Segunda chance

Capítulo|Sete

- Vamos Sarah, ou vamos chegar atrasados.

Ele coloca a mão em minhas costas e me guia até a porta aberta de seu carro, eu entro e vejo o mesmo motorista do outro dia.

O carro entra em movimento e seguimos para o Intercontinental Chicago Magnificent Mile, onde será o baile.

Eu olho pela janela e está uma noite agradável, adoro o verão em Chicago, a temperatura está agradável e não preciso de um casaco. Quando Leo se aproxima e coloca sua mão em minha perna, um arrepio sobe pelas minhas costas, ele percebe minha reação e olha nos meus olhos, seu rosto se abaixa e quando menos espero ele me beija. Seu gosto é inebriante e eu correspondo instintivamente. O beijo se torna mais profundo e eu deixo um gemido escapar, e antes que as coisas fiquem mais intensas ele se afasta interrompendo o beijo.

Sua voz está mais rouca do que o normal quando diz.

- Esses seus gemidos me enlouquecem, se não pararmos agora, não vamos chegar a esse baile e vou te levar para minha casa onde vou fazer o que realmente quero desde que te vi.

Eu também queria mais, mas não sei se estou preparada para alguma coisa com aquele homem, eu tenho medo, tenho medo de minhas reações, da forma como meu corpo reage a ele. É tudo muito intenso e eu não quero me sentir assim.

Ele passa o braço por meus ombros e me puxa junto ao seu corpo, e por mais estranho que isso pareça, eu me sinto protegida, amparada. Eu sinto seu calor e me aconchego mais. Nessa hora eu me pego pensando em Travis e que eu vou vê lo depois de tanto tempo pela primeira vez, e o que me espanta e que eu nem ligo, isso não me apavora mais.

O carro pára e Leo abre a porta estendendo a mão pra mim, ele coloca a mão em minha cintura e me guia até a entrada, entregamos nossos convites e entramos.

O lugar já está cheio, reconheço muitos rostos e vejo meu chefe, quando ele me olha vejo um lampejo de surpresa, já que eu disse que viria desacompanhada. Ele se aproxima e eu faço as apresentações.

- Carl este é Leo Calder.

Vejo a sobrancelha de Carl subir, ele com toda certeza reconheceu o nome de Leo, mas ele disfarça a surpresa e o cumprimenta.

- É um prazer Leo, eu conheci seu pai anos atrás em um jantar, fiquei sabendo de sua condição e espero que esteja melhor, ele é um homem notável.

- É um prazer também Carl, ele está bem melhor, está curtindo as sua merecida aposentadoria com minha mãe, eles se mudaram para a Flórida. Leo responde.

Carl abre um sorriso e continua.

- Fico feliz em saber. Porque não se sentam em nossa mesa, a esposa de Friederich não pode vir e temos um lugar vago.

Antes que eu pudesse responder, Leo se adianta.

- Seria um enorme prazer.

Agora eu iria passar a noite toda com Leo perto de mim, será que meu pobre autocontrole passaria neste teste?

Nos encaminhamos a mesa e Carl apresenta Leo a todos, vejo os olhares curiosos sobre mim e tudo que eu posso pensar é que curiosidade é melhor do que pena.

O jantar é servido e Leo está entretido em uma conversa com meu chefe, os dois realmente parecem ter muitos pontos em comum. Quando percorro o salão com o olhar eu vejo um cabeleira loira familiar, lá está Loren na mesa de seu pai. Travis está ao seu lado e a mesa está repleta de juízes e promotores. Travis está bem onde queria não é mesmo? Mas isso não importa mais, que seja feliz o imbecil.