- O que é isso? Vão resolver os vossos problemas onde ninguém consiga ver. Estão a chamar a atenção de todos. - Repreendo-lhes.

- Eu não vim resolver problemas, eu apenas vim comemorar o aniversário do...

- Não te atrevas, cala essa tua boca suja. - O Dreux esbravejou.

Eu estava perdida naquilo. Mas eles eram amigos ou não?

- Eu vim prestigiar o meu enteado, irmão do meu filho. - Logo que ela acabou de falar e passou a mão na barriga eu olhei para o Dreux, estava cética.

- Como? - Perguntei.

- Ela não sabe do que fala, está louca. - O Dreux falou.

- Louca? Por acaso eu estou louca por ter feito amor contigo? Louca por fodermos até a vossa cama de casal arder? Sério Dreux? Você sabe que eu não estou. Tá dizer que minha gravidez é fruto da minha imaginação? Dreux? Fala para a Amber que foi comigo que fodeu no aniversário dela. Seja homem e assuma. Assuma a merda que fez, sim, MERDA. Fez merda e não foi pequena, me fez se apaixonar por você e cá estou, lutando por nós. Faça valer as suas palavras...

Minha cabeça girava. Eu tinha tudo para me desconcertar externamente, mas eu não ia fazê-lo. Primeiro, eu não ia estragar o aniversário do meu filho por isso. Segundo, eu não era assim. Terceiro, notava-se que ela queria aquilo.

- Isso é mentira! - O Dreux contestou.

- Amber, eu te ajudo a dar uma surra nela. - A Sabrina sussurrou no meu ouvido e eu quis rir. Desatei-me a gargalhar e todos ali ficaram espantados. Todos queriam uma reação vinda de mim e dei-lhes, pena que não foi a que eles queriam.

- Você está bem? - Alguém havia perguntado.

- Estou óptima. - Respirei fundo depois de rir. - Kim, querida acho melhor parar de se exceder, faz mal ao bebé. Devia sentar e se acalmar, irei pedir um pouco de água com açúcar para você.

Comecei a andar na direção da cozinha sem fazer nada. Eu estava um vulcão por dentro, mas eu estava bem, bem mal isso sim.

Logo que cheguei na cozinha pedi que levassem o copo de água com açúcar da Kim e logo subi.

Peguei no meu telemóvel e disquei um número que conhecia bem.

- Alô!

- Sobe!

Ele não fez pergunta nenhuma. Eu desliguei logo que dei o recado.

Eu estava no nosso ex quarto. Andava de um lado para o outro. Logo que ele entrou a minha mão fez contacto com a sua face.

Ele pousou a mão sobre onde ardia, com certeza havia doído muito porque eu dei com toda força e raiva que tinha.

- Como você teve coragem seu filho da puta?

- Amber calm down.

- Dreux, não me pede calma que só vai piorar.

- Ela é louca, eu não dormi com ela.

- Não minta para mim! Acha que sou burra? Se não dormisse com ela acha que ela teria a audácia de cá vir? Eu posso ser burra por amar de você, mas não pense que não vejo as coisas. Que não veja que é um filho da puta manipulador. EU TE ODEIO!

- Amber...

- Amber o caralho! Ela se aproximou de mim, do meu filho. A minha cama não foi o suficiente, é isso? Você nunca devia ter permitido tal coisa. Minha vontade é enfiar uma bala na tua cabeça por ser tão estúpido. Por ser um escroto, idiota, um buçal, um burro, um grandessíssimo filho da puta.

- Amb, eu te amo.

- Dreux, para que tá feio.

- Tá bom que eu tenha dormido com ela. Mas você acha que eu traria ela pra nossa casa? Nossa cama? No nosso quarto? Oh, Amber por favor.

- Por favor digo eu Dreux...

- Eu estou a falar a sério. Eu fiquei com o Drew. Posso ter sido irresponsável ao ponto de colocar um monte de gente dentro da nossa casa para fazer as piores coisas e ter deixado o Drew com as strippers, mas eu nunca vos desrespeitaria até esse ponto. Você me conhece e sabe que não seria tão baixo assim.

- Eu te conheço? - Me aproximei dele. Eu tentava ser forte para não deixar as lágrimas caírem, mas sabia que elas cairiam a qualquer momento, pois eu conseguia senti-las vindo do fundo da minha alma. - Conheço mesmo? - Minha voz saiu fraca. Eu estava farta daquilo. Não existe amor que resista tanto.

- Claro que sim... Amb... - Ele se aproximou mais e consegui sentir sua respiração pesada, aquilo foi a gota d'água para que desabasse aí. - Olha para mim... Não chora, por favor não chora. - Ele me puxou para um abraço.

Chorei no ombro dele. Doía tanto, mas tanto, tanto mesmo. Eu botei tanta fé. Por um momento qualquer juro que eu pensei que fosse mudar. Eu pensei, pensei mesmo. Tive tanta fé, pensei que ele fosse mudar por nós, pelo Drew, por mim. Ele só pensou nele, sempre foi egoísta ao ponto de só pensar nele. Sabe o facto irônico, era eu querer ser consolada por quem me havia magoado, por ele. era ele que eu queria que me consolasse, mesmo sendo ele o causador da mágoa.

Why Did I Marry With A Rapper?Where stories live. Discover now