6 - O Limite

604 51 12
                                    

Sentamos em uma mesa que ficava no meio, fizemos o pedido e ficamos à espera que a comida nos fosse servida. Enquanto aguardávamos apareceram umas meninas a perguntarem se eu era a mulher do Fizz, primeiro hesitei, mas depois de tanta pressão concordei e tirei algumas fotos com elas.

- Boa noite! - Alguém cumprimenta-nos.

- Boa noite doutor. - A minha mãe responde, enquanto eu abano a cabeça e dou um sorriso.

- O que as senhoras fazem aqui? - Ele pergunta.

- Nós estamos hospedadas aqui, e o senhor? - Eles continuam a interagir entre eles.

- Eu vim cá para uma convenção, que acabou a pouco e agora vim comer qualquer coisa antes de ir para à casa. - Ele explica para a minha mãe.

- Que bom, porquê que o senhor não se senta connosco? - A minha convida-lhe e eu lanço-lhe um olhar chateado.
- Não quero interromper. - Ele explica-se.

- Não interrompe nada, sente-se. - Ela insiste.

- Como vai senhorita Frederic? - Ele dirige a mim.

- Bem, obrigada. E o senhor? - Respondo sem muita empolgação.

- Eu também vou bem e já agora chamo-me Charles.

- Ahnm okay. Eu gostaria de saber se é possível a minha mãe fazer os exames mais rápido?

- Você tem pressa?

- Sim, eu tenho algumas coisas por fazer.

- São coisas muito importantes? - Eu nem sei porquê, mas ele parece se estar a atirar a mim desde que que pisamos naquele consultório.

- Por acaso são muito, eu tenho um filho e marido para cuidar.

- Marido, rhum sei. - Minha mãe diz, olho apenas para ela sem dizer nada.

- Senhor Charles é possível? - Volto a pergunta.

- É sim, eu amanhã aviso a você como pode fazer isso.

- Obrigada doutor Charles. - Agradeço-lhe.

- Para de ter pressa de ir para a casa, o teu marido não se preocupa contigo da maneira que você se preocupa com ele, duvido que se fosse ele aqui no teu lugar se ele ia ter tanta pressa de voltar para a casa. As vezes eu me pergunto que raios você viu nele. Com certeza a essa hora ele te está a trair como sempre faz, tenta se divertir e esquece dele. - Minha mãe faz questão de dar o sue parecer na frente de um estranho.

- Com licença. - Levanto-me da mesa já com lágrimas nos olhos e saio do restaurante a correr.

No elevador haviam pessoas a olhar para mim com aquela curiosidade, logo que a porta abriu saí daí e corri até o meu quarto. Peguei no meu telemóvel e tentei ligar inúmeras vezes para o Dreux que não atendia a porcaria do telemóvel, respirei fundo e fui para a casa de banho lavar o rosto. Quando voltei para o quarto ouvi bateram na porta, limpei rápido o rosto e fui em direcção a porta, abri e dei de cara com o Charles.

- Está tudo bem? - Ele pergunta logo que abro a porta, a minha vontade de dizer que sim transformasse em choro por saber que era mentira. Ele me abraça, enquanto choro no ombro dele, o choro dura um bom tempo até me acalmar e de seguida me afastar.

- Eu sei que não tenho nada a ver com isso, mas eu só queria saber se você estava bem. - Ele diz meio sem jeito.

- Estou sim, quando se tem uma mãe que só te quer derrubar você não poderia estar mais feliz, porque ela nem sequer se importa se for na frente dos outros. - Começo a arrumar as minhas coisas.

Why Did I Marry With A Rapper?Onde as histórias ganham vida. Descobre agora