- Juro pelo nosso amor. A última coisa que quero é machucar você. Vem cá. – puxou-a para abraçá-la. – Virgindade não tem época, idade, tem hora e pessoa certa. Eu ainda acredito que pra isso acontecer tem que ser com a pessoa especial num lugar especial.

- Você é a pessoa especial. – acariciou seu rosto. – Só preciso perder o medo.

Como que tentando acalmá-la, Lauren a abraçou forte. O pôr do sol as deixou caladas por um tempo. Camila acabou cochilando nos braços da namorada. A mais velha ficou pensando na vida, não era uma pessoa de deixar as coisas passarem. Ficou imaginando um jeito de tirar da cabeça da sua mulher aquele medo. Sorriu ao ter uma ideia e só depois de projetá-la bem, é que conseguiu descansar e adormeceu com um sorriso nos lábios.

Na manhã seguinte, Camila acordou primeiro e pediu um café para as duas. Lauren só acordou quando a mesa estava toda pronta. Veio andando vestida num maiô dessa vez.

- Bom dia gatinha. – falou com Camila que estava distraída olhando a paisagem.

- Oi meu bem, bom dia. Nossa, que linda! – a olhou.

- Hoje queria mergulhar, posso ir? – pediu como uma criança.

- Claro, mas tome cuidado. Mergulhos são imprevisíveis.

Comeram e desceram pra aproveitar o dia. Camila ficou no sol tentando se bronzear.

- Será que consigo pegar uma cor? – brincou.

- Cor de camarão. – riu a morena.

- Palhaça! Vai lá mergulhar, quando voltar nem vai me reconhecer de tão morena que estarei. – fechou a cara.

- Cuidado querida, o sol pode ser forte, depois vai ficar ardendo.

- Tomarei cuidado e você muito juízo, não saia de perto do guia e nem queira fazer gracinhas indo a lugares desconhecidos. Eu conheço esse seu espírito aventureiro.

- Não vou. – beijou-a. – Até daqui a pouco.

Lauren saiu sob olhares admirados. Realmente estava linda naquele maiô. Camila a viu conversando com o instrutor de mergulho pra logo sair com ele e um grupo de pessoas. Relaxou na cadeira e deixou o sol bater no corpo. Se distraiu, achou que tinha dormido quando alguém a chamou.

- Bom dia. – o tom de voz era firme.

- Bom dia. – abriu os olhos e retirou os óculos escuros.

- Está sozinha? – a mulher perguntou.

- No momento sim, mas... – pensou pra dizer. – Minha namorada está mergulhando, volta daqui a pouco.

A mulher sorriu.

- A minha também está. Permita me apresentar, me chamo Lucia. – esticou a mão para cumprimentá-la.

- Prazer, me chamo Camila – falou mais calma. – Sente-se.

Lucia era uma garota nova, cabelos castanhos claros, lisos e compridos, usava óculos um óculos de sol impedindo que seus olhos aparecessem. Sua pele era bronzeada e procurou uma sombra pra se sentar.

- Vou ficar fora do sol, já viu que não gosto muito deles. – riu.

- Também não sou uma fã, mas confesso que pretendo sair daqui mais moreninha.

Pediram um suco e engataram uma conversa animada. Lucia era do Sul, mas morava em Vitória, no Espírito Santo. Havia se casado há pouco tempo, sua namorada se chamava Veronica. Estava se adaptando a mudança e a vida de casada e tudo ia bem. Era professora enquanto sua esposa trabalhava em uma multinacional.

Medida Certa | camren [Concluída]Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum