Eu acho que Andrei fez de propósito. — falou baixo.
— Como assim? — franzi o cenho confusa.
— Nós estávamos esperando a oportunidade para atacar meu pai, e impossível ter uma oportunidade melhor que essa. — suas mãos pousaram em minha cintura — Andrei é o conselheiro de Bratva, meu pai vai mandar uma frota grande de guardas em sua busca, consequentemente sua segurança vai se reduzir pela metade. — seus dedos subiram provocativos erguendo a blusa dele que eu vestia aos poucos. Coloquei minha mão sobre as suas.
