Capítulo 3: Sonho ou Algo Mais?

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Como ela ousa! Pensa Tom. Depois do que aconteceu no corredor do segundo andar, Tom vai até o seu dormitório sem olhar para trás, quando chega, encontra seus colegas de quarto já dormindo. Depois de se arrumar para dormir, deita em sua cama, fecha as cortinas e pega o seu diário. Preciso escrever, ou senão explodirei de raiva! Pensa Tom.

Diário

Hoje foi o primeiro dia do meu quinto ano, e as coisas estão se tornando cada vez mais difíceis para conseguir que meus planos se concretizem. Depois de passar as férias inteira me perguntando sobre a minha família, sobre quem eles eram e de onde vieram, sinto que aqui em Hogwarts vou finalmente ter as respostas que tanto procuro, mas talvez os meus deveres de monitor acabem atrapalhando. Não que eu esteja mal-agradecido. Eu já esperava me tornar monitor, e quando a notícia chegou, não poderia ter ficado mais contente. Mas seria muito mais fácil se Lancaster não tivesse aparecido para estragar tudo.

Primeiro ela não faz a ronda no trem comigo e sim com aquela amiguinha sangue ruim dela. Depois eu encontro ela na carruagem, onde ela teve a audácia de mentir para mim, e daí ela fala daquele jeito comigo no meio da patrulha pelo segundo andar. Ninguém nunca falou comigo daquele jeito, todos têm medo de mim, sabem do que eu sou capaz de fazer quando fico irritado, mas parece que ela não sabe, e está na hora de alguém mostrar para ela. Isso me faz ficar um pouco curioso, o jeito que ela me enfrentou enquanto olhava diretamente em meus olhos, sem demonstrar um pingo de medo. Queria muito saber o que ela estava pensando naquele momento, mas a minha raiva não ajuda com as minhas habilidades de Legilimência, quem sabe na próxima eu consiga entrar na cabeça dela e ver o que ela pensa sobre mim.

Mas eu não vou deixar com que Sarah Lancaster arruíne os meus planos, esse ano eu irei descobrir quem são os meus pais, e nada vai conseguir me deter até eu saber.

Tom coloca seu diário na cômoda ao lado da cama, se deita, e deixa se levar pelo sono, dormindo tranquilamente e sem sonhos ou pesadelos.

...

Sarah está no seu quarto de quando era criança, deitada em sua cama, mas não está conseguindo dormir, então ela decide levantar. Ao fazer isso, ela acabo olhando para o espelho em frente à sua cama, e vê o seu reflexo, só que mais nova, bem mais nova, aparentando ter uns 7 ou 8 anos. Ainda assustada com o que vê, escuta vozes no corredor da casa, o que a faz tirar os olhos do espelho e olhar de onde as vozes vêm. A porta do seu quarto está entreaberta, o que a permite ver que era os seus pais, um pouco mais novos, brigando no corredor.

-Arthur, ela não está bem, você não vê, ela não tem controle!

Fala a sua mãe em um tom um pouco alto com uma cara de preocupada.

-Eu sei Helena, mas eu não sei o que fazer, ela nunca se comportou dessa maneira! Se ao menos tivéssemos visto antes, nós podíamos ter pedido ajuda!

Fala seu pai no mesmo tom de voz de minha mãe.

-Ajuda Arthur! Que tipo de ajuda?!

-Não sei, talvez de um médico!

-Isso que Sarah tem não é uma doença, você sabe muito bem! Se nós não fizermos alguma coisa, ela pode acabar morrendo!

-Eu sei, mas no momento eu não tenho nenhuma ideia.

Fala pai já mais calmo e lamentando, com a cara de derrota.

-Você não, mas eu tenho.

Fala a voz de uma mulher que está atrás de seu pai, subindo as escadas. Mas antes que Sarah pudesse ver quem era, tudo fica escuro.

...

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