|Capítulo 16|

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       Isa acordou com a dor de uma estaca molhada em verbena sendo enfiada na sua barriga. Ela logo gritou de dor.

  — Você dorme demais. - a caçadora disse. — E vê se fica quietinha, senão a próxima vai direto no coração.

  — O que você ganha com isso?

  — Diversão. - ela sorriu e isso lembrou Isa de quando ela conheceu Suga. Se ele mudou, por que aquela mulher não poderia mudar também? 

  — Mas isso é realmente o que você quer?

  — É claro!! Tudo para vingar minha família que foi morta por esses monstros uma vez.

  — Mas nem todos esses "monstros" são maus.

  — Mentira. - ela foi até uma alavanca. — E você fala demais. - ela puxou a alavanca, dando enormes choques elétricos em Isa, que se contorcia e gritava de dor. Depois de alguns segundos, que mais se pareceram horas intermináveis, ela parou, pegou uma faca e cortou a boca da criança. A mesma tentou se comunicar com seus irmãos e seu pai pela mente, mas ela não conseguia. Afinal, estava muito fraca. — Eu vou sair. - ela continuou. — Tô no maior tédio. Você também não tá com tédio? - Isa não respondeu. — Ah, agora ficou caladinha. Melhor assim. - ela riu e saiu.

         E agora? O que aquela pequena garotinha fraca poderia fazer? Logo agora que ela tinha descoberto o local em que estava escondida e não podia falar para ninguém? Estava muito fraca. Mal tinha forças para falar. Foi quando ela ouviu um barulho. Um arrombo de porta. Só podia ser. Sua família tinha a achado. Chegaram para um resgate.

  — ISA??! - Suga gritou, realmente com raiva e preocupado.

  — Aqui... - ela tentou falar alto, mas só o que saiu foi um sussurro, quase um suspiro. Ela olhava em volta e via várias estacas enfiadas por todo o seu corpo. O primeiro que ela viu foi Tae:

  — ELA TÁ AQUI!! - este gritou e os outros dois foram até lá. — Calma, Isa, nós vamos te tirar daí! - mas esta mal escutava direito. Ela só ouvia zumbidos. Sua visão também estava desfocada.

  — Saiam daqui... - foi a única coisa que ela conseguiu dizer. — Saiam daqui antes que ela ache vocês...

  — Não vamos te deixar aqui! - Pedro falou e tentou soltar as correntes, mas queimou sua mão. — Droga, verbena...

  — Deixa que eu cuido disso. - Suga disse e, com a força da mente, conseguiu quebrar as correntes, fazendo Isa cair no chão. Ela não conseguia se levantar, nem andar, nem fazer nada. Suga ia pôr ela no colo, mas Rayna chegou antes, atirando nele. Mais alguns centímetros e teria sido do coração. Ele conseguiu tirar a bala e foi até a caçadora, arrancando o coração dela antes que ela pudesse revidar. — Vamos sair daqui antes que ela acorde. - falou enquanto pegava Isa no colo. Os meninos assentiram com a cabeça e saíram dali.

         Já nas ruas, Suga pegou o primeiro humano que viu pela frente, dizendo para Isa:

  — Você precisa se alimentar. - ele a colocou no chão, suas veias e presas apareceram e, sem hesitar, ela mordeu o pescoço do homem, sugando todo o seu sangue e arrancando sua cabeça logo em seguida. Sua cor voltou ao normal.

  — Não precisava agredir. - disse Tae enquanto via a cabeça do homem rolando pelas ruas.

  — Desculpa. - Isa disse envergonhada e eles riram.

  — Que bom que está de volta! - Pedro disse, sorridente.

  — É bom estar de volta. - ela respondeu e sorriu. — Mas como vocês me encontraram?

  — Simples. - Suga respondeu. — Estávamos seguindo aquela caçadora desde o início. Vimos ela sair daquela cabana e entramos nela logo depois.

  — Entendi. Obrigada por tudo. 

  — Você é da família. O mínimo que nós podemos fazer é protegê-la. - Tae disse e eles voltaram para casa.

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