Nodus tollens (Revisão)

16. Limites

Caitlin suspirou quando Barry não falou mais nada e então se levantou da mesa. Saiu a passos rápidos tentando não chorar, Barry havia quebrado seu coração sem dizer nenhuma palavra, mas ela não podia culpá-lo, era como diziam, ninguém manda em seus sentimentos. Ela já estava na porta quando se sentiu puxada, se virou olhando para Barry.

-Não fique com raiva de mim, eu apenas… eu não sei o que devo fazer. - ele disse, estava visivelmente atordoado com tudo.

-Sabe qual é o meu maldito problema, Barry? É que eu nunca consigo sentir raiva de você. Eu não sei te odiar. O que é uma merda já que eu deveria estar com muita raiva. Você está brincando comigo, está me enrolando, me envolvendo em uma dança macabra de palavras não ditas. - Barry franziu a testa diante desta última frase, Caitlin bufou.

-Preciso de um tempo.

-Nós dois precisamos. - murmurou. - Você pode ver Lucas o quanto quiser, não vou te impedir, mas mande uma mensagem antes e marcamos os horários.

-Você poderia levá-lo para casa do meu pai hoje à tarde?

-Lily o leva. - afirmou e Barry assentiu. Ela suspirou e saiu.  

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-Você já ligou para Henry? - Clarissa indagou assim que ela entrou na cozinha.

Caitlin suspirou puxando os fios soltos que caiam à frente de seus olhos.

-Nada de perguntas inconvenientes a esta hora da manhã. - pediu se sentam na mesa e deitando o rosto no braço.

-Você tem que confirmar se vai ou não ao jogo. - Clarissa a lembrou, mas não era algo que Caitlin pudesse esquecer, Ralph e Cisco não paravam de falar sobre o grande jogo de beisebol que aconteceria naquela tarde, Henry havia conseguido ingressos para todos, o doutor não iria por estar em um plantão. Ela levaria Lucas ou talvez o mandasse com Barry, ainda não havia decidido. Iria fazer quase duas semanas que ela e Barry não conversavam, era apenas rápidas trocas de palavras. Ela ainda estava irritada com ele.

-Você deveria aceitar. Será bom sair um pouco desta casa e esfriar a cabeça.

-Também vai ser ótimo cruzar com o cara que me deu um pé na bunda.

-Que eu me lembre esse cara ainda é o seu marido.

Caitlin jogou a cabeça para trás em um gemido irritado. Não precisavam lembrar isso a ela o tempo todo.

-Não quero ir e ficar ao lado de Barry enquanto o clima estiver assim. - disse. Clarissa se virou para ela, seus olhos mostravam repreensão. - Eu apenas não quero piorar o que tem entre a gente.

-Então pense assim, você não estará fazendo isso por Lucas. Ele gosta tanto quando vocês estão juntos, ele fica mais feliz com isso. Faça esse sacrifício por ele.

Caitlin gemeu fechando os olhos e escondendo o rosto com o cabelo.

-Ok. Vou ligar para Henry. Eu vou a esse jogo.

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Caitlin olhou para Barry que estava sentado uma cadeira depois de Lucas, ele a encarava intensamente, o jogo já estava quase na metade, mas nenhum dos dois estava prestando a devida atenção. Se não fosse pelo gritos insistentes dos torcedores, ela talvez nem notasse que havia alguma movimentação ao seu redor.

Barry usava uma camisa do time da casa, um boné com algum logo de outro time e tinha um dedão de borracha na mão. Seu sorriso era malicioso e desafiador, era como se eles estivessem brincando de quem pisca primeiro.