Chalé Dracul
Vladmir explicava a Dimitri tudo sobre as sete famílias que estariam presentes em Bran, a abertura do castelo era um marco para todos os vampiros no mundo, afinal foi ali que tudo começou.
— Todos ali querem o título de Conde de Dracul — Vladmir sentou-se em sua poltrona — muitos seguiam Alira.
— Então quer dizer que estamos em território perigoso? — Dimitri questionou
— Não! Como estamos em Três de luto...
— E ainda acreditam que o ataque de lobo tem ligação com a falecida noiva de Drácula? — Láureo adentrou na biblioteca. — Temos um novo salão de reuniões?
— Láureo, o que traz sua carcaça até aqui? — Vladmir sorriu para o velho.
— Gostaria de saber... — ele aproximou-se da mesa vendo as taças de sangue vazias e as garrafas abertas — Como estão os preparativos para a chegada dos Dulen?
— Eles pretendem ficar? — Thamina pegou um caderninho sobre a mesa onde anotava todo o passo a passo do jantar.
— Nunca se sabe, Adélia é imprevisível — ele observou a todos parando seus olhos em Aiya — o que essa exilada faz aqui?
— Ótima pergunta Láureo — Vladmir levantou-se abotoando o terno — Aiya carrega em sua barriga um Van Helsing — o velho desdenhou revirando os olhos — e ela tem informações importantes sobre o ataque ao exilio.
— Interessante — Láureo desabotoou seu terno cinza, sentou-se na poltrona que antes era ocupada por Vladmir. — Conte-nos então, minha cara. — Ele uniu as mãos a frente do rosto
Aiya ficou em silêncio por alguns segundos, todos ali a observavam com atenção.
— Não temos toda a eternidade criança.
Láureo segurava um anel em sua mão direita
— Eu estava na caverna preparando algo para comermos. Tristan havia discutido com alguns lobos, eles não confiavam nele.
— Nem precisa nos contar o porquê — Láureo a interrompeu.
— Se puder me deixar falar, Milorde — Aiya o encarou. Suspirou nervosa — O portão se abriu, achamos que outro lobo fora exilado por algum crime cometido, mas não. Entraram dois encapuzados, o primeiro tirou o capuz, era uma bela mulher de cabelos negros e um rapaz forte. Eram vampiros, nós reconhecemos de imediato.
— Eles se apresentaram? — Dimitri falou com delicadeza
— A mulher não se apresentou, mas disse que ficou feliz em saber que Tristan lutou por ela, no passado — Aiya encarou Láureo — já o rapaz, no meio da lua, ela o chamou de Gabriel.
— Interessante — o velho movimentou as mãos chamando Igor que estava parado próximo a lareira. O lacaio aproximou-se mancando, conferiu algumas garrafas notando estarem todas vazias. Gemeu saindo da biblioteca indo em direção da adega. — Como dois vampiros podem assassinar quase duzentos lobos.
— Eles usaram prata — Aiya falou alto, estava nervosa. Alder tocou a mão da jovem. — Prata liquida, pó de prata. Balas de prata — ela chorou — mataram meu pai, feriam Tristan.
— Isso é a prova que queria, Láureo — Vladmir encarou o velho — a prova que Alira está viva.
— Não consigo ver isso nas palavras desta lincantrope — Láureo levantou-se
— Como não? — Dimitri se levantou encarando o velho — só sendo cego para não ver — tocou o ombro do ancião.
— Primeiro senhor Skapov, não me toque — fungou olhando bem dentro de seus olhos — segundo, não me toque! — trincou os dentes retirando a mão do rapaz com força
ESTÁ A LER
A Fraternidade - Fernando Luiz
VampireDurante séculos o mundo crê nas lendas contidas nos livros, mas nunca acreditarão na verdade existente nas ruas da Romênia. Com a morte de Drácula a instabilidade entre vampiros e lobisomens tornou-se um ponto chave para a criação de leis, o Coven f...