Cupidos!

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Elle

Eu juro que não quero mais ver um ônibus na minha frente tão cedo. Ainda bem que já estamos chegando – me queixei pra Pan. A garota deu uma risada fraca. — Eu vou perguntar. O que está acontecendo? – ela se ajeitou no banco para ficar de frente para mim. Respirou fundo e começou.

— Quando fui procurar o Lee, pra avisar que estávamos de partida, ele estava junto com a ex-namorada dele. Ele estava com as mãos na cintura dela e... – Pan soltou todo o ar. — Eu não sei o que pensar. Mas ele disse: "não é nada disso que você está pensando." – ela tentou imitar a voz do Lee, e isso me fez rir. — Então eu disse a ele que iriamos conversar quando chegássemos em Harvard.

— Então é isso. Vocês vão conversar e vão se entender. E o fato dele tentar se explicar quer dizer que ele se importa com você – Pan sorri timidamente pra mim. — Agora, mudando de assunto. Você sabe se a Jo é casada?

— Creio que não. Mas eu acho que ela deveria ter alguém. Ela é tão boa e gentil. – é verdade. Jo age como uma mãezona.

— E o treinador Dixon, é casado?

— Não. Eu sei aonde você quer chegar. Eu também já notei os olhares entre eles. Isso não é de agora Elle, os dois são assim há tempos. Bom, pelos menos desde quando eu cheguei aqui há dois anos.

Durante algumas paradas na viagem eu notava que o treinador sempre vinha até o nosso ônibus para falar com a Joanna. Perguntando se estava tudo bem, se ela não estava cansada ou contava alguma piada sobre esporte. É fofo, porque ele é durão com todo mundo. Mas quando ele se aproxima dela, é como se ele fosse totalmente desarmado. E a Jo não fica diferente, suas bochechas parecem que vão explodir de tão vermelhas.

 E a Jo não fica diferente, suas bochechas parecem que vão explodir de tão vermelhas

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Pandora Whinter

Já faz um tempo que chegamos a Harvard. Assim que terminamos de tirar nossas coisas do ônibus fomos chamados para o auditório. Levamos o maior esporro pela briga em Stanford. Pelo menos o treinador Dixon saiu em nossa defesa. E também deu pra notar que o diretor estava brigando apenas pelo fato da agressão física, e não pelos motivos pelo qual a briga aconteceu.

Depois do discurso de vários e longos minutos, fomos liberados. Estou eu, andando pelo corredor quando de repente sou puxada pelo braço para dentro do armário de vassouras.

— Mas que porra é essa? – minha resposta foi um beijo na boca. Permaneci com os olhos aberto por conta da surpresa. Pela cor do cabelo eu já sabia quem era. Cabelo castanho-claro. Segundos depois, Lee se afastou.

— Eu não quero ter uma longa conversa pra ter que explicar uma coisa tão simples – ele colocou as mãos em cada lado das minha bochechas, me fazendo olhar profundamente em seus olhos castanhos. — Eu estava apenas afastando a Rachel, não iria acontecer nada entre nós.

— Por que eu deveria acreditar em voc... – mal pude terminar a frase, pois fui interrompida.

— Porque é você que eu quero. Será que dá pra entender e acreditar nisso? – eu juro que queria permanecer séria, mas o sorriso que surgiu em meu rosto foi mais forte. Não sabia nem o que dizer, apenas assenti e coloquei minhas mãos em sua nuca para puxá-lo pra mim.

A Barraca do Beijo (Fanfic)Where stories live. Discover now