Adeus

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   Estava uma tarde fria, o céu estava nublado e o clima de nervosismo estava no ar. Ao meu redor estavam por volta de uns 30 garotos da mesma idade que a minha. Muitos estavam com lágrimas nos olhos, outros estavam com medo. Eu estava nervoso mais não como os outros garotos, pois eu já séria um escravo de qualquer jeito.
   Todos os jovens que estavam ali tinham sido reprovados na prova de inclusão a sociedade. Todos os jovens que completam 16 anos são obrigados a fazer essa prova que determinará se você será um ser humano ou um escravo. Esse é um dos momentos mais importantes na vida de qualquer pessoa que é afetada por essa lei. Aquele que falham perdem os seus direitos de humanos e viram escravos para servir a sociedade de alguma forma. E eu, como tinha dito antes falhei e estou em frente ao local onde foi realizado a prova para esperar o ônibus que nos levará para a escola de escravos da minha cidade.
   Oh desculpa, eu não me apresentei. Eu sou Eduard, um garoto de pele clara, olhos verdes e cabelo castanho escuro curto. Meu porte físico é magro e minha altura é de 1,60. Bem...acho que é isso que tenho pra falar de minha aparência.
Acordo dos meus pensamentos, quando ouso a buzina do ônibus se aproximando. Nesse momento eu vejo pais abraçando seus filhos com força e choros estrondosos vindo daqueles que estavam desesperados com aquele futuro que lhes batia a porta.   Os pais também choravam em desespero, mas nada podia ser feito por eles. Qualquer um que recusasse estregar um desistente, ou tentasse fugir ou se esconder seria punido com a morte. Meus pais ,diferente dos demais, não demonstravam tristeza com a minha ida, pelo contrário, pareciam contentes. Afinal quando um desistente vai pra uma escola de escravos a sua família recebe uma indenização do governo. E esse valor aumenta se for pra uma escola de ponta, que foi o meu caso. Fui selecionado pra uma das melhores escolas da minha cidade.
   No meio daquele mar de lamentações o ônibus para e a porta se abre. Dele sai dois homens com uniformes pretos e óculos escuros. Apesar do uniforme dava pra ver que eram músculos. Um deles segurava uma prancheta, e o outro da um passo a frente e grita com uma voz grossa:
   -Ok bichinhas,vamos logo com isso que não temos o dia todo ! Tirem suas roupas e dêem aos seus pais- todos ficam estáticos sem entender o que ele acabará de dizer- Vocês são surdos ? Eu mandei tiraram suas roupas !
   Num salto todos os garotos chorosos começaram a tirar suas vestes e eu faço o mesmo. Todos nós ficaríamos desnudos em baixo daquele céu cinza
   -peço para que os pais se afastem e levem as roupas com vocês. E vocês desistentes, ele irá chamar nome por nome-apontou pro homem ao lado- é quem for chamado venha até aqui para fazer o registro biométrico ! -os país se afastaram mais não foram embora. Muitos dos garotos tamparam  seu sexo com as mãos por vergonha outros tentavam se aquecer do frio.
   O homem com a prancheta chama o primeiro nome... Ninguém respondeu. O homem já impaciente grita novamente o nome do primeiro condenado. Um garoto baixinho de pele levemente morena e cabelos cacheados num corte curto se aproxima a passos lentos dos dois homens. Dava pra ver o medo dele mais não podia ser evitado, era lei e todos devem a obedecer. O homem pega a mão do moreno com brutalidade e pega um aparelho iniciando o teste. Assim que o teste acaba homem puxa o garoto pelo braço e o empurra pra dentro do veículo. Assim ele segue com a chamada. Garoto por garoto entra naquele ônibus assustador. Nesse meio tempo começa a nevar, deixando aquele dia ainda mais triste pra todos os desistentes.
   -Eduard- meu nome foi o último a ser chamado pelo homem uniformizado. Eu vou a passos arrastados por aquele chão frio, me aproximo dos homens e faço o mesmo teste feito pelos outros desistentes. Assim que acaba eu subo as escadas do ônibus lentamente dando uma última olhada pra trás vendo meus pais por uma última vez. Meu pai estava com um rosto sem emoção e minha mãe exibia um leve sorriso:-Adeus- Sussurro pra eles sem esperança de resposta é foi oque aconteceu. Nenhuma reação por parte deles. Sou empurrado por um dos homens pra entrar de uma vez e eles entram em seguida fechando a porta atrás deles. Me sento no único lugar vago que tinha que era um assento perto da janela. O ônibus começa a andar e se afastando do local onde nossos destinos foram selados. Adeus pai, adeus mãe, adeus... liberdade.

#Nota do autor#
Bem... é isso eu não sou bom em escrever e bem provável que tenha erros de português. Mas tirando isso espero que tenham gostado. Eu devo postar mais um ou dois capítulos pra ver o feedback de vocês. Bem... então até a próxima...

Slave SchoolWhere stories live. Discover now