SEJA O QUE DEUS QUISER

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Dani abre o sorriso quando me vê, sorrindo corro para seus braços abertos.

– Oi, meu amor! – falamos juntos.

– Você demorou – Dani quer olhar em meus olhos.

– Tive que cuidar do Andy, Bebê.

– Onde ele está?

– Está com o Erik.

– Por que você deixou nosso filho com este cara, Angel?

– É só um pouquinho, daqui a pouco eu volto para casa e pego o seu pequeno, está bem? – Acaricio seus cabelos que cresceram bastante nestes quase dois meses que passou dormindo.

– Eu quero ir embora com você, meu amor – ele faz beicinho.

Katy nos olha, não sei se sente ciúmes ou tristeza.

– Vou falar com o médico, ele deve lhe dar alta, mas não sei se vai ser hoje.

Me afasto e Dani segura minha mão.

– Não vai me dar nem um beijo?

Volto e beijo seu rosto, ele segura meu rosto e beija minha boca, seus lábios tão macios sugam os meus. Por alguns segundos deixo que ele sinta os meus lábios, mas quando sua língua ameaça participar desses contatos forço meu corpo para trás. Olho sem graça para Katy que está sentada em uma poltrona e nos observa.

– O que foi, meu amor, por que você não quer me beijar? – Dani me olha, depois olha para a mãe.

– Por favor, a senhora poderia nos deixar a sós? – diz ele sério.

Katy levanta, cruza os braços, nos olha e parece querer dizer alguma coisa, mas desiste, abaixa a cabeça e sai.

– Você estava com vergonha dela, não estava? – ele me pergunta.

Vê-lo sorrindo me deixa tão feliz que nem ligo para essa sua maluquice.

– Eu senti tanto sua falta!

Acaricio seu rosto e seus cabelos loiros, seus olhos azuis estão dentro dos meus.

– Não parece que você sentiu tanto assim.

– Como, não? Meu coração morria um pouco cada dia que eu vinha aqui e você estava dormindo.

– Então prova, me beija.

– Eu posso provar de outro jeito, vou agora mesmo falar com o médico e pedir para te levar para casa.

– Como é a nossa casa? Eu não me lembro.

Fico em dúvida se conto a verdade ou se vou falar com o médico primeiro. Erik me disse quando pegou o Andy, que hoje pela manhã, ele ainda não havia se lembrado de nada e para piorar pediu que não lhe visitasse mais. Segundo, Erik, Thor e Alê lhe visitaram hoje e Dani também não os reconheceram. Beta conversou com ele pelo telefone e nada, nem dos próprios irmãos se lembra, ele não se lembra de ninguém.

– É linda, você vai ver.

Começo andar, mas Dani me puxa de volta.

– Só um beijo, meu amor, o que custa?

Ai meu Deus, o que é que faço?

Volto com o meu rosto para perto do seu e fecho os olhos.

Seja o que Deus quiser!

Seus dedos entram em meus cabelos, sinto sua respiração e seu hálito fresco. Seus lábios tocam os meus e os sugam com calma, abro a boca um pouco e o deixo senti-los, sua língua entra devagar e encosta na minha, neste momento tenho vontade de recuar, mas temendo lhe decepcionar, apenas fecho um pouco a boca e brinco com seus lábios. Nossos lábios se chupam sem pressa e não é nada ruim, pelo contrário, sua boca é bem gostosa de se beijar, mas beijar um irmão tem gosto de perversão. Saio de modo não brusco e ainda o vejo me beijar com os olhos fechados. Sinto dó e culpa, penso no que ele me dirá quando recobrar a memória, irá me dizer que eu não tinha o direito de aproveitar, Erik também pode não gostar nem um pouco disso.

– Chega, Dani, aqui não é lugar para isso, né?

Dou um passo para trás para caso ele queira me puxar novamente. Ele sorri e morde o lábio inferior.

– Sua boca é uma delícia, meu amor!

Seus olhos estão brilhando e seu sorriso esplendor, parece tão apaixonado.

Oh meu Deus, traga logo suas memórias!

– Vou atrás do médico, já volto, tá?

Ele assente com a cabeça e se ajeita na cama.

– Vai lá, meu amor, diz para ele o quanto você me quer de volta em sua cama.

Saio como um foguete depois dessa. Esse não é o meu Dani, mas é o seu corpo, temo em ficar maluca como ele. Katy está encostada na parede com os braços cruzados, me aproximo e digo:

– Você parece um pouco decepcionada por ele ter se lembrado de mim.

– Estou com um pouco de ciúmes sim, mas muito feliz por ele ter acordado. Confesso que eu nunca pensei que ele se esqueceria de mim.

– Não está sendo nada fácil para mim vê-lo confundindo nossa linda amizade com amor de um homem e uma mulher. O Erik está sofrendo muito e eu estou tão perdida, não sei o que faço, apenas peço a Deus que sua memória volte logo.

– Eu também estou, querida. – Ela sorri – Acho que o Thor não vai gostar nada de ver meu filho querendo beijar a sua boca de qualquer jeito.

– Eu e o Thor não estamos nada bem, acho que ele não irá se importar.

– Posso ajudar? – Ela toca meus cabelos.

– Por enquanto pretendo não fazer nada, quero apenas cuidar de Dani, vou deixar o Thor colocar as ideias no lugar, depois penso no que vou fazer. Vou conversar com o médico para ele dar alta para o nosso menino, porém, ele pensa que irá para a minha casa, não sei o que o Erik pensa disso, mas o Dani não vai querer ficar na mesma casa que ele.

– Meu filho tem que ficar comigo.

– Mas ele não se lembra de você ainda, acho melhor leva-lo para a minha casa, comigo ele vai se sentir mais à vontade e assim quem sabe a sua memória não volta logo.

– É, você tem razão, ele precisa ficar onde irá se sentir mais à vontade, mas você sabe que ele irá tentar te beijar o tempo todo, não é? – ela sorri e eu também.

– Beijar não é problema, o que eu tenho medo é o que ele vai querer quando ficarmos a sós. – rimos ainda mais.

Dê-me o que mereço e seja feliz comigoWhere stories live. Discover now