012

150 19 5
                                    

Estevão- Do que não se lembra?
Maria- Não me lembro nem do nome, nem do rosto dos meus filhos. Eu queria vê-los (olha pra Estêvão).
Estêvão- Vamos esperar você melhorar. Creio que você não esteja preparada pra um momento tão forte assim. Vê-los pela "primeira vez" vai ser algo que talvez agora poderia acabar com a sua recuperação. O médico me falou que devemos esperar pra ver como você reage depois de tudo que aconteceu.
Maria- Não tenho escolha, então aceito esperar por mais algum tempo para rever meus filhos. Pelo menos me diga os nomes.
Estêvão- Heitor é o mais velho, tem 12 anos e é um menino muito dedicado aos estudos. Temos uma princesinha, é a mais nova, Estrela que tem 9 anos e é um doce de menina.
Maria- Heitor e Estrela (olha para o lado e vê a janela) perdi quatro anos da vida de meus filhos.(estava revoltada)
Estêvão- De agora em diante você estará sempre com eles.
Maria- (o olha) Não sei como, você tem a guarda deles e estamos divorciados. Não tenho casa e nem trabalho. Não tenho dinheiro e nem sei como conseguir.
Estêvão- Daremos um jeito, te garanto que você estará sempre ao lado deles daqui pra frente.
Maria- Obrigada!
- As semanas se passaram e Maria se recuperava bem. Porém, numa noite, ainda no hospital Maria dormia tranquila, a noite estava chuvosa com trovoadas dignas de uma tempestade, e com muitos raios. Estêvão a deixou por uns instantes sozinha, afinal ela estava dormindo calmamente, no momento que Estêvão saiu pôde se ouvir em todo o hospital o tremendo barulho de um trovão. Neste momento o sonho que Maria estava tendo se tornou em um tremendo pesadelo. A única coisa que ela não sabia, e que todos lhe haviam ocultado era o fato de que Geraldo seu agressor avia escapado.
PESADELO - ON:
- Maria se encontrava numa sala vazia e escura, com móveis velhos e empoeirados, a mesma se encontrava no chão e amarrada, suas roupas estavam rasgadas, sua voz havia sumido. De repente naquela casa velha e escura ela escuta passos firmes. Sem dificuldade só pelo som se sabia que de algum canto da casa se aproximava um homem. Seu coração acelerava a cada passo que escutava. Seu corpo doía, suas pernas estavam tão fracas que a mesma quase não as sentia. A cada passada seu medo aumentava. De repente uma luz muito forte tomou conta daquele lugar, Maria levantou a cabeça devagar e começou a olhar dos pés a cabeça de quem estava em sua frente. Não pode conter o choro e o desespero ao ver aquele homem que tanto lhe fez mal.
Maria- (o olhando com a respiração agitada e sim com muito medo) Ge.. Geraldo não, não você esta morto. Morto você esta morto. (se debatia tentando se soltar) me solta, me tira daqui.
Geraldo- (com um sorriso de psicopata no rosto) Não sabe como é bom te ter assim novamente sob meu poder. E ter a certeza de que desta ninguém vai te salvar, ninguém vai te livrar de mim. Você é e sempre será minha Maria. Só minha.
Maria- Não, o Estêvão vai me tirar daqui. Você vai ser condenado a perpetua.
Geraldo- (se aproxima dela) ele e seus filhos estão mortos há uma semana.
Maria- (tenta se afastar) não, não meus filhos não (fala com as lagrimas escorrendo pelo rosto) assassino, maldito assassino. (Geraldo pegou uma arma e apontou pra ela, e no momento que ele apertou o gatilho...).
PESADELO - OFF

O Recomeço Where stories live. Discover now