O Filho do Meu Padrasto

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                  Camila

Me jogo na cama e tampo a minha cara no travesseiro para abafar o meu grito de raiva.

Toda a minha vontade de conversar com a minha prima foi embora, será que ele endoidou? Eu não consigo entender o que se passa na cabeça dele, eu disse para ele acabar com tudo isso e parece que entrou em um ouvido e saiu no outro.

Só que se ele pensa que eu vou me render igual à essas garotas que ele faz de gato e sapato, ele está completamente errado. Não quero me machucar e não vou me machucar, não sou garota para que deixe homem ficar brincando comigo.

Respiro fundo e me levanto, eu preciso antes de tudo parar de procrastinar e terminar esse dever, só falta um, tenho que pensar positivo porque se eu termino isso logo, terei tempo para ficar livre para fazer o que eu quiser.

Passo uma hora tentando procurar as fórmulas na internet e resolver a atividade mas não consigo de jeito nenhum. Estou quase desistindo quando alguém bate na porta.

- Pode entrar! - Falo enquanto ainda continuo sentada e suspiro quando vejo o idiota do Benjamin entrando.

- Desculpe te perturbar, mas os nossos pais estão perguntando se você quer ver a Liga da Justiça com eles. Vai começar em meia hora. - Ele me avisa e eu nego suspirando cansada.

- Aconteceu alguma coisa? Você tá com uma cara horrível. - Ele se aproxima de mim fazendo uma careta.

- Haha engraçadinho. - Sorrio irônica e ele ri alto.

- Gosto de zoar com você, mas falando sério, por que não vai assistir o filme com a
gente? - Pergunta me olhando e depois olha para os papéis e o livro em cima da minha mesa.

- Eu tenho que terminar essa atividade para amanhã, mas eu já procurei a fórmula em todo o lugar e não sei fazê-la. Estou quase desistindo. - Falo chateada e ele me olha.

- Espera um minutinho que eu já volto. - Ele dá um pequeno sorriso e sai rápido do meu quarto, enquanto eu fico paralisada e desentendida.

Segundos depois ele volta empurrando a sua cadeira com rodinhas e um caderno na outra mão.

O olho desentendida e ele sorri.

- Também preciso fazer essa atividade, quer que eu te ajude? Assim a faremos
juntos. - Ele pergunta ainda sorrindo e eu arqueio a sobrancelha depois que ele se senta ao meu lado colocando o seu caderno ao lado do meu.

- Você sabe fazer
isso? - Pergunto e é a sua vez de arquear a sobrancelha.

- Está duvidando da minha capacidade? - Ele sorri brincalhão e eu assinto tirando um riso dele.

- Para falar a verdade sim, ainda tenho a impressão de que você não gosta de
estudar. - Falo sincera enquanto sorrio e ele assente sorrindo.

-  Não gosto de estudar, mas isso não quer dizer que eu não saiba o que estamos
estudando. - Ele pisca para mim e continua. - Você tem um lápis sobrando? - Eu assinto e entrego o lápis para ele.

- Obrigado. Vai querer a minha ajuda? - Pergunta e eu assinto.

- Claro, se você diz que sabe, quem sou eu para recusar. Mas espero que saiba mesmo, não quero que o professor me diga que eu fiz mal. - Falo sorrindo e ele assente.