Nem tudo pode ser comprado. Larry.

Capítulo 12 Amigos!

Harry estava cansado, cansado de sorrisos falsos e de toda bajulação, estava verdadeiramente exausto de toda hipocrisia que pairava ao seu redor, falsas amizades feitas por intenrece, falsas paixões, falsos amores.

Ele se viu sentado na sala de reunião onde seu pai estava com os sócios do novo projeto no qual ele estava trabalhando. Todos odiavam o jeito boçal do seu pai tratar os funcionários, do seu jeito grosseiro de se referir a todos abaixo deles, mas, mesmo assim, riam das suas piadas egocêntricas e preconceituosas, seu estômago chegava a revirar e é claro que ele era o único ali que não estava sorrindo. No fim da reunião todos foram dispensados, Harry por sua vez levantou indo até a janela sentindo seu celular vibrar no bolso, ao verificar ficou realmente feliz ao ver a mensagem do seu amigo Naill.

 Naill "cara já estamos na cidade! Louco pra babar e pagar umas gatas"

H "estou no trabalho, me manda o endereço do hotel que mando meu motorista te pagar mais tarde" 

Naill "porra Brow trabalhando? Qual é? Tá vou mandar, o Liam e o Nik também estão loucos pra encher a cara e conhecer a noite e os puteiros da cidade"

H "ok mais estarei acompanhado não vai dar pra  levar vocês em nenhum puteiro foi mau, PS: sem perguntas, mais tarde te explico e eu duvido que o L quer mesmo isso"

Ao desligar o celular e guardar no bolso, ele estava com um sorriso no rosto, com seus amigos ele podia ser quem é de verdade, mesmo sabendo da enxurrada de perguntas sobre o garoto em seu apartamento ele estava animado pra ver os amigos. Logo seu sorriso se desfez quando virou e percebeu o olhar do seu pai em si.

- Falando com seu "namoradinho" - o velho falou ironicamente fazendo o sinal de aspas no ar, Harry não se deu ao trabalho de responder continuou o encarando com indiferença – soube que se ausentou para resolver problemas pessoais a duas semanas atrás, é verdade?

- Sim, mais não fiquei ausente estava sempre em contato e foi apenas dois dias – respondeu seco colocando as mãos nos bolsos da calça social e encostando na janela ficando totalmente de frente para o pai. 

- Continua gastando meu dinheiro com suas aventuras – não foi uma pergunta e sim uma afirmação, e sua voz já tinha um tom raivoso, ao contrário de Harry o homem não tinha nenhum autocontrole.

- Não! Eu estou gastando MEU dinheiro, pelo qual trabalho mais de doze horas por dia – ele responde ainda mantendo o mesmo tom mesmo que sua vontade fosse socar a cara do pai.

- Que seja. O que acha que vai fazer? Brincar de casinha com a vadia e depois casar com ele?- Harry riu baixo. 

- Não seria ótimo? – ele falava rindo cinicamente, tirar o pai do sério era seu novo esporte favorito.

- Você estará de volta a Inglaterra do fim do mês – o homem falou sério, o seu filho serrou os olhos mantendo a mesma posição – eu rodarei o projeto ...

- Trabalhei muito aqui não acho prudente, mas se e sua vontade tudo bem – ele deu de ombros, não daria o braço a torcer, mais sair da cidade agora não era o que ele queria, demonstrar isso só daria mais ênfase na pequena vingança do pai.

- Que bom que pensa assim, comesse a arrumar as malas – O homem dá as costas e sai da sala de reunião, Harry tem a impressão que vai explodir e que poderia matá-lo, praguejou baixo fechando os olhos, mas não teria tempo pra isso, ele tinha planos pra noite e tinha que dar um jeito de não se separar de Louis, não agora. A vida estava tão simples e clara agora, voltar a sua vida fria estava tirando o cacheado do sério, o que não seria problema a meses atrás, mas agora era uma sensação torturante. Depois de ponderar todos os pontos e pensar bem no que toda sua vida poderia se transformar dali em diante dependendo da sua decisão, ele viu que precisava de uma segunda opinião.