Florescer

218 27 68
                                    



Daniel sempre tentava ser positivo, mesmo que soubesse que tudo podia dar errado. Havia passado o último mês conversando com Lola sobre um assunto, pedindo ajuda para a autoconfiança de Tyler, dançando músicas ridículas trancado no quarto, descobrindo onde gostava de ser tocado e pensando como diria ao namorado que estava pronto.


Só que ele não precisara. Nicholas simplesmente percebera e dera o veredito, então eles estavam num táxi a caminho da casa dos Rice.


O ruivo fechou a portinha que os separava da motorista e atacou seus lábios, puxando-o para o colo. Um arrepio violento correu o menino, subiu os pelos em sua nuca e o lembrou de que, sim, era exatamente aquilo que queria. Que estava pronto. E que mal podia esperar.


O carro de Matthew não estava lá — era sexta, nada impressionante — e a motorista não comentou nada ao receber o dinheiro, desaparecendo pela rua. Daniel correu para dentro, fogo se alastrando por seu corpo, e mal conseguiu subir as escadas sem tropeçar pela ansiedade.


O estopim havia sido o cigarro. Nicholas tinha sobrancelhas arqueadas naturalmente e lábios arroxeados carnudos, dedos longos pálidos e um puta olhar imponente. Ele soprara a fumaça lentamente, ela cobrira seu rosto por milissegundos e revelara-o de novo, sensual em sua essência. E tudo aquilo se tornara uma porta escancarada para o baixinho.


Daniel socou o interruptor ao entrar no quarto do namorado para encontra-lo vermelho e com a camisa suada.


— Deixe ligado — ele sussurrou. — Quero ver você a noite toda.


Nicholas empurrou-o na cama com força e tirou a blusa quadriculada, expondo mais uma tatuagem colorida e os músculos de jogador, então se deitou sobre seu corpo, acomodado entre suas pernas. Dani soltou um gemido ao senti-lo forçando seu quadril.


Ele ergueu-se um pouco para tirar a camiseta e morder a boca do ruivo, ouvindo-o grunhir e desfivelar o próprio cinto. Podia ver o inchaço assustador através da jeans escura.


Nick inclinou-se sobre ele, beijando-o do pescoço até o mamilo escuro, abrindo suas calças e arranhando-o nas costas. Todos os treinamentos daquele mês pareceram insuficientes quando uma corrente elétrica atravessou seu corpo ao ter os lábios do namorado sugando sua pele.


Garotos em geral tinham vergonha dos mamilos, mas Daniel sentia-se maravilhoso ao ser mordido ali e esticou as mãos para erguer a blusa do ruivo e apertar os dele com suavidade. Eram rosados, pequenos e rodeados de pintas avermelhadas.


— Ni... Nick, por favor. Mais para baixo.


Ele riu, a respiração quente batendo contra sua pele, e puxou para baixo tudo que restava entre eles. Daniel já ficara nu na frente do namorado incontáveis vezes ao longo de treze anos, só que agora... Bem, era diferente. Estava expondo sua sexualidade e todo seu desejo.


A boca de Nicholas sempre havia sido sua coisa favorita e eles já tinham chegado àquele nível antes, embora fosse um pouco diferente. Dani soltou um grito fino e segurou-se na cabeceira, erguendo as pernas até os ombros do outro.

Saturno e o Astronauta Azul [COMPLETO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora