Um por todos, todos por um

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Tudo corria de maneira tranquila, poucos carros, pista livre, as meninas cantando alto. Até relaxei um pouco, afinal essa já é a parte final da nossa viagem. Estava me sentindo livre, feliz. Meu telefone toca, Tony querendo notícias.


- Olá garoto. Como anda minha encomenda? - ele perguntou irônico.


- Ela está bem. Não precisa se preocupar.


- Que bom! Você tem certeza que quer sair do trabalho? - ele disse desconfiado.


- Não, Tony. Eu já tomei minha decisão, vou viver minha vida - eu disse com firmeza.


- Tudo bem, se você mudar de opinião, sabe onde me encontrar - ele disse assertivo.


- Isso não vai acontecer, mas obrigado pela preocupação.


- Tchau garoto - ele disse.


- Tchau, Tony.


Fiquei um pouco tenso com a ligação do Tony. Michele percebeu e tentou me animar alisando meu cabelo, a ideia dela funcionou e me senti bem melhor. Samantha pediu para ir ao banheiro e paramos em um bar na beira da estrada. O lugar era até ajeitadinho, não tinha luxos, mas dava para o gasto.


Michele e eu aproveitamos que a Samantha estava no banheiro e aproveitamos para nos beijar um pouco. De repente dois caras se aproximaram da gente e começaram a nos perturbar com brincadeiras idiotas. Fui ficando irritado e a Michele me segurou.


- Não se estresse Tom. Já estamos indo embora - Michele disse apreensiva.


- Você tem razão, não vou ligar para eles.


Quando a Samantha saiu do banheiro e já estávamos indo em direção ao carro, eles continuaram a tirar brincadeiras com as duas e eu não aguentei.


- Qual é a de vocês hein? - eu pergunto indignado.


Eles continuaram me irritando e eu parti para cima deles. Dei um soco no mais alto e o outro tentou me bater. O mais alto conseguiu acertar um soco em mim e eu caí no chão. Michele gritava com eles, tentando fazer eles com que eles parem. De repente ouço um deles gritar e cair no chão. Samantha pegou um taco de bilhar no bar e acertou com toda força um deles. Ela continuou batendo e os dois saíram correndo.


- Corram seus babacas. Ridículos. Ninguém mexe com meus amigos - ela gritou indignada.


- Você está bem, Tom? - Michele perguntou preocupada.


- Estou, só fiquei um pouco machucado, nada demais - falei para deixa-las despreocupadas.


- Obrigada Samantha - eu disse.


- Não tem de que - ela disse feliz.


- O que você fez foi muito perigoso menina, não repita isso nunca mais - Michele disse repreendendo-a.


- Não podia deixar eles machucarem o Tom. Alguém tinha que proteger a gente - Samantha disse confiante.


- Chega de aventuras por hoje - Michele disse colocando ordem.


- Vem, Tom. Eu vou dirigir para você descansar um pouco.


Limpei meus ferimentos e sentei no banco do passageiro. Michele assumiu o volante e seguimos viagem.


Pov Samantha


Tom ficou um pouco machucado, mas nada sério, ainda bem. Entramos no carro e seguimos viagem com a Michele no volante. Quando o Tom dormiu ela me agradeceu baixinho por ter batido nos caras com um taco, apesar de ter me repreendido mais cedo. Sei que o que eu fiz foi arriscado, mas não me arrependo faria tudo de novo para defender meus amigos. Quando vi aqueles dois batendo no Tom, meu sangue subiu, não pensei em nada. Entrei no bar correndo, peguei um taco de bilhar e bati neles com toda a minha força, naquele momento eu não pensava em nada. Só queria nos proteger, não aguentaria ver alguém que eu gosto sofrendo. Nesse pouco tempo que estivemos juntos criamos um laço de amizade muito forte, não tínhamos ninguém agora temos um ao outro. Já estamos perto da casa da minha avó, ela é legal, mas mesmo morando lá, não quero perder contato com Tom e Michele. Somos uma família e nada vai mudar o que sentimos um pelo outro. Agora que tudo voltou ao normal estava me sentindo uma heroína igual aos dos filmes que eu assisto. Eu sou badass!


(...)


Dormi durante algumas horas e quando acordei estávamos perto de Porto Alegre. Falei a Michele que já estava melhor e reassumi o volante. Até gostei de ser passageiro, mas nada como dirigir seu próprio carro. Sorri para ela e seguimos o nosso trajeto. Olhei para o banco de trás e vi a Samantha dormindo, calma e serena. Nem parecia a mesma garota que me defendeu de dois marmanjos, essa garota é muito especial. A irmã que eu nunca tive, vou sentir falta dela, muita falta.



"A real human being and a real hero


Real human being and a real hero


Real human being and a real hero


Real human being and a real hero


Real human being (being, being, being...)"


















Drive [Tom Holland Fanfic]Where stories live. Discover now