Capítulo|Vinte e Três

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Posso me odiar amanhã, mas estou a  caminho essa noiteNo fundo de uma garrafa, você é o veneno do vinho E sei que não posso  mudar você e eu, eu não vou mudarPosso me odiar amanhã, mas estou a caminho essa noiteLonely Togheter, Avicii

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Posso me odiar amanhã, mas estou a  caminho essa noite
No fundo de uma garrafa, você é o veneno do vinho
E sei que não posso  mudar você e eu, eu não vou mudar
Posso me odiar amanhã, mas estou a caminho essa noite
Lonely Togheter, Avicii

Eu entro na banheira e tomo um longo banho para tentar colocar minhas idéias em ordem, coloco sais aromáticos na água e me deito tentado relaxar. Geralmente quando tomo um banho assim eu gosto de uma taça de vinho, mas agora isso estava fora de cogitação, eu nunca poderia fazer nada que pudesse prejudicar meu bebê.

Eu não sabia o que ia acontecer daqui pra frente, só o que eu sabia é que eu nunca deixaria aquela criança se sentir indesejada. Inconscientemente eu coloco a mão na minha barriga, consigo ver algumas mudanças ainda que sutis em meu corpo, meus seios estão maiores e minha barriga está mais pontudinha. Algo primitivo cresce em meu peito e a vontade de cuidar, de amar se faz presente.

Eu vou ser mãe, e independentemente da minha relação com o pai dessa criança, nada iria interferir em sua felicidade. Ela não tinha culpa de ter sido gerada em uma relação que não tinha rótulos, se Leo não a quisesse eu teria muito amor para lhe dar.

Só de pensar nisso meu estômago se retorce, agora eu não poderia simplesmente não vê lo mais quando tudo acabasse. Agora nós tínhamos um elo, que nos ligaria para sempre, eu estaria preparada para isso? Conseguiríamos conviver civilizadamente pelo bem daquele bebê?

Eu resolvo esperar o resultado do exame de sangue para lhe contar, a partir dai eu não sei o que aconteceria conosco. Será que Leo ia querer participar da vida do bebê? E será que eu me sentiria bem com isso?

Essas perguntas só vão ser respondidas com o tempo e tudo que eu precisava nesse momento era um pouquinho de tranquilidade. O julgamento tinha sido muito estressante e ainda tinha mais por vir, porque a promotoria iria apelar da decisão. Depois eu ia decidir o que fazer com o trabalho quando ficasse grande como uma baleia e o bebê nascesse, talvez fosse melhor passar um tempo com meus pais no começo, até eu conseguir cuidar dele ou dela sozinha. Eu tinha economias e conseguiria cuidar de nós dois até nos ajeitarmos.

Eu saio da banheira me sentindo muito mais confiante e calma, algo em ser mãe nos torna mais poderosas, saber que aquele pacotinho rosa dependia de mim, me fez uma leoa. Se Leo quisesse o bebê ótimo, ele poderia fazer parte de sua vida. Mas por outro lado, se não quisesse, nós nos virariamos muito bem sozinhos.

Eu só não sabia o que ia fazer com meu amor por aquele homem, vê lo e saber que eu não poderia mais estar em seus braços, não seria fácil, mas eu entrei nessa sabendo que tinha prazo de validade, que ele não tinha relacionamentos sérios e agora não podia reclamar.

Estou colocando meu roupão e escuto a porta se abrindo, Leo tinha chegado.

- Bruxinha onde você está?

Segunda chanceWhere stories live. Discover now