Um começo - part. 02

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O almoço ja passara e recebi uma mensagem da Carry dizendo que estava vindo. Dei uma arrumadinha no meu quarto pois estava uma bagunça, fiquei esperando ela na sala. Passou alguns minutos e a campainha tocou. Fui atender

     Eu: ahhhhh que saudade - disse após abrir a porta e ir abraçar a Carry
      Carry: nem parece que a gente se viu ontem - rimos - também ja estava com saudades amora

   Após o longo abraço entramos e ficamos vendo tv. Já era umas 18:00.

      Carry: jesssssse!!! - carry disse animada
        Eu: o que amiga??
       Carry: vamos sair hoje, vai ter um evento de rappers daqui, naquela casa de show perto do centro. Diz que vamos!!

Eu sou muito festeira, só que não escuto nenhum rapper daqui, que eu me lembre. Disse:
          Eu: amiga não quero, nem escuto esses "rapperzinho" daqui, são todos drogados achando que cantam alguma coisa - disse como se eu fosse a pessoa mais santa e sóbria ja vista
          Carry: aiai até parece que às vezes você não usa algumas coisas. Larga de preguiça e vamos arrumar, eu também não conheço nenhum rapper daqui, você ate sabe que eu nao gosto muito de rap, mas vai ser divertido poxa, podemos beber muito e conhecer muitos gatinhos. Primeiro rolê sem nos preocuparmos com a aula na manhã seguinte. - ela falou tentando entrar na minha mente. E conseguiu

            Eu: aaahhh!! Ta bom. Vamos arrumar - disse enquanto puxava ela pro quarto
       Que roupa eu vou? - pergunto à ela, enquanto caçava algo no meu guarda roupa.

              Carry: deixa eu escolher - ela enfiou na frente e pegou algumas como opções.

     Experimentei todas e a melhor foi um vestido preto com algumas lantejoulas pretas brilhantes, puis um saltinho baixo pois apesar de eu não ser alta, não curto muito saltos.

Ajudei carry a escolher uma roupa também, fizemos uma maquiagem bem leve, eu passei um batom roxo matte. Chamamos um uber e fomos.

    Chegamos lá alguns minutos depois de ja ter começado, já era quase 23:30. Esses eventos, por serem tão "liberais", eram tardes. Não estava tão cheio mas também não estava vazio. Tinha muita gente dançando, pulando, bebendo, se beijando.

Eu e Carry pedimos uma cerveja pra cada e fomos pra frente do palco dançar e curtir o som. Até que não eram tão ruins, apesar que não fazia ideia de quem eram. Toda hora entrava uns e saía outros diferentes.

Tomamos umas 3 cervejas cada e eu já estava começando a ficar levemente bêbada, então dei um intervalo. Fui me sentar no balcão do bar enquanto a carry estava dançando na multidão.

                 ???: não parece estar curtindo muito, moça.

Olhei pro lado e vi um garoto meio "diferente", tinha tatuagens no corpo todo e algumas no rosto, cabelo loiro bem aparadinho, alguns piercings, não era algo comum que eu estava acostumada a ver mas achei ele bonito.

   Após o olhar, respondi:
               
               Eu: ah, não, não é isso, é a primeira vez que venho, mas até que estou gostando..

            ???: Peep, lil peep - ele disse estendendo uma mão, se apresentando

            Eu: jesse, é um prazer - apertei a mão dele e sorri.
            Peep: então, jesse. Vou ter que subir agora pra cantar.
           Eu: humm então você é um rapper? - rimos
          Peep: digamos que sim - riu - tenho que ir, te vejo depois?
         
    Afirmei e sorrimos. Ele me deu um beijo no rosto e foi levado com seguranças para um possível camarim. Alguns minutos depois lá estava ele, e poxa, ele cantava bem. Não tinha prestado atenção nos outros mas provavelmente ele era um dos melhores ali, sua voz me acalmava e ao mesmo tempo trazia uma sensação boa.

              Carry: então quer dizer que esse gatinho que tava aqui agora é um "rapperzinho" drogado? Eu vi, não adianta negar - ela chegou e disse isso sorrindo
  
             Eu: para amiga - ri - apenas conversamos e afinal, ele canta bem, olha. - olhamos para o palco
           
           Carry: pelo jeito que ele está cantando e olhando pra você, não foi apenas uma conversa - ela me olhou com cara maliciosa e sorrindo

            Eu: paraaa! - rimos e dei um tapa em seu ombro. Fomos dançar

        Olhei no relógio e eram quase 04:00 da manhã, meus avós não iam brigar pois tinham muita confiança em mim então eram bastante liberais.

           Peep: tem compromisso? - peep disse sorrindo pra mim enquanto eu tinha acabado de olhar as horas. Carry viu ele chegando e foi para o bar.
            Eu: só curiosidade - ri
            Peep: então, o que achou do show?
            Eu: curti muito, não é querendo puxar saco mas acho que o seu foi um dos melhores, senão o melhor - ri - não posso dizer com tanta certeza pois não estava prestando atenção nos anteriores.

            Peep: então quer dizer que prestou atenção na minha vez? - ele sorriu
          
       Fiquei meio sem graça e senti meu rosto corar. Tentei disfarçar. Sorri
 
          Peep: vai fazer alguma coisa?
          Eu: acho que vou ir pra casa, eu e minha amiga já bebemos demais e já está tarde.
          Peep: entendi...

Ficamos nos olhando por um tempo, sem assunto. Ele começou a chegar perto, podia ver de perto suas pílulas se dilatarem, sua respiração ficava mais próxima. Quando nossas bocas iam se chocar, um amigo dele, que não parecia estar muito sóbrio, chegou nele o chamando para ir embora, pois tinham compromisso.

             Peep: a gente se ve por aí?
             Eu: espero que sim - sorrimos e ele foi levado pelo amigo

Chamei a carry para irmos embora também. Após chegar em casa tirei toda aquela roupa pesada e puis uma blusa larga. Eu e carry adormecemos.
           

            

Big City BluesWhere stories live. Discover now