CAP 6

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-Pedro, Pedro! Acorda, quero entrar você esta me atrapalhando.

-Lalinha, você demorou... -ele se levantou e ficou em minha frente.

-Quero entrar, Pedro saia da frente!

-Antes você vai me ouvir.

-Eu não quero ouvir nada, eu quero entrar tomar banho e dormir.

-Deixa eu explicar, vamos conversar. Suzana é louca terminamos nosso relacionamento a 2 anos, minha mãe e ela não me deixam em paz! Minha mãe gosta dela e ainda tem esperança que vamos reatar, mas isso nunca passou pela minha cabeça. Eu juro. Eu posso provar que estou falando a verdade!

-Então prova. -olhei em seus olhos querendo mesmo que ele provasse.

-Entra toma seu banho e depois converssamos.

Resolvi escutar o que ele tinha para dizer. No fundo sentia que ele estava sendo sincero comigo.

Depois do banho coloquei meu pijama nada sexy, calça e uma blusa larga e me joguei no sofá ao lado dele com os cabelos molhados para ouvir o que ele tinha para falar.

Na verdade isso nem tinha que estar acontecendo, pois não tenho nada com ele só o conheço a algumas semanas acho constrangedor ter que ouvir explicações de alguém que eu mal conheço.

-Você não precisa fazer isso se não quiser, Pedro. Eu exagerei em falar com você daquele jeito no telefone, pois estava bêbada. Você não deve satisfação da sua vida para mim.

-Lalinha, nunca na minha vida senti nada parecido com o que sinto por você. Já te disse, você é especial. -ele disse segurando minhas mãos em seu peito.

-Pedro o que sinto por você também é diferente mas tenho medo, medo de me machucar novamente.

-Laura veja isso -ele estendeu o celular para mim.

No celular tinha mensagens da tal Suzana o ameaçando se não reatasse o namoro, tinha até mensagens de ela dizendo que iria se matar.
E as respostas dele era sempre as mesmas "Suzana, siga sua vida" "Suzana, não vamos reatar" "Suzana, não fale bobagens".

-Essa mulher é completamente LOUCA!

-O pior é que ela vive la em casa com minha mãe armando para mim. Pegando meu celular, desmarcando meus compromissos. É um verdadeiro Inferno.

-E seu pai?

-Ah meu pai.... Meu pai é um anjo. Ele é tudo para mim, ele conversa me endente e nunca participou dessas palhaçadas da minha mãe e Suzana. Ele até me deu os parabéns quando terminei com ela. -ele disse rindo.

-Desculpa por gritar com você sem saber exatamente o que estava acontecendo. -passei a mão em seu rosto.

-Esta tudo bem.

-Nesta manhã te liguei animada pois meus pais e minha melhor amiga vão vir para meu aniversário que será no domingo.

-MENTIRA que seu aniversário é no domingo ! -ele disse animado.

-Sim no domingo.

-O meu também, Lalinha! -ele disse tirando o documento da carteira que estava no bolso.

Peguei o documento nas mãos ainda sem acreditar, achei que era uma brincadeira dele.

E era verdade! Mas o que mais me chamor a atençao é que nascemos no mesmo ANO, MÊS e DIA.

Temos a mesma idade, que conhecidência.
Nos abraçamos sorrindo e sem acreditar.

-Lalinha, nascemos um para o outro.

-Pedro, nunca vi tanta conhecidência. Achei até estranho.

-Isso é destino, amor.

Eu estava morta de sono perguntei se Pedro iria embora e dessa vez ele quis ficar. Enfim.

Arrumei minha cama, nos deitamos embaixo do edredom que foi presente da minha mãezinha.

-Como eu sonhei em estar aqui com você, Lalinha.

-Pedro, eu não sei o que esta acontecendo comigo eu penso em você o dia todo e também sonhei com esse dia.

Nos beijamos, e delicadamente ele colocou a mão por baixo da minha blusa e me acariciando subiu em cima de mim.
Fizemos amor. E dormimos abraçados como se fossemos perder um ao outro. Talvez isso já seja amor.

Na manhã seguinte foi a vez dele fazer as perguntas.

-Com quem a senhorita saiu ontem?

-Com um amigo do trabalho. -respondi olhando para baixo.

-Você fez alguma coisa que não devia com esse cara?

-Olha Pedro, eu o beijei sim. Ele me deixou na porta de casa e eu o beijei.

-E o que você sentiu?

-Vou ser sincera. Senti vontade de rir, Luiz é um palhaço me fez rir muito ontem ele é meu amigo, nada mais.

-Então que nao aconteça mais né Laura. -ele disse sério.

Balancei a cabeça em sentido de sim.
Celular de Pedro tocou era sua mãe, ele atendeu e colocou no viva voz.

-"Onde você dormiu, Pedro?
Estou precisando de você aqui no restaurante.
Suzana quase morreu de preocupação até foi dormir lá em casa comigo. Não faça mais isso!"

Que voz insuportável aquela mulher tem. Ela fala mandando, acha que é Deus.

-Nunca quero conhecer sua mãe.

-Tudo bem é sua escolha. Agora preciso ir, se der a tarde posso vir aqui? Eu trago o jantar.

-Claro que pode.

O acompanhei até a porta, nos abraçamos tão forte que parecia que seria a última vez que nos veriamos.

-Eu te amo, Lalinha. Eu te amo muito, você não tem nem idéia do quanto.

-Eu também te amo.

Fiquei o resto do dia pensando nisso. Como é bom ouvir que alguém nos ama.

Meu celular toca e como já era de se esperar, é Luiz.

-Oi flor.

-Oi Luiz tudo bem?

-Tudo e você? Viu quero pedir desculpa pelo beijo de ontem, acho que não foi legal o momento, pois estavamos bêbados...

-Luiz, não tem pelo que pedir desculpas, vamos combinar uma coisa? Vamos ser amigos, você é o amigo que eu preciso aqui nesta cidade.

-Combinadissimo dona Laura. Beijão agora tenho um compromisso.

-Boate de novo?

-Não, melhor que isso. Bar com os amigos.

-Tudo bem. Um beijo e obrigado por me entender.

-Esta tudo certo.

Que alívio. Não queria me afastar de Luiz.

Anoiteceu e minha campainha toca. Era Pedro com uma muda de roupa em uma das mãos e o jantar em outra.

Meu SegredoWhere stories live. Discover now