CAPÍTULO 22

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   Bryan

Fecho os olhos com força e a imagem dela me vem à cabeça. Lembro-me do dia em que a pedi em namoro. Ela estava linda. Seus olhos verdes esmeralda brilhavam à luz da lua, seus cabelos tinham vida própria com a leve brisa que batia neles — eu adorava isso — e as bolinhas que se formavam na parte superior das suas bochechas quando sorria me deixa bobo por fazê-la feliz ao ponto delas aparecerem.

Porque você fez isso comigo? abro os olhos e fito a foto em minhas mãos, um nó na garganta. — Eu... eu também errei... — admito com pesar ao deixar a foto no chão, pegar o copo, a garrafa à minha frente e me servir com a bebida. — O que nós fizemos um com o outro? — levo o copo aos lábios e bebo o líquido em um único gole.

Alguém bate à porta.

— Está aberta. — pego a aliança ao lado da foto no chão e enfio no bolso.

Scott entra no quarto em seguida trazendo uma caixa consigo. Camila e ele faziam uma reunião, que eu neguei participar, na sala da minha casa.

— O que é isso? — pergunto.

— Trouxe algo para bebermos. — coloca a caixa sobre o criado mudo. — Camila acabou de ir embora.

— Desculpa, eu comecei sem você. — ergo o copo em minhas mãos.

Ele pega uma das garrafas que estava na caixa, caminha até a poltrona de frente para mim e senta na mesma.

— Você está mal, por isso, abri uma excessão. — diz ao mirar os olhos em mim, eu estava sentado no chão com metade do corpo recostado na cama.

— Em poucos minutos eu poderei dizer o mesmo de você. — rebato ao apontar para as bebidas. — O que houve? — pergunto, porque Scott é o tipo de empresário que tira a garrafa das minhas mãos não o que bebe comigo sem que haja algo social para isso.

— Camila está cuidando da sua imagem melhor que o esperado. — abre a garrafa em suas mãos. — Mas eu acabei de perder um contrato de milhões com outro jogador. — ergue a mesma em um brinde e toma um longo gole da bebida em seguida.

— Qual é o ditado mesmo? — faço cara de pensativo. — Azar no jogo, sorte no amor.

— Digamos que eu esteja assim. — deixa um sorrisinho escapar.

— Eu daria tudo para estar no seu lugar. — minhas palavras são vagas.

— Porque você não tenta reconquistá-la? — dispara como se fosse simples.

— Não é tão simples assim. — murmuro.

— Você não tem mais nada a perder, não é mesmo? Deveria tentar. — gesticula.

— Eu tentei... — pego envelope ao meu lado e o entrego. — quer dizer, eu quase tentei.

Ele abre o mesmo e olha incrédulo uma por uma das fotos que haviam ali.

Eu à trai. — admito com a voz baixa. — Mas essas fotos foram tiradas em sua formatura, eles me enganavam desde sempre.

— Porque você afirma isso? Qual prova à mais você tem? — ele deposita as fotos na mesinha ao seu lado.

— Arthur sempre deixou claro que sentia algo por ela, não em palavras, mas estava na forma como ele a olhava. Katie sempre disse que só o via como um amigo, mas aí está, — aponto com a cabeça para as fotos. — ela mentia para mim. Eu não preciso de mais provas quando estas já foram esfregadas bem na minha cara.

— Você também à traiu, pense direito antes de julgá-la. — rebate.

— Você é mesmo meu amigo? — maneio a cabeça.

Uma Chance [EM REVISÃO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora