Meu Crime ---parte 1

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Antes que alguém pergunte, é tudo culpa do Pensante. Culpa minha também...Mas a culpa maior é dele.

Lá estava eu, alegre e ansiosa para ir à escola, eu tinha 16 anos e estava super animada porque tinha total certeza de que ia fechar a prova que seria aplicada pela escola. Avaliação anual. E minha chance de ser notada. Quem tira 10 nessa prova tem o nome colocado em uma faixa que é estendida na entrada da escola, pra todo mundo ver.

Pensante:----Naaaão. Atrás da escola, onde ninguém vê.

****Flashback on****

----Mãe, já vou. --gritei.

----Hunrum-- ela respondeu-- Vai com Deus e boa sorte.

----Valeu.

Saí de casa mais cedo. Estou confiante. Estudei até atrofiar o cérebro.

Pensante:----Impossível. Já era atrofiado há muito tempo.

----Não enche. Hoje eu vou conseguir fechar essa bendita prova, e você não vai estragar isso.

Pensante:----Ah, não vou? Espera pra ver...huahuahua!

----Até parece.

Cheguei e sentei no meu lugar. A diretora me passou a matéria que eu precisaria estudar, mesmo que complexa, consegui entender. Não havia pegado a matéria antes porque ainda estava me recuperando do acidente do asilo.

A professora chegou. Logo depois chegou a diretora. Fizeram o clássico discurso do "não colem, pois se acontecer, sua prova será anulada" e depois nos entregaram a mesma. Peguei e escrevi meu nome. Sorrindo, virei a página e li o problema de matemática que estava ali e...

??????????????

Está em grego, só pode. Pera, você só está nervosa, lê de novo que vai ficar tudo bem. Li e...

???????????????....Hã???????

Pensante:----Ui...eu que fiquei burro, ou nunca vi esse bagulho na minha vida?

----Eu não me lembro de ter estudado isso.--sussurrei.

Pensante:----Pronto. Não preciso estragar mais nada. A prova já te ferrou. Trágico, mano... Trágico.

----Ai meu Deus! --exclamei baixinho.

Naaaão! Não se desespera! Passa pro próximo, depois volta nesse...

Ahã...Só que não!!!

Pensante:----Não sabia que os diretores podiam fazer provas assim.

----Como?

Pensante:----Em japonês.

Li. Reli. Li de novo. Li mais uma vez. Não adianta!!!

----Professora, posso ir ao banheiro? --pedi.

----Pode, mas não demore.--professora Brauliliana respondeu.

Fui. Fiquei por lá pensando...pensando muito.

Pensante:----Sabe, e se acontecesse alguma coisa que anulasse a prova?

----Tipo o quê?

Pensante:----Sei lá...matar alguém é demais...então...por quê você não começa um incêndio na sala da diretora?

----Boa ideia.

Pensante:----Ui, mano! Foi só uma sugestão!!! Cê é louca!!!

----Fogo.--sussurrei.

Pensante:----Ui. Tá possuida. Fia, tô só brincando. Volta pra Terra, Pietra!

----Fogo...Fogo..onde acho um fósforo ou algo que faça fogo por aqui?

Pensante:----Pronto. Baixou o espírito de psicopata na pessoa. A.D.O.R.O!!!

----Já sei! Já sei! --eu disse.

Pensante:----Esse sorrisinho tá me assustando. O que você vai fazer?

----Aceitar sua sugestão.

Pensante:----Como?

----Espera pra ver.

Saí do banheiro e passei no bebedouro. Mais pra refrescar as ideias do que o corpo. Depois me dirigi à cantina.

----Oi! --eu disse.

----Oi. --Uma senhora mal humorada disse.

----Quem é Sardinely? --perguntei.

Eu já sei quem é. Tem muito tempo que estudo aqui. A Escola Pública Qnin Guemf Orma, já me conhece de outros tempos. Huahuahua!!! Huahuahua!!!

Pensante:----Para, mano. Tá feio.

Uma moça de cabelos vermelhos que estava cortando uns legumes disse:

----Sou eu. O que foi?

Pensante:----Ui, grossa!

----Bom, --respondi-- A diretora Florina está chamando vocês na diretoria. Parece que andaram reclamando da merenda. Ouvi dizer que encontraram uma mosca no purê de batata um dia desses. Acho que a coisa não tá muito boa pro lado de vocês.

Elas se olharam. E saíram às pressas. Coitadas. Saíram correndo mesmo. Que bom! Agora tenho a cozinha só pra mim! Huahuahua!

Pensante:----Mano, tô gostando de ver! Esse é o espírito! Vamos acabar com tudoooo!!!

----Não exagera! Não vamos acabar com tudo... bom pelo menos não agora.

******continua...

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Ordens Macabras do Meu SubconscienteWhere stories live. Discover now