Os Olhos Mais Bonitos

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Cinco horas depois a notícia de que um visitante famoso estava a caminho e não só isso, mais também anunciara durante uma conferência, que a sua parte do dinheiro arrecadado com a Victory Tour, também lhes seriam destinados, irrompeu aos ouvidos de todos tal qual a cura para todos os seus males .- No caso, todos os seus males residiam no único e suficiente fato de que todo o hospital precisava passar por reformas.

- Você se refere a quele cantor, por quem Beatriz e meio mundo tem verdadeira adoração? - Eles perguntavam entre si.

- É esse mesmo! - Eles ouviram alguém responder ao longe, então voltaram se todos para a direita, de onde a voz parecia ter vindo.

E lá estava ele, um americano alto de 26 anos, no máximo. Líder, guitarrista e vocalista de banda de rock, ex-usuário de drogas.

Há algum tempo que decidira se por dar continuidade ao tratamento do qual havia iniciado sozinho para tratar de uma dor de estômago crônica -dessa vez, fazendo o uso único e exclusivo de médicamentos pré escritos e não de heroina, - Como é do conhecimento de todos que o fazia.

Kurt Cobain sorrio para eles ao se aproximar. Porém, muito longe de lhes oferecer maiores esclarecimentos, suas palavras acabaram por deixar a todos ainda mais confusos. Afinal, a qual dos dois Michaels ele quis se referir quando disse: "Michael é quem se cuide? "

Eles o viram se afastar divagar, quase tão abruptamente quanto havia chegado. Desejando se possível, encerrar por ali mesmo as especulações das quais fôra um dos primeiros a expressar.

Ele girou a maçaneta e piscou para eles ao entrar. -Todos riram -Hã. . . Sabiam o motivo de estar ali.

- Cobain parece ter mesmo acordado disposto a continuar enchendo a paciência do doutor , -eles voltavam a fofocar - na teoria de que Beatriz após a visita de Michael, nem mais olharia para ele tendo em mente que os olhos do cantor eram mais bonitos. . . - Não que Kurt Cobain fosse mal ou inconveniente, longe disso. Ele era mesmo uma presença muito agradável e divertida até. Ele só estava tentando convencer o doutor a tomar logo uma iniciativa, adoraria poder dizer que fôra o insentivador - se não o único -maior insentivador de toda a quela história de amor impossível: " O Médico e a Paciente", era como gostava de dizer.

Porém ao se deparar com eles correndo pelo quarto, brincando de algo que parecia ser o pic esconde, teve que cair em si, seria muito mais difícil do imagináva.

- Ai, ai. . . - Kurt inspirou profundamente - Será que vocês perderam o juízo? - Ele teve que perguntar. E revirando os olhos como se tivesse pena da ingenuidade dos dois.

- Cobain! - Michael exclamou animado - Mas o quê você está fazendo aqui? - Ele perguntou tentando rir mais alto ainda, tentando mostrar para Beatriz, que estava tudo bem, que não precisava se preocupar. Que o fato de o amigo tê la segurado e a abraçado por trás, não era uma razão para temer.

Beatriz no entanto, só não gritou e esperneou, porque antes e respondendo a pergunta do doutor, Kurt disse que jamais perderia a visita do Rei do Pop.

- Do Michael Jackson. - Ele sussurrou encostando os lábios na orelha da garota, que poderia ter fechado os olhos para ouvir aquele nome, mas que só não o fez, porque estava assustada e apreensiva demais para isso!

Cobain a soltou - sem mais ousadias - tentando se resignar com o fato de que era realmente impossível causas ciumes em Michael. - Ou o que era mais óbvio, fazer com que o mesmo demonstrasse ter.

Beatriz correu para o doutor como se naquele momento ele representasse o Salvador da sua alma. Segurou em suas roupas e procurou se esconder atrás dele como se do próprio Diabo estivesse fugindo.

Como ela não fez qualquer sinal que indicasse estar surpresa com a notícia, Kurt teve que perguntar:

-O quê, ela já sabe? - Ele estava surpreso.

-É claro que sabe. - Michael respondeu apertando vigorosamente a mão da paciente, tentando encorajá la a ser mais educada e cumprimenta lo. Mas ela o ignorou, não dando um passo na direção do roqueiro loiro. Com tudo, deu até três para endireitar o corpo na direção de Michael e o Abraçar! Ele ficou mesmo sem palavras. Era a primeira vez que a via buscar qualquer conforto quando sentia medo e. . . Em meio a essa situação inusitada, como fazer para juntar as palavras de maneira coerente e voltar a dar a explicação que tencionava dar?

-Victor e eu - ele começou a dizer tentando recuperar o fôlego , - não achávamos que fosse a idéia mais saudável de todas, fazer uma surpresa, não nesse momento, então. . . - Ele a viu levantar a cabeça com inesperada energia. Os lábios numa linha séria, mas os olhos tinham uma expressão doce.

Kurt Cobain pensou que os dois fossem se beijar bem ali na sua frente. Esperou por isso. Um pouquinho mais que Michael se inclina se. . . A aflição que lhe causava ver aquelas bocas entre abertas que. . . Estavam se afastando, ao invés de se juntar?

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Kurt os observou mesmo incrédulo. Michael acabara de fazer tudo o que ele julgava ser de mais impossível num momento como aquele.

Ele o vira apertar a garota em seus braços sim, mas para a afastar. Beijou a com todo o amor que parecia ter sim, mas na testa! Ouvindo o dizer ainda, olhando a bem entre os olhos e passando a mão no seu cabelo, que agora mais curtos pareceram ter lhe causado qualquer descontentamento. . .
- Obedeça a sua mãe. Arrume se e espere quietinha até que o seu querido Jackson venha vê la. Ok?

- O quê? - Kurt ainda tentou argumentar alguma coisa contra aquele idilio, mas Michael foi mais rápido e já o impelia em direção a porta , assim que Renee entrou.

E o que ele ainda poderia fazer?
Encarando a um pouco mais antes de sair, pôde perceber então, o quão pálida e e debilitada Beatriz parecia estar. Vestida em seu tão meticuloso vestido branco. . . Um quadro arrasador e emoldurado ainda por seu grande sorriso, quando tão singela ela inclinou a cabeça para o lado, aquele era o seu jeito de sorrir.

Kurt podia ser bipolar, mas louco ele não era e muito menos supersticioso, mas não podia deixar de considerar um mal presságio a irônia, os efeitos do tratamento que a deviam curar, porém mais lhe causam aparência de morta!

-Michael espera! - ele o alcançou antes que se distânciasse muito pelo corredor vazio, então lhe perguntou o que tanto o inquietava. E embora ele tenha negado e dito que não: "Eu não fiz nada ", Kurt voltava a insistir.

-Exatamente. Você não fez nada! E por que, por que se aquela garota estava bem ali, na sua frente. E você. . .

- Você não entende!- Michael o interrompeu se virando bruscamente para encara-lo.

Agora Kurt podia ver sem sombra de dúvidas que estava chorando, que seus olhos se enchiam de lágrimas mesmo quando ele as tentava reprimir e se conter. Ele percebeu alarmado que em Michael se repetiam com uma frequência cada vez maior uns acessos de. . .Topor melancólico?

Em tais momentos Kurt sempre procurava encorajar o doutor a ser mais forte, não se deprimir. E finalmente: "Não se utilize de qualquer método de aproximação, mas seja você mesmo". Ele o aconcelhou ao ouvi lo confessar, que temia ser regeitado por ela e que se fosse esse o caso, não saberia como lidar. Que não poderia suportar. . . Era a primeira vez que o via expressar tão corajosamente tudo o que sentia. E de certa forma,- em meio a sua preocupação - Kurt ficou muito feliz por ele.

- Você nunca pensou em cortar o cabelo, pra tentar chamar a atenção dela? - Ele perguntou. Porém, Michael apenas sorriu. Aquilo lhe servindo apenas de provocação. E ele teria respondido a altura. Não fosse Victor aparecer dizendo : "O adorado de nossa paciente chegou. E ela já seguiu na companhia dos outros para vê lo".

Logo Michael teria a chance de constatar se havia qualquer verdade na teoria dos "olhos mais bonitos " de Kurt Cobain.

A autista e EuWhere stories live. Discover now