Emma é uma das milhares de pessoas que se mudaram para Nova York, atrás de uma vida melhor, ou apenas para esquecer o passado, que às vezes machuca como uma faca que foi cravada no coração.
Inteligente, forte, corajosa e uma beleza de invejar qualqu...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
O carro vai parando aos poucos, na entrada do aeroporto.
Limpo minhas lágrimas antes que a porta ao meu lado fosse aberta pela Sophie.
— Meu Deus! Como eu estava com saudades dessa cidade.— Sorri me abraçando rapidamente.— E de você.
Abri um meio sorriso me separando da mesma. Sophie franziu a sobrancelha antes de passear seus olhos por todo meu rosto, e isso se repete novamente.
— Estava chorando, Emma?— Perguntou, logo depois balançou a cabeça.— É lógico que sim, seus olhos vermelhos denunciam isso.
Apenas dou de ombros sem saber o que falar exatamente.
O motorista retorna ao seu posto, dando partida minutos depois. O silêncio no carro é quase sufocante.
Sophie aperta o botão que sobe uma divisão entre a gente e o motorista. Retorno meu olhar em sua direção.
— Porque não disse ao John seus sentimentos? Porra, vocês ficaram por quase um mês e antes disso já tinham rolado algumas coisas, será que não foi óbvio pra vocês dois que isso ia acabar acontecendo?
— Aconteceu só para mim.
Sophie balança a cabeça.
— Emma, acha mesmo que o John não sentiu o mesmo?— Sussurrei um "acho" em resposta.— Está enganada. Ele deve sentir o mesmo, mas é muito covarde para admitir isso, ou só quer te proteger.
— Covarde? Quer me proteger?— Repito as palavras chaves, perdida.
— É, ele está tentando fazer uma dessas duas opções.
Engoli em seco me encolhendo no banco, como se fosse possível.
Sophie me observou por alguns segundos antes de desviar o olhar, me deixando perdida nos meus pensamentos.
Fui o percurso todo refletindo sobre o que Sophie tinha falado, e até que fazia sentido. John poderia estar sendo covarde em não admitir os sentimentos por mim, ou poderia estar evitando porque ele acha que não me merece, e nem estar pronto para uma relação mais séria, pelo menos na perspectiva dele. Mas também não poderia me iludir ainda mais, teria que dar um jeito de esquecer essa história, pelo menos nessa semana.
— Estamos chegando.
Sophie soltou um gritinho animado assim que o carro adentrou o condomínio de casas.
Abri um pequeno sorriso reconhecendo o lugar em que cresci. Sophie e eu vivíamos correndo por aí com outras crianças, brincávamos no parque e fazíamos muita bagunça na piscina do condomínio.
