Limpeza.

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Eu estava em um sono tão bom e abençoado. Sonhava com lindos unicórnios comendo doces. Mas tudo acabou quando a porta do quarto abriu, fazendo o maior estrondo.

— ACORDEM! – Amber, doce e gentil. Olhei meu relógio no criado mudo, era exatamente 1 da manhã. O que é que essas garotas tem com essa hora da madrugada?

— O que você quer agora? – Morte perguntou.

— Eu quero que vocês levantem. Nós vamos agora até a fraternidade Kappa, fazer uma faxina lá. Pra arrumar a bagunça que vocês três fizeram – nesse momento levantamos as cabeças para olha uma para a outra.

— Do que você está falando? – perguntei na maior calma.

— Não se faça de idiota. Os garotos da Kappa me disseram que vocês fizeram aquilo no cabelo deles. Não tinha nem como eu argumentar, porque eu lembrei de você, da caipiranha e da senhora das trevas chegando naquele horário.

— Isso não tem nada a ver. Estávamos fazendo uma corrida noturna – Milla tentou argumentar.

— Cala a boca. Agora vamos ter que fazer isso, porque eles disseram que se recusarmos eles vão encher a casa de baratas, colocar aranhas na gente enquanto dormimos ou até coisa pior. Então vocês e as novatas vão até lá.

— Espera, você não vai junto? – questionei.

— Olha pra mim. Você acha mesmo que eu nasci para fazer faxina naquela fraternidade ou em qualquer outra? – Amber fez uma expressão como se ela estivesse dizendo a coisa mais óbvia do mundo. — Agora andem logo – saiu batendo a porta.

— Eu odeio essa vadia – Morte.

Não pudemos nem trocar de roupas. Quando chegamos na sala, as veteranas estavam segurando as vassouras, esfregões e baldes que utilizaremos para a nossa jornada.

Batemos na porta e quem abriu foi o Tuppen, sem camisa. Gente eu sei que namoro o Noah, mas eu tenho que dizer: o Tuppen é um gostoso. E eu não sou a única a achar isso.

— Ah, oi meninas – deu espaço para que todas nós entrássemos.

— Oh meu Deus! – Gwyneth disse, e foi exatamente o que eu pensei quando entramos.

Os caras estavam todos sem camiseta, exibindo aqueles tanquinhos malhados. Até a Morte estava boquiaberta. Era como se eu estivesse na loja de doces. Olhei em volta e notei que meu doce favorito não estava entre eles.

— Bom garotas, vocês estão aqui como forma de pedido de desculpas. Algumas de vocês fizeram uma "pegadinha" que deixaram nossos cabelos assim – Oliver apontou para sua cabeça. — Vocês vão arrumar tudo, tirar o pó e lavar o nosso banheiro – o murmurinho de negação começou. — Sim, vocês vão. Caso contrário, nós não vamos deixar nenhuma de vocês em paz.

— Acreditem, vai ser um pesadelo – Mattew.

Revirei os olhos e ao fazer isso vi uma pessoa no andar de cima. Noah estava curvado, com os braços sobre o corrimão, sorrindo.

— É o que acontece quando se mexe com a fraternidade Kappa Tau Gamma – a voz dele se fez presente. Apertei os olhos e balancei a cabeça negativamente.

— Podem começar – Oliver deu uma palma, como um "start". As meninas começaram a se mexer. — Sabe que tudo isso é culpa sua, né?! – falou do meu lado.

— A culpa é de vocês. Vocês tacaram os balões – respondi.

— Não, a culpa é sua. Se tivesse agido como uma boa Zeta, sem revidar, nada disso estaria acontecendo, nanica – nanica?

A Barraca do Beijo (Fanfic)Where stories live. Discover now