capítulo 2

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"Eu sou muito mais forte
Eles precisam ouvir o que tenho a dizer
Existe um mar maior para uma garota como eu
Quando eu voltar, tente mostrar um pouco de amor"
yuna- mermaid

Despertei de um sono pesado com gotas geladas no meu rosto, a primeira coisa que vi quando abri os olhos foi um céu cinza carregado de nuvens, tentei me levantar e soltei um gemido de dor ao me apoiar na mão direita, e em um passe de mágica tudo v...

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Despertei de um sono pesado com gotas geladas no meu rosto, a primeira coisa que vi quando abri os olhos foi um céu cinza carregado de nuvens, tentei me levantar e soltei um gemido de dor ao me apoiar na mão direita, e em um passe de mágica tudo voltou em um  flash; a estação, os brutamontes, o cara misterioso, as mortes….Em um piscar de olhos fiquei de pé olhando em minha volta, não havia nada além de silêncio e vazio — não pode ter sido um sonho, pode? — belisquei meu braço dolorido para ver se estava sonhando, e não, não havia sido um sonho, a dor estava ali presente, mas como? Tudo tinha sumido, não havia nada ali! Nem um vestígio de que havia ocorrido um crime bem ali, olhei para cima, na direção da torre de onde surgiu o estranho, e nada, apenas solidão —AAHHHHHHHHHHH— Gritei de frustração, e mesmo desconhecendo a razão eu chorei logo em seguida. Talvez por ter presenciado aquela situação — DEUS O QUE VOCÊ QUER DE MIM? VOCÊ QUER ME PUNIR POR ALGO ? É ISSO? O QUE EU FIZ DE TÃO ERRADO PARA MERECER TUDO ISSO ? — Trovão e raios cortaram o céu, como se fosse uma resposta dele para mim, limpei minhas lágrimas na manga do moletom e coloquei as mãos no bolso sentindo algo, era meu canivete com um pedaço de papel. Abri já temendo.

“Olá ratinha! livrei você de uns caras da pesada em? Acho que você me deve uma!
PS: você canta muito bem”

Li e reli várias vezes.

Era dele, meu salvador, levei o papel até o nariz, para tentar sentir seu cheiro mas não senti. Onde estará ele? Para onde foi? Por que ficou me observando? Tantas perguntas rondam a minha mente, senti a chuva aumentar e percebi que o dia já clareou. Merda ! Vi as horas e confirmei minhas suspeitas, já passava das 5 da manhã, as 6 a enfermeira passam nas camas para dar os remédios matinais, corri o mais rápido que podia junto com o som das trovoadas que refletiam as batidas do meu coração, a chuva gelada lavando meu suor, quando cheguei na entrada do esgoto já fui dificilmente me livrando das roupas molhadas, coloquei meu uniforme e guardei o bilhete no meu sutiã. Correndo em direção ao meu inferno.

— O que houve Callie? Perdeu a noção da hora foi? — Darla já me recebeu questionando meu atraso.

— Foi, mas não posso te contar agora porque já está na hora dos meus remédios.

— Tá tá vai logo, nos falamos no pátio — Corri para meu quarto com o coração a mil e quando me sentei na cama para deitar, a enfermeira abriu a porta do quarto.

— Bom dia Callie, como foi sua noite?

— Dormi como um bebê! — Respondi abrindo a boca para receber os remédios, fazendo o velho truque de esconder embaixo da língua.

— Muito bem, está liberada para ir ao pátio. — Como eu queria cair na cama e dormir pela eternidade mas não posso e Darla estava esperando uma conversa, e tinha que lhe entregar os comprimidos.

Anjo Negro (Concluído)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora