23 - Em busca da garota do sonho

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- Inglaterra, Linusbridge, Odre de prata!

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- Inglaterra, Linusbridge, Odre de prata!

Outro clarão no quarto de Thiar, e as crianças desapareceram de uma vez. Para os dois aquilo foi como um piscar de olhos. Foram recebidos pela chuva.

- Nós podemos nos comunicar por nossa telepatia. Somos telepatas. Espero que você possa estudar no mesmo pavilhão que eu, pois não existem paredes anti-telepatia dentro dos pavilhões.

- Eu sei Elias, mas não é nada fácil e ainda precisa ser mais bem praticada – dizia Ana cobrindo a cabeça com o casaco. – Por enquanto nem sabemos como fazer isso!

- Mas o que você sugere?

- Não sei o que vamos fazer aqui.

- Como assim? – Elias não entendeu.

Os dois se abrigavam sob um grande carvalho solitário, próximo a casa, lembrando Anabel da arvore de seu avô. Chovia forte e ventava, de novo.

- Elias, não vamos ser burros. Você sabe que com esta chuva, não podemos nos esconder embaixo de arvores! Isso nos deixa expostos a raios e eu não gosto nem um pouco deles. E, só por precaução, me dê antes que perca novamente! – disse a menina, arrancando o pórtico das mãos de Elias e ocultando-o sob o grosso casaco. – Não gosto de raios. Não mesmo!

- Por que se preocupa?! Nenhum raio vai nos atingir...

Mal Elias acabou de falar aquelas infelizes palavras e os dois só sentiram um calor estranho e a sensação de serem atingidos por algo extremamente pesado. Não, não haviam sido atingidos diretamente, mas o raio caiu ali, a algumas dezenas de metros, bem próximo a eles.

- Ana acorde! Acorde! Você está bem?

Anabel estava atordoada. Elias lhe dava tapas no rosto, sem sucesso. O garoto finalmente notou o casarão à sua frente. Devia ser aquele. Não havia outro por perto na vizinhança.

Enquanto isso, alguém tocava a campainha na casa de Thiar. Não era nenhum barulho especifico, era um "bzzz", o qual Childa não reconheceu. A mulher lia o livro "Significados para sonhos - volume 2", enquanto esperava o retorno das crianças. Quem seria à uma hora daquelas? Pelo barulho não poderia ser Thiar...

- Quem incomoda? – disse a mulher, olhando pelo visor. – Não havia ninguém do lado de fora.

- Credo!

Dois minutos depois, Childa ouviu a campainha tocar outra vez. Era o mesmo barulho. E novamente não havia ninguém.

- Essas coisas só acontecem comigo. E quando estou sozinha!

A mulher caminhou de volta, mas quem quer que fosse insistiu:

- Bzzz... Bzzz... Bzzz... Bzzz!

Desta vez Childa soltou um grito de medo. Sua irmã nunca havia lhe falado sobre assombrações naquela casa. Mesmo arrepiada, a mulher resolveu tomar coragem e abrir a porta.

O Sagitário De SamechOnde as histórias ganham vida. Descobre agora