Capítulo 55: Escapada

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Boa leitura.📖

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 Acordei em uma sala branca com um verde muito claro. No primeiro momento eu não conseguia me lembrar de muita coisa, acho que deveria estar sob efeito de remédios, já que minha visão estava um pouco aguçada e sentia um pouco de tontura. Olhei para o lado direito e vi um pequeno criado com uma jarra com água e um copo vazio. Ele ere todo branco, assim como o piso da sala, as paredes pareciam ser um tom de verde claro. Mais ao lado, havia uma poltrona abaixo da janela que estava aberta e a cortina estava se mexendo conforme o vento batia nela. A claridade que entrava e refletia naquele piso, me incomodava um pouco.

 Olhei para o outro lado e não tinha muita coisa, apenas outra poltrona e uma vidro que dava para o corredor com uma persiana fechada. Podia ver os enfermeiros passando para lá e para cá dentro daquele lugar.

 Próximo a cama estava alguns aparelhos do hospital e um deles com uma bolsa com um liquido dentro que ia direto pelo meu corpo por um pequeno tubo com uma agulha na ponta e preso com algo adesivo. Levantei meu braço esquerdo com um pouco de dificuldade e foi então que senti uma pequena fisgada próximo a minha barriga. Urrei baixo de dor, levei a mão até o tubo preso no meu braço e o retire.

 Empurrei o lençol que me cobria e me sentei na cama, olhando para todo os lados, observando cada canto daquele ambiente. A porta estava fechada, o ventilador de teto ligado rodando lentamente e a TV desligada. Respirei fundo e novamente senti a dor do lado, provavelmente era de alguma costela. Coloquei a mão sobre o local que sentia a pontada e urrei novamente de dor, mas bem baixo para que ninguém percebesse que eu havia acordado. Não queria ninguém dentro do quarto, não agora.

 Abaixei uma alça, digamos assim, daquela roupa de hospital, que era horrível por sinal. Olhei para o meu braço, onde havia a ferida do outro dia. Eles haviam fechado ela novamente e feito um outro curativo, pelo menos não estava mais doente.

 Coloquei um dos pés no chão e senti o frio daquele chão fazendo me estremecer todo. Coloquei o segundo e criei forças para me levantar. Ainda com um pouco de dificuldade, mas consegui. Me apoiei em uma das paredes e segui em direção a porta.

 Antes de chegar até ela, alguém passou pelo corredor. Parecia ser uma enfermeira, ela segurou na maçaneta e continuou conversando com uma outra enfermeira que estava ali perto. Fiquei um pouco apreensivo dela abrir a porta e me encontrar em pé, mas agora era tarde para voltar.

 Por um milagre, ela soltou a maçaneta e foi em direção a outra pessoa, me deixando mais tranquilo. Segui andando até a porta. Abri ela lentamente, olhei cuidadosamente para os lados e o corredor parecia vazio. Continuei apoiado na parede e comecei a andar, eu ainda estava sob o efeito dos medicamentos e aquilo era um saco, porque eu precisava aproveitar essa oportunidade para sair dali antes que alguém do colégio apareça ou até mesmo o insuportável do meu pai.

 Continuei andando até um elevador e próximo a ele estava as placas de sinalização do local. Pelo visto eu estava na área de recuperação que era no terceiro andar. Apertei o botão do elevador e fiquei esperando. Esse meio tempo que fiquei parado lá chamei muito a atenção para as enfermeiras e uma delas veio até mim, perguntando se eu estava bem e de que quarto eu era, dei uma de desentendido e disse que já estava melhor.

 Ela sacudiu a cabeça para a outra colega de trabalho, que pegou o telefone da recepção daquele local e ligou para alguém. O elevador estava chegando, mas por estar ao lado da enfermeira, ela não me deixaria sair dali sem antes passar pelo médico, o que era um saco, porque eu não poderia perder essa chance. Iria ter que entrar no momento certo em que ele estivesse fechando a porta, assim não daria tempo para ela me segurar e me seguir depois. Esse era um ótimo plano.

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