Louco

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O olhar dele reassumiu aquela obscuridade que ela temia quando o conheceu, algo que mascarava a forma como ele olhava para Vick quando acordou naquela manhã.

Definitivamente aquele homem só poderia estar louco mesmo, ou sob o efeito de alguma droga muito pesada, ele estava mandando, não, exigindo que ela fosse mulher dele, era isso? Estela jamais se casaria com ele ou com nenhum outro, já tinha aprendido a lição, ela não queria mais se machucar.

— Registrarei o menino e você se mudará para minha casa em Nova York — Antônio comunicou ainda convicto.

— Eu já tenho uma casa perto da casa de Luah e Gabriel e não pretendo me mudar de lá.

— Uma casa que conseguiu as minhas custas eu suponho.

Ela ficou vermelha, como não?

Estela sentiu a dor da vergonha a partir do exato momento em que havia dormido com ele e levado a maleta de dinheiro para o banco juntamente do contrato, ela lembrava que naquela mesma manhã ligou pra Gabriel e notificou a quebra de acordo e o depósito do valor, também pediu para ele conseguir uma casa de valor razoável na vizinhança deles.

Gabriel imediatamente conseguiu uma no quarteirão de baixo da casa dele e de Luah com valor mais baixo, ela comprou sem pensar duas vezes, adorava o lugar, tinha dois andares, cinco suítes, sala, copa e cozinha, um pequeno escritório e um enorme jardim com uma pequena piscina.

Tinha algum luxo, com o resto do dinheiro, ela vinha se mantendo já que também teve gastos com o hospital durante o pré-natal e o parto, atualmente tinha duas funcionárias que a ajudavam com casa e comida, o que sobrou do dinheiro colocou metade numa poupança para o filho e a outra para os gastos diários, Estela não esbanjava, mas a vida que levava agora era bem melhor que a de antes, de vez enquanto trabalhava com o pessoal da banda e ia aos ensaios durante alguns dias na semana na casa do Kenny, comprou um carro seminovo e o enxoval de Vick com uma parcela do dinheiro também, mas nada além daquilo.

— Me mudo para lá, não importa — ele disse por fim de forma bem tranquila. — Eu vou ficar mesmo em Nova York por um bom tempo.

— Não vou aceitar...

— Vai... vai sim, porque eu não quero voltar para casa e ver a minha mãe morrendo de desgosto numa cama de hospital porque você não quer vir — cortou frio. — Eu pago dez milhões sem nenhuma regra, é so assinar o contrato e o dinheiro estará na sua conta no mesmo minuto.

Ela também não queria ver Adella, uma mulher que a acolheu tão bem, tão bondosa e amável doente, de todas as pessoas que conheceu na Mansão de La Peña, a mãe dele foi a mais doce e gentil de todas e imaginá-la doente e frágil partiu seu coração em pedaços, mesmo que soubesse que ela não poderia aceitar aquela loucura mais uma vez, não mesmo.

— Não quero o seu dinheiro, já disse — Estela insistiu. — Eu não quero ficar noiva de alguém que não vai ser fiel, que na primeira chance vai me abandonar.

— Então é isso? Está com medo de eu te deixar de novo? — A voz dele tinha um pouco de ironia. — Não farei isso, não se preocupe, eu pensei que tivesse lido os jornais.

— Eu não vejo o que não presta — alegou tentando ser indiferente.

— Estou sozinho há exatos doze meses, não sabia? — perguntou ainda em tom de ironia. — Eu não neguei, nem omiti em relação a estarmos juntos, apenas não nos viram mais juntos em lugar algum, agora eu quero que volte como a minha esposa.

Estela não acreditava naquilo apesar de não ler jornais, nem tabloides com frequência, Antônio sem amantes era como imaginar algo impossível, ainda mais durante aquele um ano sem vê-lo.

— Você enlouqueceu?

— Nunca estive tão bem da cabeça como hoje, podemos fazer do jeito fácil, eu me caso, você me esquenta e teremos uma família enorme ou do jeito difícil, você fica bancando a difícil e não aceita, acho que sabe muito bem que eu não costumo desistir das coisas que eu quero.

— Eu sei que é — afirmou ela sentindo-se mal com aquilo.

Aquela frieza era algo que a incomodava muito.

— Então estamos combinados, partimos semana que vem para América do Norte.

Depois ele saiu, deixando o coração de Estela apertado e cheio de mágoa, fez ela amaldiçoar o momento em que ela assinou aquele contrato. Só conseguia pensar no quanto e como ela o odiava, como sentia nojo dele, esperou somente que pelo menos tivesse forças para se manter bem longe das garras daquele crápula, ela faria isso, porque agora mais do que nunca odiava o príncipe.

 Só conseguia pensar no quanto e como ela o odiava, como sentia nojo dele, esperou somente que pelo menos tivesse forças para se manter bem longe das garras daquele crápula, ela faria isso, porque agora mais do que nunca odiava o príncipe

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