CAPÍTULO 05: MAURICIO OU MIRELLA

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- Thiago era um típico rapaz. Tinha algo nele que me atraia, devia ser sua gagueira mas eu gostava assim mesmo.
Eu me arriscava para ter uma aventura kalient com ele sempre que possível. Nós tínhamos uma liga forte desde criança, ele era meio que o predileto dos demais, Mantinha-mos um relacionamento aberto e sem compromisso algum, era só sexo mesmo,ele claro era o ativo e eu o passivo.
Houve um tempo que eu dormia só em casa, era o que eu dizia, na realidade o Thiago dava o desdobro na avó pra dormir comigo na minha cama de casal. O combinado era noite sim noite não pra não ficar chato e enjoado, Incrível como esse garoto se superava na arte de surpreender, sempre tinha uma novidade para o cama sutra, também era viciado em pornografia, a cobaia era eu que penava pra estar disposto para o que ele queria e do geito dele, ele sabia fazer o negocio bem feito, a única coisa que eu sentia falta era do beijo na boca que ele não curtia, pra não perder eu aceitava essa condição, já que não tinha beijo descontava tudo no oral, essa história parece demais pra alguns, mas isso aqui não é uma apologia ao sexo e sim porque hoje me sinto livre e bem para falar da minha história e dizer que passado só existe quando você o cultua, e deseja vivencia-lo, e eu decidi abandonar essa prática (nada contra quem pratica, aliás eu respeito e abomino o preconceito de alguns pela sua mentalidade limitada) que eu cheguei a conclusão que não era mas pra mim, bem, você pode ter a opinião que você quiser a respeito do assunto, você pode até discordar, você tem todo o direito de discordar,eu também discordo de muitas coisas e isso nos faz pessoas singulares.
Cheguei em um ponto, os pseudônimos que passei adquirir,criei o Maurício, era um rapaz tranquilo sedutor sabia o que falar e a hora de agir.
Gostava de ser chamado assim, meus amigos que na maioria eram travestis usavam nomes de mulher, eu odiava quando eles tentavam me batizar com nome de mulher aí tentaram me chamar de Mirella que ridículo era, eu não queria mudar de nome nem minha aparência, a pressão era tanta que com o tempo fui comprando roupas justas e apertadas muito chamativas, deixei o cabelo crescer pra agradar um pouco, confesso que algum tempo vivia sob a sombra pra me manter na rodinha de "amigos" que eu tinha que triste,com o tempo fui aderindo em me depilar todo pra ficar lisinho e fazer as sobrancelhas, passei a usar maquiagem pra ganhar traços afeminados, foi a época em que o conflito dentro de casa tava difícil,eu já me sentia melhor na rua do que em casa,meus amigos precionando a tomar hormônio feminino e me assumir de vez, já nem me importava com minha reputação de bom menino.
A briga comigo mesmo e com Deus,pois eu já cria nele mesmo sem conhece-lo. Culpava meu meu criador por ter me deixado nascer com esse problema pois eu julgava não ser uma pessoa normal,chorava muito e sempre deprimido por meus sentimentos.
O John já era da igreja e sempre que eu via ele e eu já sabia que ele vinha com aquela historinha de "Jesus te ama" "não vou desistir de você" eu não acreditava no amor de alguém que não conhecia,eu acreditava na paixão que é passageira,tinha um coração de pedra gelada encrustado de incredulidade que bombeada soberba veneno pra não me apegar há ninguém era tipo pega e não se apega...mas isso estava prestes a mudar radicalmente.

Quando Ele Vem(primeiro amor)Where stories live. Discover now