Chego no escritório e cumprimento todos no caminho da minha sala, minha secretária entra logo atrás de mim.

- Bom dia chefe, Strauss ligou desmarcando a reunião das onze e pediu desculpas, acho que sua mulher teve um problema médico ou algo assim.

- Ok, remarque na primeira vaga da minha agenda por favor, não posso avançar no caso sem essa reunião e o prazo para interpor o recurso já está se esgotando.

- Tudo bem, vou fazer já. Tem alguma recomendação para hoje?

Mary era uma ótima secretária e me ajudava muito com sua organização e pro eficiência .

- Não, respondo. Por hora é só isso. Vou trabalhar no escritório o dia todo e não devo ir ao tribunal hoje, então só preciso do meu café daqui a pouco.

Ela assente e sai fechando a porta, eu sento e me recosto na cadeira soltando um suspiro, - vamos lá Sarah, digo a mim mesma. Chega de pensar em estranhos enigmáticos e vamos trabalhar.

A manhã está pela metade quando Mary abre a minha porta e tem uma orquídea linda em suas mãos.

- Sarah, chegou pra você.

Para mim? Quem teria me mandado essa orquídea linda? Ela coloca em cima da minha mesa e me deixa novamente sozinha, pego o cartão e quando o leio meu coração começa a bater mais forte.

Espero que goste das flores, são pálidas em relação a você e seu vestido vermelho. Espero que o vista em nosso jantar no fim de semana.

Leo

Que mer*da! Antes que eu possa raciocinar sobre aquilo meu telefone toca e eu atendo.

- Alô.

- Bom dia Sarah, como está sua manhã?

Bum, bum, bum, meu coração vai sair pela boca, não tem como confundir aquela voz.

- Como conseguiu meu número? Pergunto.

Ele da uma risada e continua.

- Um número de telefone não é algo muito difícil pra mim pequena. Gostou das flores?

Oi, ele era mesmo atrevido! Balanço a cabeça para colocar meus pensamentos no lugar e rosno.

- Não, e também não gosto de você.

A risada dessa vez e mais alta.

- Você não vai facilitar minha vida, não é mesmo? Pelo beijo de ontem acho que não é verdade e pequena... foi só o começo.

Um arrepio me percorre e minha respiração fica mais curta, santo Deus ele me afetava até pelo telefone.

- Olha só, eu tenho muito trabalho e uma reunião daqui a pouco, então não querendo ser rude, não tenho tempo para esse joguinho agora.

Sua voz é firme quando diz.

- Não é nenhum joguinho Sarah, você também sentiu a faísca entre nós. E pode ter certeza que eu quero ver o quanto vai queimar baby.

- Não tem faísca nenhuma e eu não quero que me ligue mais.

Desligo o telefone e coloco a mão na testa respirando fundo. Ele tem o poder de me tirar do sério, mas não tenho tempo de pensar direito quando meu telefone vibra e vejo uma mensagem.

Segunda chanceWhere stories live. Discover now