Capítulo Oito: Nova Iorque

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Kara acordou no dia seguinte, deitada no peito de Lena, que tinha seu braço em volta das suas costas, enquanto escutava seu coração bater, calmo.

A noite anterior ainda parecia um sonho, a viagem a Nova York, o restaurante, o vinho, o hotel, o quarto, e o sexo.

Ah! O sexo!

Sorriu boba ao lembrar, mordeu o lábio inferior e olhou para Lena, que ainda dormia, serena. Observou cada canto do seu rosto, a mandíbula, o nariz, os olhos fechados, os cílios levemente encostados na pele, as bochechas rosadas, a boca curvada. Kara não conhecia muito de obras de arte, isso era fato, mas Lena era de longe a mais bonita que ela já tinha apreciado.

— Me observando enquanto durmo? — perguntou Lena, ainda de olhos fechados. Tinha a voz de sono, completamente gostosa de ouvir.

— Talvez. — Kara esboçou um sorriso e Lena abriu os olhos.

Lena retirou o braço e se ajeitou na cama, apoiando o cotovelo na cama e a mão fechada apoiando seu rosto. Admirava Kara sem dizer nada, e sorria com os olhos. Acariciou seu rosto com o dedo indicador, Kara fechou os olhos e Lena plantou um selinho em seus lábios.

— Tudo também parece um sonho pra você? — Kara foi quem fez a pergunta.

— Sonho? — indagou Lena, levantando uma sobrancelha. — Tudo isso aqui parece bem real pra mim.

Dito isso, Lena mordeu Kara no braço, o que fez no máximo cócegas na loira, mas mesmo assim ela fingiu dor. Lena virou-se para Kara e montou em cima dela, enchendo-a de beijos.

— Dor você não sente né, mas isso você sente? — Mordeu-a no lóbulo da orelha.

— Demais. — Kara sorriu e beijou morena.

Após algum tempo entre beijos e carícias, Kara se desvencilhou dos braços de Lena e saiu de debaixo dela, deixando a morena com uma grande expressão atenta para os próximos passos da loira. Kara se aproximou da janela e olhou para o horizonte de Nova York, agora iluminada por um sol lindo. Enquanto isso, estava Lena ainda deitada na cama, contemplando toda a extensão do corpo nu de Kara.

— Vou tomar um banho — anunciou Kara, sem olhar para Lena, e seguiu para o banheiro.

Lena levantou da cama e a seguiu. O banheiro tinha ladrilhos claros, uma janela ao lado da banheira, um box com um chuveiro, uma pia com gabinete e uma TV pequena ao lado. Kara estava parada no meio do recinto, como se não soubesse o que fazer.

— Precisa de ajuda?

Kara virou-se para Lena.

— Não sei se tomo banho no chuveiro ou na banheira.

Lena riu.

— Precisa ser rápido se quisermos aproveitar o dia, então é melhor o chuveiro.

Lena tomou Kara pela mão e a levou até o box de vidro, abriu o chuveiro e deixou que a água morna molhasse o cabelo e o corpo das duas. Lena a prensou contra a parede e começou a beijá-la, com as mãos no seu rosto. O beijo foi ficando mais intenso, e a água parecia ficar mais quente. Kara tinha as mãos no cabelo molhado de Lena e Lena tinha as mãos, agora, na cintura de Kara.

— Lena. — Kara chamou, Lena a olhou nos olhos, que pegavam fogo. — Não era pra ser rápido?

Lena a beijou no pescoço.

— Tem razão, tenho muita coisa de Nova York pra te mostrar.

Decidiram por fim, uma dar banho na outra. Kara virou de costas para Lena, que esfregou um punhado de shampoo em seu cabelo loiro, o shampoo cheirava a camomila. Lena tinha as mãos suaves e esfregava toda a extremidade da cabeça de Kara. Depois foi a vez de Lena virar de costas para Kara lavar seu cabelo.

Beyond My Power // Supercorp PT-BROnde as histórias ganham vida. Descobre agora