Prólogo ( Anjos ou demônios?)

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Espero que gostem ;) E também curtam a música ;) É apenas o começo!!!

" ... Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo, é renovar as esperanças na vida e o mais importante, acreditar em você de novo ... 

(  Carlos Drummond de Andrade )

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Melanie...


Caminhando até o ponto de ônibus, respiro fundo, tropeçando ao meio das pedrinhas que tem pelo caminho. Tentando acreditar em algo, sem poder fugir das minhas escolhas que me fizeram ficar aqui e sem poder mudar o que fiz no meu passado. Deslizando meus dedos sobre o cordão, limpo as lágrimas. Sabendo que as minhas meias mentiras, me trouxe algo valioso, apesar de toda dor. Tão valioso, que prefiro a minha morte do que ver sendo tirado de mim...

 (Dois anos e seis meses antes)

— Pai, aqui é lindo! — Exclamo um tanto eufórica, mas também com um certo medo, sentindo a brisa que vem da praia calma de Tropea.

A casa é linda, branquinha e quase na beira da praia no sul da Itália, a viagem até aqui foi maravilhosa. Mas, os olhos cansados do meu pai não me escaparam, depois de seis meses de termos que dizer adeus a minha mãe. Ela não foi enterrada, foi cremada por causa da minha internação e fisioterapia. Segurando o cordão que ela me deu, dizendo que sempre me protegeria onde quer que estivesse, fico observando as ondas baterem nas pedras. Sentindo que algo pode mudar na minha vida, vendo alguma esperança no olhar do meu pai.

Meu pai me abraça, avido por nos dar uma vida nova, talvez algo que nos façam esquecer a dor de a termos perdido. Lutter brinca ao redor de nós dois, latindo para algo. É um cachorro bobo, que como minha mãe dizia: "Ele não caça nem uma mosca, Mel".

— Amanhã começo no novo trabalho, filha, nós dois vamos ficar bem — Ele fala, com um sorriso sofrido, mas, ao mesmo tempo carinhoso e cheio de esperança.

Sorrio, sabendo que por mais que eu ainda sinta um pouco de dor, preciso dar alguma força a ele. Meu pai está tentando me dar uma nova vida, desde que saímos de Arkansas, desde aquele maldito acidente.

— Minha mãe iria adorar esse lugar pai. Lembra que ela sempre dizia querer um dia visitar a Itália?

Victor, meu pai sorri olhando a praia, sem muita esperança no olhar.

— A primeira coisa que Sarah iria fazer, seria visitar a igreja e depois a praia. Sua mãe sempre foi assim, primeiro a aventura, depois a fé e em terceiro as coisas práticas. Mas, ela não está mais conosco, Mel. Eu sou mais prático, sem fé e praticamente um workaholic. Tanto que hoje vamos conhecer a faculdade que você vai começar.

Sua vida em minhas mãosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora