Donuts de Doce De Leite

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    tw: abuso psicológico/ homofobia. o tema não é muito explorado e/ou detalhado, mas ainda pode ser sensível para alguns.

    Louise tenta girar quatro de suas cinco chaves na porta de entrada antes de encontrar a certa.

   — Mãe? Joseph? Estão aí? — A morena pergunta ao adentrar suas casas e se deparar com as luzes da sala desligadas.

   Ela acende uma luminária e deixa sua mochila na alta cadeira da bancada de sua cozinha, tirando o peso de suas costas antes de subir as escadas e procurar por seus responsáveis.

   — Joseph, a gente vai dar um jeito, a gente sempre da. — A jovem ouve mãe acalmar seu padrasto, sem notar a presença de sua filha.

   — Dessa vez é diferente. Eu já tive problemas no trabalho antes, mas demissão é muito mais complicado. — O homem responde sua esposa, obviamente sem esperança. — Nós temos um mês até o próximo pagamento do aluguel, mas não é como se fosse fácil se manter durante esse tempo e ainda conseguir dinheiro para pagar.

   Louise não sabe como reagir. Dificuldades financeiras eram comuns em sua família, e para grande parte dos moradores de sua área, mas como Joseph disse, dessa vez é diferente.

   Ela suspira, e decide não se intrometer. Ser adolescente por si só já é estressante, pensar naquela situação não melhoria as coisas. Tomlinson prefere dormir sobre essa informação e no dia seguinte refletir sobre como poderia ajudar, ou começar a se preparar para as consequências que a demissão de seu padrasto poderia trazer.

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   Uma chuva forte cai sobre Doncaster High. Hazel divide um guarda-chuva com Tyler enquanto Niall cobre sua cabeça com um capuz azulado, correndo para o interior do colégio.

   — Vai falar com a proble... Tomlinson hoje? — Tyler pergunta a Styles enquanto fecha seu guarda-chuva, já na parte de dentro do prédio.

   — Sim! Após o ensaio. É tão bom resolver essa rixa. — A menina comenta sorridente.

   No segundo andar, Jayden repara um clima estranho em sua melhor amiga, que está mais quieta do que o normal.

   Em dias como esse, a melhor opção costuma ser anima-la e não se oferecer para escuta-la, já que se abrir não é um habito da menina.

   — Ouvi que abriu um bar gay novo aqui perto, a gente podia visitar. E não falta muito para parada também, sei que essas você adora, mesmo com todo o frio. — Ele comenta.

   — Parece legal. — Ela responde, mas logo lembra que nesse momento gastar seu dinheiro em um bar não é uma ideia muito sensata. — Mas tipo, o que você faria lá? Na parada eu entendo, mas esses bares normalmente são bons pra pegação, e que eu saiba você gosta de garotas. — Ela adiciona, inventando uma desculpa.

   — É, faz sentido, e além disso é segunda-feira e não seria bom você chegar desmaiando de sono nos ensaios de terça. — Ele percebe. — Mas isso não quer dizer que não possamos nos divertir, podemos assistir séries da Netflix na minha casa. Riverdale acabou de entrar no catálogo. — Ele continua e gesticula com as mãos na última frase.

   — Li que Riverdale é uma porcaria. Mas sei lá, a gente pode maratonar Glee. — A menina sugere enquanto fecha a porta de seu armário.

   — Saiu do catalogo faz meses, há quanto tempo você não entra no twitter?

  — Skins.

   — Minha casa. Sete da noite.

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