dez

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Minghao e Hansol vasculham as prateleiras, mas a missão de achar algum livro que não fosse capaz de fazê-los dormir em menos de cinco minutos estava cada vez mais difícil.

— O quê acha de agregarmos conhecimento quanto à vida animal dos pinguins?

— E eles tem vida a não ser animal, por acaso?

— Hansol, às vezes eu sinto vontade de te matar.

Ambos riem e procuram algumas almofadas ao chão para se sentarem. Estas, estão no canto da prateleira de História Nacional, um pouco esquecida pelos usuários.

Os garotos permanecem cada qual num aparelho eletrônico. Minghao se divertia em seu novo jogo que havia baixado no celular, aquilo poderia lhe prender por horas. Já o outro, decidia ainda sobre o que navegar na internet. Hansol reluta nos primeiros minutos, porém pega seus fones discretamente. Ele se encosta na parede, checando se o mais velho havia notado sua mudança. Negativo.

Conecta o cabo do gravador ao computador. Abre a pasta do dispositivo móvel, baixando determinado áudio, tal o qual o que possui a memória mais pesada que tinha ali. Bufa quanto a lentidão do processo.

— O quê está baixando aí, americano?

Hansol se assusta, voltando-se ao lado donde ouvira a voz feminina e abaixa a tela do aparelho. Era Kyungwon, que carregava um livro velho com o título "Guerra Prudente", num vermelho forte.

— Kyungwon... você por aqui!

— Não, não. Yuha soa melhor, foi o melhor apelido que recebi nas últimas horas. Mas você não me respondeu. — ela sorri, se aproximando enquanto folheia o livro. — O quê era aquilo com tantos megabytes?

— Vídeo-aula. E-eu preciso, eu... — o garoto gagueja, encarando os seus sapatos.

— Vernon, conta outra. Só se for áudio-aula. — Kyungwon ri alto e recebe um olhar feio da bibliotecária. Quando esta volta a encarar seu computador, a mais jovem lhe mostra o dedo médio.

— Eu não consigo me concentrar quando vejo o professor... no... vídeo...

— Tudo bem, Hansol, vou te deixar "estudar". — Ela faz aspas com os dedos. — Cuidado para não se excitar muito ouvindo a voz desse "professor".

Ambos riem, porém Hansol sente vontade de chorar. A garota sai.

— Essa foi por tão pouco. — Levanta novamente a tela, suspirando e ajeitando-se na almofada. "Porra, vinte e um por cento."

O loiro fecha seus olhos, de encostando num canto. Diversas coisas se passam pela sua cabeça, imagens que ficaram gravadas  por algum motivo aparente. Em poucos segundos, adormece.

Como num piscar de olhos, sente um peteleco em seu rosto, acompanhado por alguns xingamentos.

— Acorde donzela. Vou comprar algum lanche para comermos, há boatos de que hoje a comida está uma porra. — Hansol, ainda meio desacordado, ouve a voz de Minghao. — Cuidado com o tempo, hoje a biblioteca fecha às sete. Você não vai querer ser enxotado para fora pela velha do vestido de pêras.

— Que horas são? — Finalmente abre os olhos, se incomodando com a luz forte.

— A mesma de ontem.

— Obrigado Wonwoo, sempre prestativo.

— É o meu ofício. — ele sorri, se inclinando para a sua direção.— Com o quê sonhava? Estava sorrindo. Imagino que via Boo Seungkwan vestido de enfermeiro sexy e lhe pedindo coisas com aquela vozinha manhosa. — ele imita o outro em seu tom de voz.

— Caralho, quando foi que você aprendeu tanto sobre os outros?

— Sou um bom observador.

— Que seja. Por quê estava agindo daquela forma mais cedo? — Hansol questiona.

— Por causa de circunstâncias. Mas eu já conversei com Minghao, isso já se tornou um ciclo tanto quanto natural.

— Estranhos. — Ele ri, puxando seu braço. — Está ansioso para a festa?

— Não. Mas espero que seja algo legal. A propósito, se tivermos que voltar aqui, será no máximo por volta das dez horas. Esses velhos são doidos. — Wonwoo puxa seu braço de volta, fazendo com que fiquem num vai e vêm.

— Mas que porra? Esse horário...

— ... é quando começa, eu sei. Por isso fiz uma estadia num hotel próximo dali. Chegamos e saímos a hora que quisermos.

— Genial! Wonwoo eu amo um homem e este homem é você.

— Não, ainda não malhei os glúteos, pode continuar com o Seungkwan real. — diz, irônico.

— Vá a merda. — Hansol ri e se levanta. — Vamos procurar Minghao logo, meu estômago está violento.

— Vamos então.

Os dois saem dali, caminhando longos minutos até o quarto. Haviam poucas pessoas nos corredores, muitas no refeitório e ninguém nos dormitórios. Ninguém, a não ser os três amigos.

— "Não ingerir nenhum tipo de alimento em seu dormitório, respeite a limpeza do ambiente." se quiser eu posso reler, Xu Minghao. — Wonwoo provoca.

— Lê aqui o meu pau. — o chinês diz, comendo mais um pouco dos seus salgadinhos.

— Deixe-me checar. — O moreno se aproxima, apertando o volume de sua cueca. — Ele diz: "preciso de uma punheta". E também: "o Wonwoo é lindo".

— Pau do Minghao novo filósofo contemporâneo, quem é Jürgen Habermas? — Hansol abre um pacote de biscoitos.

— Vocês deveriam ir tomar no cu.

— É o que eu mais faço nessa vida... Hansol você tá comendo os de chocolate? — Wonwoo o fuzila com o olhar.

— Gotas de chocolate. — Vernon responde, deitado.

— Não interessa, se você comer tudo eu vou cometer um assassinato nesse quarto.

— Gente o Junhui mandou mensagem. — Minghao sorri, mexendo no cabelo. — "Penso em você à cada minuto do meu dia, espero que esteja bem. Tenha uma boa noite, meu anjo."

Todos batem palma em conjunto, concordando com a cabeça.

— Finalmente esse cara fez uma média, agora fala para ele encaminhar essa mensagem para todos da Faculdade. — O moreno joga a cabeça para trás.

— Vocês colocam muita pressão sobre o Jun.

— Blergh. Se tem alguém que não me abandona são os meus salgadinhos de queijo, passar bem.

— Os biscoitos eu não diria. Acho que acabaram. — Hansol diz e corre para fora do quarto.

Wonwoo corre atrás do garoto, gritando pelo seu nome. Já Minghao digita algo para Junhui, apagando e digitando novamente. Repete essa ação inúmeras vezes até que saia algo legal. Suspira, esperando os garotos voltarem.

gente eu fui digitar wonwoo e o corretor colocou robaldo, eh isso entao.

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