Estava enfiado no closet procurando roupas leves para levar na viagem quando acidentalmente (mentira, eu fuxiquei mesmo) encontrei a pasta de desenhos de Helena escondidinha nas coisas dela. Sentei-me no puff que havia no espaço e, ansioso de um jeito estranho, abri o objeto de minha curiosidade.
O primeiro desenho me deixou tocado e surpreso. Era eu, deitado sobre um dos meus braços flexionado, encarando o espectador do desenho, meus olhos apertados e risonhos. Em baixo, em letras pequenas, estava escrito " Seu olhar ao acordar". Fui passando as páginas, os desenhos eram sobre mim em diversas situações diferentes: tomando café despreocupadamente, com o cenho franzido analisando alguns documentos da Construtora, assistindo televisão, mas a maioria dos desenhos eram com foco no meu olhar, meu olhar fixo no espectador do desenho.
Folheei duas páginas ao mesmo tempo e quando voltei para ver a folha que tinha ultrapassado, arregalei os olhos. Definitivamente eu não estava crendo no que meus olhos viam.
Porra! A imagem era eu entre as pernas de alguém, logicamente as da Helena, olhando-a enquanto a chupava. Eu tinha feito isso uma ou outra vez, então não sabia exatamente a que episódio o desenho se referia. Ri sozinho, deve ter sido memorável pra ela gravar daquela forma... Ou muito tedioso a ponto dela ficar pensando em desenhar, né? Desmanchei o sorriso, mas tentei não ser pessimista.
Achei engraçado o fato de que meus olhos estavam sorridentes nessa cena também, mas acima de tudo, recheados de malícia.
— Nathan, você tá demorando, vai precisar de ajuda pra... — quando ela me flagrou com a pasta nas mãos, ficou vermelha automaticamente. — Não era pra você ter visto isso! Não... não agora. — reclamou.
— Desculpa, eu não resisti! Minha curiosidade falou mais alto. — fiquei meio sem graça. — Ele estava ali dando sopa e eu só... dei uma espiadinha...
— E o que explica esse seu sorriso, Nathan? — ela bufou. — Esquece, eu não queria que cê visse esse meu lado.
— Defina esse seu suposto "lado". — franzi o cenho. Ela não ia ficar com vergonha de mim, ia?
— Meio... Obcecada? — arriscou — E... ousada. — soltou um muxoxo.
Fechei a pasta, coloquei-a no lugar e andei até Helena.
— Helena, não seja boba. — toquei seu rosto e a beijei, olhei-a bem sério.— Eu só não faço um milhão de desenhos de você porque não tenho essa aptidão pra desenhos reais. — ela riu — E olha que eu tenho umas ótimas cenas gravada na cabeça, viu... Esse desenho meu te chupando ia ficar no chinelo. — Helena me deu um tapa. — Ai, mulher! Pelo menos eu não tenho vergonha de dizer que tenho tesão em você.
— É que eu não sei, não queria parecer fissurada em você, nem te obrigar a sentir coisas por mim.
— Eu sei, mas eu já sinto coisas por você, Helena. A gente vai se entregar completamente uma hora ou outra, mas o primeiro passo é não ter vergonha, concorda? Adorei o desenho, quer dizer que você ficou pensando no oral?
— Muito? — ela admitiu vermelhinha, eu ri.
— Não precisa ter vergonha de dizer do que você gosta. Vou começar a me abrir mais também, vamos ter todo tempo do mundo um pro outro durante essa semana.
— Mal posso esperar. — me roubou um beijo. — Agora vamos, eu vou te ajudar com a sua mala, seu bisbilhoteiro.
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Gente, estou meio sem tempo pra escrever ultimamente... Peço desculpa a vocês pela demora. Vou tentar acelerar as coisas, mas não garanto.
Na verdade já estamos na reta final da história, mas tem algumas emoções vindo por aí hahahaha
Beijos a todas! Não me matem! ♥
BẠN ĐANG ĐỌC
Give me Love
Lãng mạnHelena perdeu seu pai há pouco tempo em um acidente. Nathan ganhou um filho há pouco tempo e é, aparentemente, um pai solteiro. Um casamento arranjado é proposto. Um bebê, uma carreira e dois corações em jogo. Tudo o que eles queriam era um pouco...