Capítulo 6

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Rafael narrando:

Bom sempre todo mundo soube que eu era apaixonado por ela , sempre havia aquele brilho no olhar , eu sempre amei a forma como ela conversava sobre todos os assuntos sem problema algum , como ela tocava na gente ao falar , era tudo muito impressionante , tudo que ela tinha , que ela fazia , ou falava me deixava cada dia mais viadinho de amor por ela , e agora tenho ela comigo e ainda por cima , grávida de um pivete meu ... Dá pra pelo menos pensar o tanto que tô feliz? Eu assumo esse b.o pro resto da vida.

Eu estava angustiado , tá a fazendo algumas coisas que eu tinha prometido não fazer mais , e que tenho certeza que ela jamais perdoaria , ou sim né porque ela me surpreende o tempo todo , preciso contar ou ela vai saber porque nego pra contar é o que não falta .

Rafael: amor preciso te falar uma coisa _digo coçando a cabeça .
Carolina: fala pretinho , tô aqui _ diz cheirando o meu pescoço preciso aproveitar , vai que é a última vez né
Rafael: não faz assim amor , talvez você me odeie mas eu quero que você saiba que eu vou te amar pra sempre .
Carolina: amor como assim ? Fala eu não gosto disso _ela fala doce , não entendo como pode ser assim , até braba a mulher consegue ser maravilhosa
Rafael: amor , eu ... Voltei a usar drogas , mas eu não quero continuar , quero parar , quero muito tá ligada? Sei que você vai me odiar por ter feito isso , mas é muito forte isso e tá difícil parar do nada _ já falo chorando
Carolina: não acredito , eu com um filho seu na barriga e você não consegue enxergar que preciso de você vivo? Que vc me ajude com o bebê , não que você morra? Rafael tô indo embora , não quero brigar , eu te amo só quero um tempo , tudo bem? _já disse chorando e parecia que nunca ia parar
Rafael: a amor não faz isso fica vai, vamos conversar
Carolina: não _saiu triste, quebrei mais uma merda de uma promessa

Fui pra rua, encontrei uns moleques, fumei um pouco, ficamos conversando e entrei, como poderia ser tão burro? Um moleque pra criar e se comportando como um moleque.

Dormi e parecia que não tinha passado nem 5 minutos já tava ouvindo a peste do despertador, pobre é uma bosta né? Mas bora, fiz minha higiene e vazei pro ralo né.

Carolina não sei sinal de vida o dia todo, tá muito magoada, preciso ajeitar isso, só não sei como mas vai dar certo, sai do trampo encontrei quem não devia, os moleques, me chamaram pra fumar , e eu idiota não resisti , fui era a última já estava prometido , uma despedida não faz mal , fomos pro lago aqui perto .

Daniel: tu tá careta viu , putz parar de fumar pq mano ?
Rafael: tenho um filho vindo viado preciso estar vivo pra criar
Daniel: tô ligado, mas isso não mata é uma erva kkk
Rafael: então tá, bora nadar? _eu mal sabia
Daniel: vou não fico aqui de boa
Rafael: Jae _eu tinha fumado e cheirado o suficiente pra ficar fora de mim
Daniel: mano para de graça cadê você? _escuto essa voz de longe não consigo falar e nem voltar pra superfície, tentei, juro que tentei, a sua foi entrando nos pulmões, eu sentia sendo sufocado e assinando cada vez mais rápido, e agora, o que iria acontecer? Eu morreria sem ver o rosto do meu filho? Talvez fosse melhor, talvez eu não seria um exemplo pro meu filho e nem um bom marido pra Carolina que merecia mais, mais respeito, mais carinho... Talvez seja melhor, senti que tudo estava acabando afundei e acabou.

Amando o dono do morroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora