- Quem sabe mais pra frente, não é. No momento estou meio enrolada.

- Imagino, liguei para marcar um coquetel de fim de ano e consegui uma semana depois da data que queria. Já foi o tempo em que eu era prioridade. – riu meio sem graça.

- Ah o senhor me desculpe é que Dinah...

- Não menina, não se desculpe. Ao contrário, eu quem peço. Fui rude e mal educado com você e não mereço mais do que a mesma atenção dos outros que devem ter te tratado até melhor. Perdoe a cabeça dura desse velho, eu percebi que nada mudou, além da minha opinião sobre certas coisas. – olhou para as duas.

- Eu não... sei o que dizer... – Camila ficou desconsertada, queria abraçá-lo, mas ficou indecisa.

Lauren nada disse, deixou que ela se desembaraçasse da situação. Afinal era uma discussão dela com o cliente. Passou o braço por sua cintura, tentando lhe dar mais segurança.

- Obrigada por me compreender. O senhor sempre acreditou em mim desde o começo da minha carreira. Foi um dos meus primeiros clientes e o tinha... aliás, tenho como um pai. Fiquei emocionada com o que disse.

- Estamos acertados agora? Continuo me privilegiando da comida mais gostosa desse mundo e ainda ganhei uma filha linda. Saí no lucro. – sorriu e a abraçou.

- Fechadíssimo.

Camila conseguiu esquecer por uns momentos o problema da mão. Entrou no carro ainda sorrindo e Lauren percebeu, ficou feliz por ela.
Pra não perder tempo, marcaram logo a ressonância, o laudo demoraria uns quinze dias pra ficar pronto e a espera foi um martírio para as duas. Assim que saiu, Camila o levou ao médico. Ricardo ficou analisando e as duas mais que ansiosas. Haviam olhado o laudo, porém não entenderam nada e acharam melhor levar logo pra que ele visse.

- Então Camila, o que você... teve... – olhou pra ela. – Foi uma lesão no tendão flexor, provavelmente sua mão estava aberta, mas mal posicionada e você forçou sem querer causando a lesão. Ao usar a tala essa lesão não progrediu, mas também não se curou. 

Camila olhava completamente assustada e o médico percebeu.

- Antes de mais nada, fique tranquila. Isso não vai fazer você parar de trabalhar. – sorriu calmamente e levou as duas ao riso. - Ai, graças a Deus!

– Pela cara de vocês, parece até que Camila vai perder a mão. Você vai tomar uma medicação pra reduzir essa lesão e vai usar outro tipo de protetor. Este é flexível. – levantou e pegou em seu armário. – Você só vai tirar pra tomar banho, de resto é constantemente. Como você é chef, ele deve se sujar, então melhor que tenha dois ou três desses. Pode comprar em qualquer loja de artigos cirúrgicos.

- Só isso? – perguntou a morena.

- Viu como não é um bicho de sete cabeças? Tudo muito simples e quero ver você daqui um mês.

- Doutor, muito obrigada. Posso dizer que tirei uns dez quilos das costas agora.

As duas saíram rindo de orelha a orelha e aliviadas por tudo.

- Prometo que nunca mais a puxo com força quando fizermos amor. – Lauren a abraçou por trás e foi brincando com a namorada pelo corredor do prédio.

- Quer falar mais alto? Ninguém escutou que eu machuquei a mão fazendo sexo. – olhou brava pra ela.

- Sexo?! Quer dizer que agora você faz sexo comigo? – foi a vez da outra ficar brava.

Camila sorriu achando graça da indignação de Lauren.

- Amor, fazemos amor querida. – lhe deu um selinho rápido. – Só não precisa dizer isso a todos.

Medida Certa | camren [Concluída]Where stories live. Discover now