Ordens Macabras do Meu Subconsciente

Meu Crime ---parte 2

Pensante:----Mano, tô gostando de ver! Esse é o espírito! Vamos acabar com tudoooo!!!

----Não exagera! Não vamos acabar com tudo... bom pelo menos não agora.

Pensante:----Ah...por quê não?

----Porque não podemos dar tão  na cara.

    Fui até o fogão e procurei uma caixa de fósforos. Não achei. Procurei um isqueiro. Não achei. Onde está???

Pensante:----Ô fia...vou avisar, porque senão daqui a pouco você vai tentar fazer fogo com dois gravetos: Estamos no século XXI...VINTE E UM...entendeu? Ninguém mais usa fósforo e isqueiro a não ser dona Claudineide! Já inventaram um bagulho muito massa chamada eletricidade, e, como uma coisa leva à outra, inventaram também outro bagulho chamado FOGÃO ELÉTRICO!!!

----Para seu chato! Não precisa gritar! Você está no meu cérebro e não na minha frente!!! Agora, espertão, como vamos fazer pra levar o fogo até a sala da diretora?

Pensante:----Ô Jumenta, já ouviu falar em vela?

----Ô lezado, já ouviu falar em "cadê"?

Pensante:----Hahahaha...Se não estiver na última gaveta do armário, está na última prateleira da despensa...De nada amor.

----Me respeita, não sou seu amor...se enxerga Pensante!

    Fui até a primeira gaveta do armário, e...nada. Fui até a última prateleira, e...nada também! Mentira. Estava lá mesmo. Mesmo eu odiando admitir, Pensante está certo.

Pensante:----Ok. Agora liga o fogão e acende essa vela logo.

----Tá...mas Sardinely e as outras já devem estar voltando!

Pensante:----Anda logo, sua lerda!

----Como acende o fogão?

Pensante:----Dai-me paciência! Escolhe uma chama e aperta a porcaria do botão! Agiliza, fia!

    Assim fiz. Acendi o fogão e logo após a vela. E saí de lá correndo, tentando disfarçar e manter a vela acesa ao mesmo tempo. Antes que pergunte, é lógico que eu apaguei a chama do fogão, tá.

Pensante:----Claro que apagou! Eu lembrei.

----Cala a boca!

    Cheguei na sala da diretora e...onde eu posso colocar fogo que faça parecer que não foi criminoso? Já sei! A tomada do computador fica bem em cima da lixeira, que por acaso está cheia de papel! E logo do lado tem uma mesa com um copo com resto de água...A janela está aberta.

Pensante:----Uh! Entendi! Uma coisa leva à outra, uma outra leva à coisa.

----Pois é Pensante. O vento está forte e derrubou o copo. --eu disse derrubando o mesmo-- a água provocou um curto circuito --assim aconteceu-- e os papéis se incendiaram.

    Realmente os papéis pegaram fogo.

Pensante:----Nossa, espetacular.

----Obrigada.

Pensante:----Ô burra! Estou sendo irônico! Pra quê você teve todo o trabalho de enganar Sardinely e as outras? Tu é burra, mano?

   Olhei pro nada com cara de tacho.

----É mesmo, né?

Pensante:----É.

----Pois é.

Pensante:----Ô Pietra, já imaginou como você vai morrer?

----Eu não. Por quê?

Pensante:----Não, --disse calmo-- é porque se você não parar de olhar pro nada com essa cara de mula perdida,---exaltou a voz-- VOCÊ VAI MORRER QUEIMADA, MANO!

----Ah!

    Me assustei. Saí de lá, claro, levando a vela, e fui direto pro banheiro, afinal, era lá que eu devia estar. Ainda bem que ninguém me viu. Entrei em uma das cabines e fechei a porta. O que eu vou fazer com essa porcaria dessa vela?

Pensante:----Sei lá. Pergunta pra sua burrice.

    Resolvi esperar. Olhei no meu relógio e percebi que meu crime durou 3 minutos. Quebrei a vela em vários pedaços. E, um por um, joguei no vaso e dei descarga. Devo ter dado umas 5 descargas. Na sexta, alguém bateu na porta.

----Pietra, você está aí?

----Estou...é...--inventei uma desculpa-- acabou o papel...não estou me sentindo bem.

    A diretora me entregou o papel e disse com voz abafada:

----Aqui está.

----Obrigada. --abri um pouco a porta e peguei, ela estava tampando o nariz, aproveitei pra encostar a minha mão na dela, ela fez uma careta absurdamente hilária!

----Bom...--ela disse-- Saia daí logo! Os alunos foram dispensados porque a diretoria está pegando fogo!

******continua...

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