Capítulo 25 - POV Lindsey Black - Parte II

2K 326 34
                                    

Oiiiii

Se eu tiver postando muito me avisem, viu? É que eu to empolgada!

Ansiosos?

Aqui vai:



O pano quente precisa ser lavado de novo, está vermelho, cinza e azul, ele era branco.

Olho para as feições de dor e sofrimento da garota desacordada. Não posso deixar esse veneno fazer mal a ela. Ray parece ter um pesadelo terrível, vira a cabeça para os lados e balbucia coisas inaudíveis.

- Não acredito que você está me dando tanto trabalho. - digo fingindo irritação. - Queria que pudesse me ouvir.

Volto a limpar o ferimento, está pior do que antes e eu tenho medo de que infeccione, talvez seja somente uma reação contra o veneno, mas isso ainda me deixa preocupada.

- Como ela está? - Jacques pergunta encostada na porta.

- Do mesmo jeito, o corte parece pior. - suspira passando o pano na ferida.

- E se chamarmos a curandeira? Ela pode identificar o veneno. - ao ouvir a menção àquela senhora me viro para Jacques imediatamente.

- Aquela velha maluca não vai chegar a um metro dela! - vocifero.

- Acalme-se Lindsey, ainda temos 92 horas. - Ótimo. O tempo está acabando.

Eneyas deixou um bilhete.

Temos 96 horas para entregar a garota e ela reberia o antídoto. Ela estaria curada, mas nas mãos das Guardiãs. Se não o fizermos, estaremos a nossa própria sorte.

A única solução que eu encontrei é ir atrás de alguns dos meus contatos.

Termino o jantar frio e calço as botas de neve. A primavera está chegando e aos poucos posso ver o cobertor de gelo que cobre Qjar desaparecer aos poucos.

- Onde vai? - a voz de Jacques ressoa atrás de mim.

- Vou resolver isso. - digo fechando o casaco e colocando o capuz.

- Vai deixar ela aqui? Sozinha? Nesses estado? - ela pergunta cruzando os braços.

- Você me pediu que cuidasse de Thadeu se algo acontecesse. Agora estou pedindo que cuide dela. -. digo fechando os olhos e os punhos.

- Depois você diz que não tem instinto materno. - ela sorri e arqueia a sobrancelha.

Estou de costas e espero que ela não tenha visto o sorrisinho no canto da minha boca.

***

Desço as escadas o mais rápido que posso. O elevador está quebrado.

São quase 20 pisos abaixo do subsolo, a maioria dos Militantes nem sabe disso, é confidencial, eles só tem acesso a dez desses pisos. Esse lugar é grande demais.

Depois de meia hora descendo escadas (meus exercícios diários vão ser descartados hoje, já fiz o bastante) chego ao piso que quero.

Cumprimento alguns guardas já conhecidos. Assim que me vêem abrem as portas de contensão, cada um deles é responsável por uma. As portas de contensão tem dois metros de altura e um e meio de largura, são feitas de de algum material estranho que eu não tenho permissão de saber qual é. Assim que o guarda aperta o grande botão vermelho na parede, parecido com um alarme de incêndio, a porta de abre rapidamente para cima. Mantém dentro, o que está dentro.

Logo vejo a cela. Ouço o som irritantemente continuo produzido pelo bater de uma bota no chão.

- Você não cansa, não? - pergunto ao ver o prisioneiro.

As Crônicas de Rayrah Scarlett: Mistérios em Mondian [RETIRADA EM 25/01/22]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora