Formando amizades.

5.1K 245 31
                                    

Quem são elas? – Lee perguntou.

— Essa é Milla e essa é Morte – respondi. Ele me olhou arqueando uma sobrancelha. — Não, o nome dela não é Morte, mas é assim que a chamam.

— Okay. Eu gostei dos seus piercings – apontou pra Morte. — E gostei do chapéu de vaqueira – disse para Milla.

— Chega de conversa pessoal – disse.

Fomos em direção a casa Kappa. Lee descobriu uma entrada pelo porão, ele disse que os Gamma Phi Beta sabem de todas as entradas e esconderijos de Harvard, isso ajuda muito.

Entramos e fomos em direção ao banheiro. Pegamos todos os cremes de cabelo que tinham ali.

— E agora? – Milla.

— Agora vamos usar um pozinho mágico – olhei para Lee e ele pegou alguns pacotinhos de seu bolso.

— O que é isso? – Morte.

— Isso é tinta de cabelo temporária. Dura apena 3 dias. Mas já que eles gostam tanto de tintas.

— Qual é a cor? – Milla perguntou e então olhamos todas para o Lee.

— São cores variadas, eu não sei. De qualquer forma, vamos descobrir amanhã – Lee.

Tiramos as tampas de todos os cremes e começamos a despejar os pozinhos. O bom dele é que deixa os cremes da cor natural, então eles não vão nem desconfiar que tem alguma coisa neles.

— Sh, escutem – Morta disse e ficamos em silêncio. — Tem alguém vindo.

— Ai que droga. Vão pegar a gente, Elle! Nós não estamos no nosso território. Aqui não é como no colégio...

— Lee fica calmo – pedi.

— ... eles vão pendurar a gente de cabeça pra baixo, ou então... – Morte colocou uma mão na boca dele e a outra na nuca.

— Ou então você pode calar a boca e ficar calmo. Vamos nos esconder – Morte se levantou ainda com a mão na boca do Lee. — Vem falastrão – os dois entraram dentro de um dos reservados. Milla entrou em outro.

Eu estava quase entrando dentro de um, mas notei uma coisa bem importante. Todos aqueles tubos de creme no chão. Praticamente deitei no chão pra conseguir "abraçar" todos os tubos de uma vez só. Lógico que não deu, então me arrastei pelo chão levando tudo para de baixo da porta. Quando consegui, entrei e fiquei lá, quietinha.

A porta do banheiro abriu e alguém entrou. Graças a Deus o cara veio usar somente o mictório. Subi na privada para ver quem era, mas não conhecia o cara. Ele saiu depois de alguns longos segundos.

— Tudo limpo, galera – falei e saímos de dentro dos reservados. — Vamos colocar tudo de volta.

Agimos rápido. Colocamos as tampas de todos os cremes e colocamos no mesmo lugar que estavam antes. Coloquei apenas a cabeça para fora pra ver o corredor. Não tinha ninguém. Fiz sinal para irmos. Saímos sem nenhum problema.

— Nossa cara. Isso foi intenso, foi muita pressão – Lee começou a se abanar com as mãos. — Uh, caramba, eu estou suando.

— Você parece ser tão sensível – Milla disse.

— Eu não sou sensível. – Lee olhou-a da cabeça aos pés.

— Okay grande machão. Vamos logo antes que as loiras pensem em sentir nossa falta, o que eu acho bem difícil – Morte começou a andar na frente.

— Eu acho que ela me assusta um pouco – Lee disse vendo ela se afastar. Ri.

— Até amanhã. Te amo – falei.

A Barraca do Beijo (Fanfic)Where stories live. Discover now