Falhei

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O lugar onde respiro (o lugar)
Respiro o seu aroma
Você, que possui um coração escuro
Perfura o meu coração
Esse mundo lotado de mentiras e dificuldades
Me deixa mais corajoso

  O lugar onde respiro (o lugar)Respiro o seu aromaVocê, que possui um coração escuroPerfura o meu coraçãoEsse mundo lotado de mentiras e dificuldadesMe deixa mais corajoso

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Eram apenas 8 da manhã, num domingo. Tudo o que Junhui provavelmente esperava era nem estar acordado há essa hora, mas graças a mim foi obrigado o contrário.

As flores murchariam em algumas horas, certamente não tinha tempo para que esperasse o tal acordar, já que se dependesse dele, talvez só as visse no próximo dia. Toquei a campainha uma vez: sem resposta. Mais uma, e outra, até começar a apertá-la freneticamente. Só parei ao ver pela janela de seu quarto a silhueta de garoto se espreguiçando e levantando. Disparei até a árvore da calçada de sua casa e me escondi atrás dela, enquanto assistia em tempo real tudo mudar.

Jun abriu a porta enquanto esfregava o pescoço e bocejava, com os olhos fundos, o cabelo bagunçado que formava um topete certamente não proposital. Nem ao menos usava camisa, apenas uma calça de moletom e meias azuis. Quando acabou seu bocejo de leão e fitou a porta aberta, tomou uma expressão confusa com o que encontrou - ou melhor, não encontrou-. Não havia ninguém ali é claro, eu estava escondido, afinal. Mas se baixasse um pouco mais o olhar, encontraria algo.

Olhou para os lados de fora de sua casa procurando quem havia sabotado seu precioso sono, e finalmente diante de seus próprios pés. Quando encontrou meu ''presente'' fez uma carinha assustada que não pude deixar de reparar no quanto foi fofa. Deixadas por mim, a frente de sua porta estavam belas rosas brancas, unidas por fitas amarelas e lilás em seus caules. Apanhou-as. Girou o buquê, talvez na esperança de encontrar um bilhete, mas como me faltou criatividade para isso não fiz questão de deixar um.

Seu rosto não expressava nada além de sono e um pouco de surpresa, era como se apenas tivesse sido acordado por um desocupado sem motivo algum num domingo de manhã - talvez a realidade não fosse tão distinta disso-, e não que um idiota apaixonado - no caso, eu - tivesse deixado um maldito buquê de rosas em sua porta. Quase parecia indiferente a elas.

Quando deu alguns passos a frente entendi que ele não estava interessado no buquê em si, em sim eu saber quer tinha o deixado. Meu coração disparou como nunca, e ainda assim conseguia contar cada pulsada. Senti o ar a minha volta aquecer, minha espinha esfriar. Eu não poderia fugir, seria visto antes que estivesse longe. Junhui avançava lentamente até a frente de sua casa e eu estava totalmente perdido. Era apenas minha primeira aparição como admirador secreto e já seria desmascarado.

"Ótimo, senhor Xu Minghao, você é o apaixonado mais burro que alguém teria o desprazer de ser." Pensei.

À medida que Junhui se aproximava sentia o fim próximo, até que finalmente parou centímetros antes de pisar na calçada. Agachou, recolheu um jornal jogado nela, e levando consigo ele e o buquê, dirigiu-se à entrada de sua casa. Meus músculos estavam tão tensos, que quando relaxei naquele instante pensei que ia cair ali mesmo e no fim seria descoberto de jeito ou outro, mas por sorte consegui me manter em pé. Junhui entrou, e antes de trancar a porta encarou as flores com o sorriso que teria me feito desmaiar caso tivesse visto de pertinho. Mesmo diante de toda aquela situação, por uma fração de segundo me questionei se ele seria dó tipo que lê jornal.

Logo após o barulho da fechadura, que só podia ser percebido pelo motivo de ainda-não-havia-movimento-algum-por-ali-àquela-hora, sequer tive tempo de comemorar - mesmo que apenas mentalmente - o sucesso em minha primeira missão, pois uma dor terrível preencheu meu abdome. Eu já conhecia bem a condição por qual me encontrava no momento, e sabia o que ela significava. A sensação era de literalmente espinhos subindo por minha faringe. Pontadas doloridas agulhavam minhas costas e minha cabeça começava a latejar. Aquilo não poderia acontecer mais uma vez, não naquele lugar.

Corri numa velocidade que acreditava ser impossível de alguém sentindo o que eu sentia ser capaz de atingir. Até que meus joelhos me deixaram na mão e caí a mais ou menos uma quadra de casa; derrotado, chorando apavorado e com a garganta numa dor infernal. Agora também tinha dor nos braços por me esforçar tanto correndo sem estar acostumado, e ainda mais em minhas pernas por ter caído e de quebra torcido o tornozelo esquerdo. Ao sentir que o inevitável estava cada vez mais próximo pressionei uma das mãos na boca com o pouco da força que me restava, enquanto a outra, mesmo que tremendo muito, me apoiava para que eu não terminasse de me deitar na rua e me sufocasse. Eu forçava a garganta tentando fazer com que aquele maldito momento que tanto odiava nunca chegasse.

Continuava comprimindo minha boca com a mão, deixando as lágrimas inundarem meus olhos e ensoparem meu rosto e camisa, soltando gemidos agudos pela dor, desespero e tristeza. Tudo o que eu menos queria era ser visto naquele estado. Mas sendo o sujeito sortudo que sou, mesmo que eu ouvisse como se estivesse de baixo d'água consegui escutar um rangido, seguido de passos.

Já não ouvia com clareza, e minha vista começara a ficar turva. Tentei olhar para cima, mas havia me tornado sensível à claridade do sol. Enfim alguém se agachou a minha frente e pude reconhecer meu colega, Soonyoung.

- Minghao, você está bem? O que aconteceu? - mesmo que fosse difícil, consegui entender o que ele dizia. Soltei um ganido devido à pontada que senti na laringe e virei o rosto, me sentindo humilhado e vulnerável - não consegue falar? Tudo bem. Entre em minha casa e descanse. Não precisa dizer nada agora.

Cuidadosamente me levantou e me apoiou ao redor de seu pescoço, ajudando-me a andar - na verdade, pular num pé só, já que a torção me impedia de usar um deles.

-Pode se deitar aqui no sofá - disse acolhedor, empurrando as almofadas para o chão - Você quer um copo d'água? - assenti com a cabeça e ele rapidamente se afastou.

Usei o resto de visão que me restava para enxergar um espelho através de uma porta logo à frente, e conferir que Soonyoung não estava tão perto. Cambaleei até o banheiro e tranquei a porta com agilidade.

Quase sem conseguir compreender as palavras ainda tinha a capacidade de ouvir Soonyoung preocupado do outro lado da porta e as batidas que dava nela ecoando na minha cabeça, levantei a tampa do vaso sanitário e quando finalmente destapei a boca e abri-a senti a dor subir até minha boca vagarosamente, me torturando. E tudo o que eu conseguia pensar era:

Falhei com Junhui.

Oioi meus xuxuzinhos, tudo certo com vocês?

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Oioi meus xuxuzinhos, tudo certo com vocês?

Então, essa é minha primeira fanfic (sem ser oneshot) a ser publicada em MUUUITO tempo, então deem bastante amor para ela, venho me dedicando à essa história há meses :')

As atts serão semanais, um capítulo por semana, nos sàbados ou domingos. A fanfic também estará disponível no spirit fanfics.

Não esqueçam de deixar aquele votinho maroto caso tenham gostado e também de comentar

Beijo beijo, até a próxima att s2

Quando as Flores Murcharem l JunHaoTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang