Pensante ou Oliver??? ---parte 5

42 7 1
                                    

     Passaram cinco meses desde que tudo aconteceu. O tempo passou tão rápido que nem percebi. Dayan encontrou sua família e tudo correu super bem. Além do mais, nós dois estamos ainda mais próximos. Hoje, eu e Dayan vamos ao circo. O Circo Circense do Haroldfonso Terezo.

----Pieeeeeetra! Seu amigo chegoooou! ---minha mãe gritou com sua delicadeza de dinossauro.

     Já estava pronta. Então, fui até ele.

----Gostei da mistura de cores. ---minha mãe ironizou ao ver que eu estava toda de preto ---Vocês vão no circo ou no velório do palhaço?

----Está linda. ---Dayan disse sorrindo de um jeito que me fez viajar no seu piercing--- Vamos?

     Fomos andando mesmo. De mãos dadas. Agora é sempre assim. Chegamos ao circo e sentamos bem no meio da platéia, pra não correr o risco de sermos chamados para eventuais ajudas no palco.

----Por que viemos ao circo? ---questionei.

----Achei que você gostava. ---respondeu com cara de tacho--- Me enganei, não foi?

----Muito. Você devia saber disso, não é?

----Bem, é que...eu sempre quis conhecer o circo. Mas... Finge que isso não aconteceu. ---pediu.

----Okay, vou tentar.

     E começou o espetáculo. Por coincidência e nada clichê o palhaço resolveu chamar o "casal de preto", e o pior: nós fomos.

----O Palhaço Narina quer que fiquem um de frente pro outro. ---o palhaço disse.

----Palhaço Narina? ---Dayan indagou.

----Pra você ver. ---respondi.

----Parem de palhaçada e obedeçam o Narina. ---o palhaço disse.

----Tá. ---respondemos juntos.

     E assim fizemos. Foi impossível não aproveitar esse momento para prestar atenção no rosto um do outro.

----Palhaço Narina quer que fiquem mais próximos.

     Ficamos a um palmo de distância.

----Palhaço Narina quer que dêem as mãos.

     Obedecemos.

----Palhaço Narina quer que encostem seus narizes.

     Assim fizemos. Neste momento, já não dava mais pra prestar atenção em nada. Estávamos perdidos ali. Obedecendo o palhaço. De repente sinto algo passar em minha cintura. Estavam nos amarrando juntos. A nossa única reação foram gargalhadas.

----Palhaço Narina está vendo que vocês estão amarrados. ---o palhaço caçoou.

     A platéia não riu muito. Era para ser uma piada. Mas para nós dois tinha toda a graça. E Dayan me beijou. O melhor beijo do mundo.

----Retiro o que eu disse. ---Dayan falou-- Acho que não vai dar para fingir que isso não aconteceu.

----Palhaço Narina é cupido e não sabia. ---o palhaço debochou.

----Palhaço Narina é engraçado. ---eu disse.

     Narina pôs língua para mim.

     Logo depois nos soltou. E a platéia nos aplaudiu. E o palhaço ficou nos olhando de cara feia.

----O palhaço não achou graça do nosso espetáculo. ---comentei.

----Clichê. ---Dayan respondeu e e começamos a rir como duas criaturas que exageraram no açúcar e ficaram doidonas.

    Bem, começamos a namorar pouco tempo depois. E, pra quem não entendeu o motivo do palhaço ter ficado de cara feia, saiba que é até engraçado: o Palhaço Narina é o dono do circo: o Haroldfonso.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

----Pietra? ---um ser irritante interrompeu meu sono. Abri os olhos um pouco para ver quem era, mas não consegui, meus olhos se fecharam involuntariamente ---Ela mexeu os olhos! ---Ah. Legal. Extraordinário. Sou a primeira pessoa do universo a fazer isso.

     A criatura começou a passar a mão no meu cabelo. Excesso de carinho. Odeio isso. Quem é? Tentei abrir meus olhos com a mão, já que sem isso eu não consigo, mas foi em vão, o máximo que consegui foi deixá-la cair no colo da criatura que, folgada demais, estava sentada na minha cama.

----Ela está acordando! ---não é óbvio? ---Doutor! Chamem o médico!

      Quê?

----É incrível! ---um homem disse. Legal. Dormir agora é caso médico. ---Depois de tanto tempo!

     Para. Pera. É impressão minha ou tem algo errado acontecendo aqui? Quero nem saber. Prefiro dormir mais.

************************


Vou nem falar nada.

É isso mermum véi, vou continuar a história mermum porque pra porque sim.

Beijos...

Ordens Macabras do Meu SubconscienteWhere stories live. Discover now