Lua de mel || Part I

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Eu não pensei muito em sua proposta, coloquei o primeiro biquíni que encontrei em minha bolsa, um shorts jeans e uma regata vinho antes de calçar meus chinelos e aproveitar o calor que eu não sentia já fazia um tempo. Como ele disse, Aleksi se propôs em me levar onde eu precisasse ir, mas o único lugar que eu queria ir ficava bem em frente ao hotel. Então ele ficou ali perto cuidando dos meus pertences, parado como um verdadeiro segurança, sequer tirou as luvas enquanto eu nadava.

Eu não era uma das pessoas mais altas do mundo, então me contentei em ficar mais perto da beirada, aproveitando a única coisa boa que me aconteceu nos últimos dias. Eu sentei na areia na parte rasa e fiquei ali observando o mar calmo, pensando na minha vida... Como seria dali para frente, se eu poderia ver meu pai ou a minha família outras vezes. Se meu pai realmente voltaria para me buscar com Penélope como disse que faria.

Apoiei a cabeça em meus joelhos e tentei afastar os pensamentos que me rondavam a cada cinco minutos, eu estava com muito medo de transar com Nikolai. Era minha primeira vez e uma hora ou outra aconteceria, algo me dizia que ele não seria gentil e isso me deixava ainda mais nervosa.

E antes que eu me desse conta começava a escurecer, me vi na obrigação de me vestir e voltar para o hotel. Nikolai não havia voltado, então eu tomei um banho e em seguida apaguei na enorme cama de casal.

Scarlett Yevandrovisk

September, 26 — 2017

— Para onde ela foi ontem? — ouvia sua voz bem longe enquanto tentava me manter dormindo.

— Ela ficou na praia toda à tarde, quando não estava na água, estava na areia olhando para a água. — outra voz masculina respondeu e eu tentei abrir os olhos, a claridade me fazendo os fechar outra vez.

— Ela não comeu nada?

— Não, senhor. — respondeu e eu lentamente me remexi criando coragem para me levantar.

— Certo, pode ir. Quando eu descer, mando mensagem. — avisou e eu me sentei no colchão me espreguiçando. Quando consegui o encontrar do outro lado do quarto, em uma pequena cozinha. Ele estava bebendo uma xícara do que eu julgo ser chá, me observando com atenção. Pensei em desejar bom dia, mas não me sentia confortável o suficiente. Eu deslizei para fora da cama e fui direto para o banheiro, fazer minha higiene matinal.

Quando deixei o mesmo, ele estava sentado em um pequeno sofá marrom ao lado da área que levava para a maravilhosa vista que tínhamos. Me aproximei da mesa e encontrei uma vasta variedade de comes e bebes, peguei um pedaço de bolo e sorri ao encontrar a garrafa de café.

— Você quem pediu café? — questionei me servindo com tamanha felicidade, eu amava café! — Obrigada! Eu estava morrendo de saudades de beber isso. — anunciei antes de soprar um pouquinho e bebericar o mesmo.

— Não. Eu odeio café. — eu assenti sem graça e arrastei a cadeira para me sentar — Você não comeu nada ontem porquê? — sua pergunta me pegou desprevenida.

— Eu não sei, acho que estava sem fome. — respondi calma e encarei a aliança em meu dedo.

— Não quero ter casado com alguém depressivo ou algo desse tipo, se você está com esse tipo de doença acho melhor procurarmos um psicólogo quando voltarmos para a Rússia. — eu ergui ambas as sobrancelhas.

— Você me sequestrou. — ele afastou os olhos de seu celular para me olhar.

— E daí?

— Eu tenho direito de ficar depressiva se eu quisesse, mas para sua sorte, não. Sua esposa não está depressiva, eu acho. — bebi outro gole de café já irritada com o rumo daquela conversa, ele riu.

• NIKOLAI • 1º Livro da série de "Os Filhos de Bratva"Where stories live. Discover now