VINTE DE OUTUBRO: BEBIDAS E ÁLCOOL

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   — Você precisa de uma festa boa para esquecer isso, Gus. — Amberly disse, estávamos deitados em minha cama, lado a lado.

Eu estava vestindo aquele moletom preto e surrado que servia apenas para cobrir cada corte mal cicatrizado porque eu sempre abria as mesmas feridas só para sentir a dor com mais intensidade. Eu sei, hoje eu sei que aquilo não era um meio de saída, mas eu gostava. Eu gostava de sentir a dor e eu gostava de ter um real motivo para chorar, me arranhar, me jogar na parede ou me sentir insuficiente, talvez, eu mesmo tenha me sabotado e eu mesmo seja o culpado disso tudo.

— Ah, okay! — eu reviro os olhos. — Até parece que vão me deixar entrar em uma boate para ficar bêbado e drogado, você pode ter dezoito anos, mas eu ainda tenho dezessete e tenho cara de quinze, ninguém vai acreditar nisso.

— É para isso que serve identidade falsa. — e então ela me dá um tapinha na testa. — Mas não vamos para uma boate, hoje é sexta-feira, vamos para uma das melhores festas que o pessoal do time de basquete consegue fazer.

Eu juro que relutei. Eu juro que me joguei contra a cama inúmeras vezes e disse que não queria sair de casa, mas ela me fez tomar um banho e vestir uma roupa que há muito tempo eu não visto, roupas brancas remetem a paz e eu estou queimando no inferno enquanto o diabo toma o seu melhor drinque e sorri para mim, apreciando aquele momento.

A festa era no apartamento minúsculo do Octavio, e quando digo minúsculo, é porque havia tantas pessoas que eu mal conseguia respirar direito. O cheiro do lugar era uma mistura de cigarro, maconha, bebida e suor, parecia uma intensa suruba mas na verdade as pessoas só estavam degustando do álcool batizado em seus copos vermelhos e azuis, fumando seus baseados, rindo e fazendo aquele maldito jogo da garrafa que acontece em todas as festas.

O meu desejo era abrir um buraco naquele chão repleto de pés e me enterrar, mas a Amberly me puxou para a multidão e fez questão de me apresentar para o Octavio e dizer que eu era o seu melhor amigo. Ele apertou a minha mão e me deu um copo de bebida, até me chamou de "cara" e logo em seguida deu um tapinha em minhas costas.

— Se divirta. — disse ela antes de sumir entre aqueles corpos, a música logo começa a fazer efeito, assim como a bebida que me leva a ficar com a visão turva vez ou outra enquanto eu tento me afastar e me encostar em uma das paredes de tintura vinho escuro.

E foi ali que eu fiquei por horas e horas enquanto aquele pessoal gritava palavras da música que naquele momento era Thunder de Imagine Dragons. Eu me perguntava o motivo disso, uma pessoa só pode se divertir à base de drogas de álcool?

Mas okay, tudo bem, eu vou chegar no que realmente aconteceu comigo naquele dia, o maldito erro que eu cometi naquela festa onde eu não deveria ter aceitado — e eu não aceitei — ir.

Durante um pequeno período de tempo eu percebi que eu não era a única pessoa encostada naquela parede repetindo copos e mais copos de bebida, tinha ali perto, pra ser exato, ele estava na minha frente, com seu baseado nos lábios e copo de bebida em mãos, ele parecia conhecer todo o pessoal, porque vez ou outra, chamavam ele para dançar mas ele insistia em ficar ali.

Vinte de Outubro, esse foi o dia que eu cometi o meu primeiro erro fatal.— Você precisa de uma festa boa para esquecer isso, Gus. — Amberly disse, estávamos deitados em minha cama, lado a lado.

Eu estava vestindo aquele moletom preto e surrado que servia apenas para cobrir cada corte mal cicatrizado porque eu sempre abria as mesmas feridas só para sentir a dor com mais intensidade. Eu sei, hoje eu sei que aquilo não era um meio de saída, mas eu gostava. Eu gostava de sentir a dor e eu gostava de ter um real motivo para chorar, me arranhar, me jogar na parede ou me sentir insuficiente, talvez, eu mesmo tenha me sabotado e eu mesmo seja o culpado disso tudo.

— Ah, okay! — eu reviro os olhos. — Até parece que vão me deixar entrar em uma boate para ficar bêbado e drogado, você pode ter dezoito anos, mas eu ainda tenho dezessete e tenho cara de quinze, ninguém vai acreditar nisso.

— É para isso que serve identidade falsa. — e então ela me da um tapinha na testa. — Mas não vamos para uma boate, hoje é sexta-feira, vamos para uma das melhores festas que o pessoal do time de basquete consegue fazer.

Eu juro que relutei. Eu juro que me joguei contra a cama inúmeras vezes e disse que não queria sair de casa, mas ela me fez tomar um banho e vestir uma roupa que há muito tempo eu não visto, roupas brancas remetem a paz e eu estou queimando no inferno enquanto o diabo toma o seu melhor drinque e sorri para mim, apreciando aquele momento.

A festa era no apartamento minúsculo do Octavio, e quando digo minúsculo, é porque havia tantas pessoas que eu mal conseguia respirar direito. O cheiro do lugar era uma mistura de cigarro, maconha, bebida e suor, parecia uma intensa suruba mas na verdade as pessoas só estavam degustando do álcool batizado em seus copos vermelhos e azuis, fumando seus baseados, rindo e fazendo aquele maldito jogo da garrafa que acontece em todas as festas.

O meu desejo era abrir um buraco naquele chão repleto de pés e me enterrar mas a Amberly me puxou para a multidão e fez questão de me apresentar para o Octavio e dizer que eu era o seu melhor amigo. Ele apertou a minha mão e me deu um copo de bebida, até me chamou de "cara" e logo em seguida deu um tapinha em minhas costas.

— Se divirta. — disse ela antes de sumir entre aqueles corpos, a música logo começa a fazer efeito, assim como a bebida que me leva a ficar com a visão turva vez ou outra enquanto eu tento me afastar e me encostar em uma das paredes de tintura vinho escuro.

E foi ali que eu fiquei por horas e horas enquanto aquele pessoal gritava palavras da música que naquele momento era Thunder de Imagine Dragons. Eu me perguntava o motivo disso, uma pessoa só pode se divertir à base de drogas de álcool?

Mas okay, tudo bem, eu vou chegar no que realmente aconteceu comigo naquele dia, o maldito erro que eu cometi naquela festa onde eu não deveria ter aceitado — e eu não aceitei — ir.

Durante um pequeno período de tempo eu percebi que eu não era a única pessoa encostada naquela parede repetindo copos e mais copos de bebida, tinha ali perto, pra ser exato, ele estava na minha frente, com seu baseado nos lábios e copo de bebida em mãos, ele parecia conhecer todo o pessoal, porque vez ou outra, chamavam ele para dançar mas ele insistia em ficar ali.

Vinte de Outubro, esse foi o dia que eu cometi o meu primeiro erro fatal. 

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