Pensamentos

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Naquela noite haviam feito uma apresentação modesta, tudo parecia dentro da normalidade como em qualquer outra apresentação até ser apresentada ao anfitrião da noite, o Príncipe Espanhol, Antônio Carlo Felipe Bordon de La Peña, ela sequer prestou atenção no nome que se sucedia a Antônio, seus olhos haviam ficado presos aos escuros olhos do belíssimo moreno ao lado do marido de sua amiga.

Estela nunca viu olhos tão escuros e intrigantes — inicialmente —, quando ele a fitou teve a impressão de que ele queria de alguma forma desvendá-la.

Antônio era muito bonito, lindo na verdade, um homem alto, com seus 1,90 de altura, ombros largos, esguio, musculoso e tinha o rosto com traços de um homem europeu do século passado, maxilares quadrados e queixo pouco pontudo. Cabelos pretos bem escuros com alguns brancos perto das orelhas, mas nada muito chamativo, a barba bem-feita e o sorriso impecavelmente branco, sobrancelhas escuras, nariz reto, boca pequena e bem vermelha, naquela noite mal o viu sorrir, os sorrisos vieram depois quando ela decidiu ser sua noiva de mentira.

Ela estava um pouco infeliz naquela noite, mas notou toda a beleza que o Príncipe possuía porque se tinha algo que Estela era, era observadora, ora meio exagerada era verdade, mas ela realmente era alguém que percebia muito como funcionava as coisas a sua volta.

Quando se uniu a Família Real Espanhola naquela noite ela se sentiu um pouco desconfortável, mas lisonjeada, mesmo que tomada pelas fagulhas de tristeza devido aos últimos acontecimentos de sua vida.

Momentos depois Gabriel apareceu com uma proposta que parecia ter vinda dos céus, tudo num contrato que Antônio havia estipulado no qual queria uma noiva de aluguel por duas semanas, Antônio e ela só seriam noivos de mentira, uma relação falsa que eles manteriam por duas semanas para afastar uma ex-amante que o perseguia, Estela achou uma sandice inicialmente, mas Antônio estava disposto a pagar qualquer preço para se livrar da ex, então ela deu seu preço, Gabriel rira.

— Só dez mil dólares? — Gabriel havia dito naquela noite, rindo. — Querida, não seja tola, dez mil, Antônio ganha numa garrafa de champanhe vagabunda na boate dele, que tal dois milhões?

Dois milhões de dólares, aquele foi o preço de Estela para ser a falsa noiva do príncipe, em caso de alguma quebra do contrato por alguma das partes, a multa seria de cinco milhões de dólares.

No contrato explicitamente dizia que se Antônio a tocasse, a beijasse ou se aproximasse dela fora dos horários de trabalho ou dos horários estipulados ou de forma íntima demasiadamente, se desistisse ou se provocasse de alguma forma ofensas contra ela, haveria quebra de contrato por parte do príncipe, da parte dela se praticasse o mesmo ou se desistisse, o contrato também seria rompido.

Foi um momento em que Estela não sentiu que poderia ter opções, ela teve que escolher e escolheu aceitar, porque precisava do dinheiro, sabia que precisaria criar um filho sozinha e que possivelmente não teria tanto dinheiro para arcar com todas as custas que era administrar a vida de um bebê.

Ela mal conseguia administrar sua vida atualmente, como poderia fazer aquilo por um bebê?

— Deixe-me segurá-lo sim? — Antônio pediu a trazendo para a realidade.

— Eu não aguento mais isso — Estela falou impaciente, mas sua impaciência causou risos à mesa. — Gente me ajuda!

— Deixa ele segurar — Luah aconselhou. — Pelo menos assim vai ver que o menino não tem nada a ver com ele.

— Se você ousar fazer alguma coisa com o meu filho eu te mato — acusou Estela irritada.

Ela se inclinou e então calmamente entregou o bebê para Antônio. Não queria que Vick de alguma forma sentisse aquela tensão que seu corpo transmitia só por estar perto de Antônio.

Indecisa - DEGUSTAÇÃOWhere stories live. Discover now